Ilustração: Capa do livro Estudo da Filosofia Espírita, de Jefferson José Bui, Edições FEESP, SP
APRESENTAÇÃO
Instrutor Guima
Finalizando o nosso RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS, vem o Módulo 12 - Programa de Filosofia Espírita, em que se analisa uma proposta de estudo da filosofia espírita feita pelo professor e escritor espírita João Donha, e, em complemento, são dadas indicações de glossários, bibiliografia, vídeos e sites para o estudo da filosofia espírita.
Bom trabalho!
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO (RLE)
Módulo 12 - PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA
Finalidades deste Módulo 12
♦ Efetuar a leitura/estudo de uma proposta de estudo da filosofia espírita feita pelo professor e escritor espírita João Donha
Pré-requisito
♦ Ter noções básicas de leitura e redação, interesse pela tema e disposição para autoaprendizagem
♦ Ter realizado os módulos anteriores deste RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
Objetivos de ensino
♦ Ao concluir todas as atividades deste Módulo 12, você será capaz de:
Atividades
♦ Proceda à leitura/estudo dos textos abaixo indicados (itens Texto básico e Textos complementares), observando as instruções do tópico Leitura e Filosofia do Módulo Apresentação deste RLE.
♦ Faça um resumo da matéria, mediante notas, esquemas, mapas mentais, como preferir, para cada tópico especificado nos Objetivos de ensino (v. acima)
♦ Faça resumos próprios de pontos relevantes do material lido/estudado: pense filosoficamente, destaque os pontos altos e baixos dos textos, liste perguntas a que o texto responde, critique as ideias, exponha seu modo de ver as coisas, levante questões para futuros estudos/discussões, anote pontos para pesquisar posteriormente
♦ Consulte glossários/dicionários para verificar conceitos ou palavras desconhecidas, e as adicione ao seu glossário pessoal de filosofia
Material de estudo
♦ Tenha à mão: papel, lápis e fichas de anotações e fichamento, se for adotá-las
Textos introdutórios
♦ Resumos didáticos da proposta de Programa de Filosofia Espírita, feita por João Donha, e do conceito de Gnosiologia e Epistemologia, disponíveis logo abaixo (aqui)
Texto básico
♦ Proposta de Programa de Filosofia Espírita, por João Donha, cujo texto vem a seguir (aqui)
Exercícios
♦ Alguns Exercícios de verificação encerram o estudo deste módulo (aqui)
Impressão do material
♦ Recomenda-se a leitura on-line do roteiro e a impressão somente do material de leitura/estudo estritamente necessário
O PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA (JOÃO DONHA)
Em sua página na internet (http://donhaespirita.blogspot.com), o professor e escritor espírita João Donha propõe um programa de estudos de filosofia espírita.
- PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA - Veja aqui
Esse programa seria desenvolvido mediante a seguinte bibliografia:
No texto mencionado, Donha diz que
Os grandes problemas filosóficos têm sido agrupados didaticamente pelos diversos autores em três campos:
Para ficarmos apenas com as obras de Kardec, podemos apontar a seguir os pontos em seus escritos onde os diversos problemas filosóficos foram abordados.
Para facilitar a visão destes pontos, examine o mapa mental que vem logo abaixo.
RESUMOS DIDÁTICOS
Veja a seguir um resumo didático que sintetiza essa proposta de João Donha:
- MAPA MENTAL - PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA - aqui
E veja também este outro, que auxilia no estudo acima:
- CONCEITO DE GNOSIOLOGIA - aqui
VOCABULÁRIO DE FILOSOFIA
Dicionários de Filosofia
Pequeno vocabulário de Filosofia
Instrutor Guima
Para melhor compreensão da proposta do Programa de Filosofia Espírita do professor João Donha, que estamos examinando aqui, utilize este pequeno vocabulário de filosofia:
Racionalismo: Doutrina filosófica moderna (séc. XVII) que admite a razão como única fonte de conhecimento válido.
Racional: Do latim ratio, razão. Designa em geral o modo especificamente humano do conhecimento conceptual-discursivo.
Relativismo: Doutrina que considera todo conhecimento relativo, dependendo de fatores contextuais, e que varia de acordo com as circunstâncias, sendo possível estabelecer-se um conhecimento absoluto e uma certeza definitiva. (DBF)
Empirismo: Caráter comum dos sistemas filosóficos que consideram a experiência como único critério de verdade.
Agnosticismo: Doutrina segundo a qual o fundo das coisas é incognoscível ao espírito humano. O termo aplica-se particularmente às doutrinas teológicas.
Gnosticismo: Gnosticismo é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo nos primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais cristãos.
Apriorismo: Doutrina ou princípio que atribui papel central a experiências ou raciocínios a priori.
A Priori: Aquilo que é logicamente anterior à experiência e dela independe.
Idealismo: Caráter geral dos sistemas filosóficos que negam a objetividade do conhecimento e reduzem o ser ao pensamento.
Materialismo: Doutrina segundo a qual toda a realidade, inclusive a espiritual, se reduz à matéria e suas modificações.
Materialismo Dialético: É a união do materialismo clássico com a dialética de Hegel, e representa o núcleo filosófico do marxismo.
Fenomenismo: Concepção filosófica em que a realidade é composta exclusivamente de fenômenos e das percepções e ideias que formamos destes.
Monismo: Teoria segundo a qual a realidade é formada de uma única substância, pois só existe um princípio fundamental, seja a matéria, seja o espírito.
Dogmatismo: Doutrina dos que pretendem basear seus postulados apenas na autoridade, sem admitir crítica nem discussão.
Ceticismo: Concepção filosófica segundo a qual o conhecimento certo e definitivo sobre algo pode ser buscado, mas não atingido.
Criticismo: Doutrina kantiana que estuda as condições de validade e os limites do uso que podemos fazer de nossa razão pura. Por extensão, toda doutrina que faz da crítica do conhecimento a condição prévia da pesquisa filosófica. (DBF)
Pragmatismo: Sistema filosófico de William James, que subordina a verdade à utilidade e reconhece a primazia da ação sobre o pensamento.
Intuição: Forma de conhecimento que permite à mente captar algo de modo direto e imediato.
Verificabilidade: (ou Verificacionismo) Procedimento que busca confirmar ou negar uma afirmação ou uma hipótese teórica através do confronto com a experiência, com a realidade empírica, por meio de observações, testes, experimentos, etc. (DBF)
Práxis: Na filosofia marxista, é usada para designar uma relação dialética entre o homem e a natureza, na qual o homem, ao transformar a natureza com seu trabalho, transforma a si próprio. (DBF)
Patrística: Filosofia cristã estabelecida pelos Santos Padres da Igreja nos primeiros cinco séculos da era cristã, caracterizada pelo combate à descrença e a outras religiões por meio de uma defesa intelectual e racional da nova religião, usando para isso argumentações e conceitos provenientes sobretudo do platonismo e do aristotelismo
Escolástica: Escola filosófica da Idade Média, cujo principal representante é Santo Tomás de Aquino. No sentido pejorativo, que decorre da escolástica decadente, o termo escolástico se refere a todo pensamento formal, verbal, estagnado nos quadros tradicionais.
Dualismo: Divisão em duas categorias ou elementos.
Fideísta: Que preconiza a superioridade da fé em detrimento da razão. PARA CONHECER A FILOSOFIA ESPÍRITA
A seguir, vai uma lista de obras, sites e vídeos sobre o tema Filosofia Espírita:
Livros
- OS FILÓSOFOS. J. Herculano Pires. São Paulo, FEESP, 2ª. edição, 2001.
- INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ESPÍRITA. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1983. Disponível aqui
- INTRODUÇÃO A “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, de ALLAN KARDEC. J. Herculano Pires. São Paulo, Lake, 52ª. edição, 1991. Disponível aqui
- A FILOSOFIA DO ESPÍRITO. In O Espírito e o Tempo – Introdução Antropológica ao Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Edicel, 1979.
- EPISTEMOLOGIA ESPÍRITA. In Curso Dinâmico de Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979.
- A HORA DO TOQUE (Epistemologia Espírita); A QUESTÃO METODOLÓGICA; O - MÉTODO DE KARDEC. In A pedra e o joio. J. Herculano Pires. São Paulo, Edições Cairbar, 1975 aqui
- A FILOSOFIA ESPÍRITA. In O Infinito e finito [16, IV]. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1983.
- FILOSOFIA VIVA E RACIONAL, SEM O ESPÍRITO DE SISTEMA. In O mistério do bem e do mal. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1979.
- DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. In Ciência Espírita e suas implicações terapêuticas. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979.
- A DOUTRINA ESPÍRITA É FILOSOFIA. In Filosofia Espírita da Educação [Vol. 1]. Ney Lobo. Brasília, FEB, 1987.
- O ESPIRITISMO COMO FILOSOFIA. In O segundo ensinamento. Regis de Morais. Campinas, SP : Alan Kardec Editora, 2014
- FILOSOFIA E CIÊNCIA - MANEIRAS DE PENSAR E DE CONHECER. In Fronteiras do Espiritismo e da Ciência. Carlos Toledo Rizzini. São Paulo, LAKE, 1987
- FILOSOFIA E ESPIRITUALIDADE. Adenáuer Novaes. Salvador, Lar Harmonia, 2004.
- SER PARA CONHECER, CONHECER PARA SER. Filosofia Espírita. Astrid Sayegh. São Paulo, FEESP, 2006.
- CARACTERES DA FILOSOFIA ESPÍRITA. In Dialética e Metapsíquica. Humberto Mariotti. São Paulo, Editora Édipo, s/d - Disponível aqui
- A FILOSOFIA ESPÍRITA E O PENSAMENTO ATUAL. In Parapsicologia e Materialismo Histórico. Humberto Mariotti. São Paulo, Edicel, 1983 - Disponível aqui
- ALLAN KARDEC E A FILOSOFIA ESPÍRITA. In O Espiritismo. Castellan Yvonne. São Paulo, Difusão Europeia do Livro, 2ª. edição, 1961.
- A ESCOLA KARDECISTA E AS HISTÓRIAS DA FILOSOFIA. In Deus é o absurdo. Luciano dos Anjos. Rio de Janeiro, Eco, 1978.
- ESTUDO DA FILOSOFIA ESPÍRITA. Jefferson José Bui. São Paulo, FEESP, 1996.
- FILOSOFIA ESPÍRITA E SEUS TEMAS. Manoel P. São Marcos. São Paulo, FEESP, 1993.
- FILOSOFIA ESPÍRITA (Tomo 2). Manoel P. São Marcos. São Paulo, FEESP, 1997.
- FILOSOFIA ESPÍRITA. Alan Krambeck. São José dos Campos, SP, Edição do Autor, 2009.
- DEUS, ESPÍRITO E MATÉRIA. Manuel de O. Portasio Filho. São Paulo, FEESP, 2000.
- SÓCRATES E PLATÃO. José Carlos Leal. Rio de Janeiro, Novo Ser, 2013.
- SÓCRATES E O ESPIRITUALISMO. Carlos F. Loeffler. São Paulo, Editora do Conhecimento, 2016
- O ESPIRITISMO E OS PRIMEIROS PENSADORES. Rossano S. Ferreira. São Paulo, Mundo Maior Editora, 2005.
- A SABEDORIA DE SÓCRATES E O CRISTIANISMO REDIVIVO. Leonardo Machado. Araras, SP, IDE, 2008
- A DIALÉTICA ESPIRITUALISTA. José Marques Mesquita. Rio de Janeiro, Mandarino, 1985.
- KARDEC, JESUS E A FILOSOFIA ESPÍRITA. Nazareno Tourinho. FEESP, SP, 1994.
- A TEORIA FILOSÓFICA. In VIDA E OBRA DE ALLAN KARDEC. André Moreil. São Paulo, Edicel, 1977
- FILOSOFIA E CIÊNCIA. In FUNDAMENTAÇÃO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. Carlos Friedrich Loeffler. Lachâtre, Niterói, RJ, 2005
- O ESPIRITISMO É UMA CIÊNCIA? Charles Kempf - aqui
- O DIVULGADOR ESPÍRITA [Vol. III]. Rino Curti. São Paulo, FEESP, s/d
- A DOUTRINA ESPÍRITA (Carta ao seu irmão consanguineo). Bezerra de Menezes. São Paulo, Edicel, 1981
- ESTUDOS FILOSÓFICOS (1a. Parte e 2a. Parte). Bezerra de Menezes. São Paulo, Edicel, 1979
- FILOSOFIA – INTERPRETAÇÃO DA FILOSOFIA. In O Consolador, 2ª. Parte. F. C. Xavier/Emmanuel, Brasília, FEB, 1941.
- A CAMINHO DA LUZ. F. C. Xavier/Emmanuel, Brasília, FEB, 1939.
- QUATRO QUESTÕES DE FILOSOFIA. In Emmanuel, Cap. XXXIII – F. C. Xavier/Emmanuel, Brasília, FEB, 1938.
- GENEALOGIA DO ESPÍRITO - UMA ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA ESPÍRITA. Humberto Schubert Coelho. Brasília, FEB, 2009
- A FILOSOFIA PERENE - O MODO ESPIRITUALISTA DE PENSAR. Humberto Schubert Coelho - Votuporanga, SP, Editora Diedier, 2014
- ELEMENTOS DE FILOSOFIA ESPÍRITA. Roque Jacintho. Reformador, FEB, junho de 1970
- FILOSOFIA INDIANA E FILOSOFIA ESPÍRITA. In Pérolas no fio. Ézio F. de Souza/ Yogashirishinan (Espírito) – Círculo Espírita da Oração – Salvador, BA, 1991
- EXCELSIOR - CRISTIANISMO E PROGRESSO. Felipe Senillosa [e-book] Luz Espírita, 2020 - disponível aqui
- ESBOÇOS DE EPISTEMOLOGIA ESPÍRITA. Quintín López Gómez [e-book] Luz Espírita, 2019 - disponível aqui
- ARTIGOS DO BLOG FILOSOFIA ESPÍRITA. Humberto Schubert Coelho - Disponível aqui
Nota: Alguns textos mencionados acima podem ser encontrados no Caderno de Leituras Espíritas - Filosofia Espírita, disponível aqui
Sites
http://www.filosofiaespirita.org/site/
http://filosofiaespiritismo.blogspot.com.br/
http://www.ieef.org.br/
http://ifecfilosofia.blogspot.com.br/
http://filosofiaespirita2.blogspot.com.br
http://www.clubekardec.com.br
Cursos
- CURSO com aulas, textos, vídeos, comentários
Módulo Filosofia Espírita - aqui
Blog do site acima:
http://filosofiaespiritaencantamentoecaminho.blogspot.com/
- CURSO DE INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ESPÍRITA. Sérgio Biasi Gregório. São Paulo, Centro Espírita Ismael.
Disponível em: http://goo.gl/zQFsF9
- ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPÍRITA [EADE]. Livro V – Filosofia e Ciência Espíritas. Marta Antunes de Oliveira Moura (Org.). Brasília, FEB, 2015.
Disponível aqui
CURSO DE LÓGICA E ARGUMENTAÇÃO - Cosme Massi
Disponível aqui
Vídeos
- FILOSOFIA ESPÍRITA. Alysson Mascaro. ICEB.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gBi52aggOOc
- FILOSOFIA ESPÍRITA. Estevão Camolesi.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KeK4aDyvKPE
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DE FILOSOFIA
- Roteiro de História da Filosofia. Bertho Condé. São Paulo, Piratininga, 1965
- A história da Filosofia. Will Durant. São Paulo, Nova Cultural, 2000
- Noções de história da Filosofia. Leonel Franca. Rio de Janeiro, Agir, 1978
- História da Filosofia. Umberto Padovani; Luís Castagnola. São Paulo, Melhoramentos, 1978
- História da Filosofia. Gonzague Truc. Porto Alegre, RS, Globo, 1958
- Uma História da Filosofia Ocidental - David Walter Hamlyn. Rio de Janeiro, Zahar, 1990
- Manual de Filosofia. Theobaldo Miranda Santos. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1967
- Fundamentos de Filosofia. Lições Preliminares. Manuel Garcia Morente. São Paulo, Mestre Jou, 1970
- Curso de Filosofia. R. Jolivet. Rio de Janeiro, Agir, 1979
- Introdução à Filosofia. Luís Washington Vita. São Paulo, Melhoramentos, s/d
- Introdução geral à Filosofia. Jacques Maritain. Rio de Janeiro, Agir, 1981
- Introdução ao pensamento Filosófico. Karl Jaspers. São Paulo, Cultrix, 1976
- Iniciação Filosófica. Orlando Vilela. São Paulo, Dominus Editora, 1964
- Introdução à Filosofia. Francisco Leme Lopes. Agir, 1964
- Introdução à Filosofia. Agostinho Ferreira. São Paulo, FTD, 1966
- Curso Moderno de Filosofia. Introdução à Filosofia das Ciências. Denis Huisman; André Vergez. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1964
- Sobre o Método Científico em Filosofia. Bertrand Russell. In Misticismo e Lógica e outros ensaios. Rio de Janeiro, Zahar, 1977
- Filosofia da Ciência e da Tecnologia. Régis de Moraes. São Paulo, Papirus, 1988
- A Revolução Científica e as origens da ciência moderna. John Henry. Rio de Janeiro, Zahar, 1998
- Entendendo a Teorita Crítica - um guia ilustrado. Stuart Sim & Borin Van Loon. São Paulo, LeYa, 2013
- Introdução à Filosofia. Problemas, sistemas, autores, obras. Battista Mondin. São Paulo, Paulus, 1981
- Introdução à Filosofia. Thomas Ransom Giles. São Paulo, EPU/USP, 1979
- Introdução à Filosofia Científica. Euryalo Cannabrava. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1956
- Elementos de Metodologia Filosófica. Euryalo Cannabrava. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1956
- Introdução ao pensamento filosófico. Admardo Serafim de Oliveira [et. all]. São Paulo, Loyola, 1981
- Filosofia - Iniciação à investigação filosófica. José Auri Cunha. São Paulo, Atual Editora, 1992
- Filosofia. Leopoldo Justina Girardi; Odone José de Quadros. Porto Alegre, RS, Acadêmica, 1980
- Problemas filosóficos. Edmundo H. Dreher. Curtiba, PR, Gráfica Vicentina, 1978
- O mundo precisa de filosofia. Eduardo Prado de Mendonça. Rio de Janeiro, Agir, 1981
- Convite à Filosofia. Marilena Chauí. São Paulo, Ática, 2005
- Filosofando. Introdução à Filosofia. Maria Lúcia de Arruda Aranha; Maria Helena Pires Martins. São Paulo, Moderna, 1986
- Filosofia - Experiência do pensamento. Sílvio Galllo. São Paulo, Scipione, 2014
- A Filosofia a partir de seus problemas. Mario Ariel González Porta. São Paulo, Loyola, 2007
- O desafio de pensar sobre o pensar. Alberto Thomal. Florianópolis, SC, Sophos, 2006
- Tudo o que você precisa saber sobre Filosofia. Paul Kleinman. São Paulo, Gente, 2014 (E-book Kindle)
- Textos básicos de Filosofia. Dos pré-socráticos a Wittgenstein. Danilo Marcondes. Rio de Janeiro, Zahar. (E-book Kindle)
- A Filosofia explica as grandes questões da humanidade. Clóvis de Barros Filho; Júlio Pompeu. São Paulo/Rio de Janeiro. Casa da Palavra/Casa do Saber. 2014. (E-book Kindle)
- O Portal da Filosofia. [Uma breve leitura de obras fundamentais da Filosofia]. Robert Zimmer. São Paulo, WMF Martins Fontes, 2014, vol. 2
- A Filosofia Perene. Aldoux Husley. São Paulo, Globo, 2010
- Filosofia Cósmica do Evangelho. Huberto Rohden. São Paulo, Alvorada, 2a. edição, s/d
- Nenhuma paixão desperdiçada [Ensaios]. George Steiner. São Paulo, Record, 2010
- Sobre o que nos perguntam os grandes filósofos. Leszek Kolakowski. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2009
- Sobre o blablablá e o mas-mas dos filósofos. Frédéric Schiffter. Rio de Janeiro, José Olympio, 2003
- A Filosofia explicada à minha filha. Roger-Pol Droit. São Paulo, Martins Fontes, 2005
- Filosofia para principiantes. Arcângelo R. Buzzi. Petrópolis, RJ, Vozes, 1992
- Dicionário de Filosofia. Nicola Abbagnano. São Paulo, Mestre Jou, 1970
- Dicionário básico de Filosofia. Hilton Jupiassu; Danilo Marcondes. Rio de Janeiro, Zahar, 1993
- Coleção Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1980
As citações e/ou transcrições de passagens de textos, com a devida identificação de autor/editor, foram feitas para fins de estudo da Filosofia Espírita, e cada uma delas está vinculada a um exercício, ou a um teste, ou a uma análise de texto, ou a uma reflexão doutrinária, histórica ou filosófica do Espiritismo. (LDA - 9.610/1998 art. 46, III)
ÍNDICE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
No Módulo - Apresentação, você tem todos os módulos deste treinamento, com os respectivos links.
- Clique aqui
Materiais e métodos
Apresentação do estudo
1 - Metodologia de ensino-aprendizagem
2 - Textos para estudo
Módulos de leitura/estudo
3 - Introdução à Filosofia
4 - O Espiritismo na História da Filosofia
5 - Noções de Teoria do Conhecimento
6 - Noções de Metodologia Científica
7 - Noções de Filosofia das Ciências
8 - Noções de Ciência Espírita
9 - Noções de Filosofia Espírita
10 - Espiritismo e outras Ciências
11 - Tríplice Aspecto do Espiritismo
12 - Programa de Filosofia Espírita - esta página
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO
ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
Módulo 12 - Programa de Filosofia Espírita
ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
Módulo 12 - Programa de Filosofia Espírita
- Apresentação
- RLE - Módulo 12 - PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA
- Proposta de um Programa de Filosofia Espírita (por João Donha)
- Resumos didáticos
- Vocabulário de Filosofia
- Dicionários de Filosofia
- Pequeno Vocabulário de Filosofia
- Para conhecer a Filosofia Espírita
- Bibliografia básica de Filosofia
- Exercícios de verificação
- Perguntas
- Respostas
- Texto: Programa de Filosofia Espírita (João Donha)
- Caixa de ferramentas
- Citações e transcrições
- Índice de ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
- RLE - Módulo 12 - PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA
- Proposta de um Programa de Filosofia Espírita (por João Donha)
- Resumos didáticos
- Vocabulário de Filosofia
- Dicionários de Filosofia
- Pequeno Vocabulário de Filosofia
- Para conhecer a Filosofia Espírita
- Bibliografia básica de Filosofia
- Exercícios de verificação
- Perguntas
- Respostas
- Texto: Programa de Filosofia Espírita (João Donha)
- Caixa de ferramentas
- Citações e transcrições
- Índice de ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
APRESENTAÇÃO
Instrutor Guima
Finalizando o nosso RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS, vem o Módulo 12 - Programa de Filosofia Espírita, em que se analisa uma proposta de estudo da filosofia espírita feita pelo professor e escritor espírita João Donha, e, em complemento, são dadas indicações de glossários, bibiliografia, vídeos e sites para o estudo da filosofia espírita.
Bom trabalho!
ROTEIRO DE LEITURA E ESTUDO (RLE)
Módulo 12 - PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA
Finalidades deste Módulo 12
♦ Efetuar a leitura/estudo de uma proposta de estudo da filosofia espírita feita pelo professor e escritor espírita João Donha
Pré-requisito
♦ Ter noções básicas de leitura e redação, interesse pela tema e disposição para autoaprendizagem
♦ Ter realizado os módulos anteriores deste RLE - ELEMENTOS DE FILOSOFIA E CIÊNCIA ESPÍRITAS
Objetivos de ensino
♦ Ao concluir todas as atividades deste Módulo 12, você será capaz de:
• Conhecer a proposta do curso de filosofia elaborado por João Donha
• Identificar as divisões clássicas da filosofia (Ontologia, Axiologia, Gnosiologia, Epistemologia) com as obras da Codificação Espírita
• Conhecer conceitos de filosofia aplicáveis ao Espiritismo
• Dar definições de termos fundamentais de filosofia
• Identificar livros, vídeos e sites, cujos temas são a filosofia espírita
• Identificar as divisões clássicas da filosofia (Ontologia, Axiologia, Gnosiologia, Epistemologia) com as obras da Codificação Espírita
• Conhecer conceitos de filosofia aplicáveis ao Espiritismo
• Dar definições de termos fundamentais de filosofia
• Identificar livros, vídeos e sites, cujos temas são a filosofia espírita
Atividades
♦ Proceda à leitura/estudo dos textos abaixo indicados (itens Texto básico e Textos complementares), observando as instruções do tópico Leitura e Filosofia do Módulo Apresentação deste RLE.
♦ Faça um resumo da matéria, mediante notas, esquemas, mapas mentais, como preferir, para cada tópico especificado nos Objetivos de ensino (v. acima)
♦ Faça resumos próprios de pontos relevantes do material lido/estudado: pense filosoficamente, destaque os pontos altos e baixos dos textos, liste perguntas a que o texto responde, critique as ideias, exponha seu modo de ver as coisas, levante questões para futuros estudos/discussões, anote pontos para pesquisar posteriormente
♦ Consulte glossários/dicionários para verificar conceitos ou palavras desconhecidas, e as adicione ao seu glossário pessoal de filosofia
Material de estudo
♦ Tenha à mão: papel, lápis e fichas de anotações e fichamento, se for adotá-las
Textos introdutórios
♦ Resumos didáticos da proposta de Programa de Filosofia Espírita, feita por João Donha, e do conceito de Gnosiologia e Epistemologia, disponíveis logo abaixo (aqui)
Texto básico
♦ Proposta de Programa de Filosofia Espírita, por João Donha, cujo texto vem a seguir (aqui)
Exercícios
♦ Alguns Exercícios de verificação encerram o estudo deste módulo (aqui)
Impressão do material
♦ Recomenda-se a leitura on-line do roteiro e a impressão somente do material de leitura/estudo estritamente necessário
O PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA (JOÃO DONHA)
Falsíssima ideia formaria do Espiritismo quem julgasse que a sua força lhe vem da prática das manifestações materiais […]. Sua força está na sua filosofia, no apelo que dirige à razão, ao bom-senso. […] Fala uma linguagem clara, sem ambiguidades. Nada há nele de místico, nada de alegorias suscetíveis de falsas interpretações. Quer ser por todos compreendido, porque chegados são os tempos de fazer-se que os homens conheçam a verdade […]. Não reclama crença cega; quer que o homem saiba por que crê. Apoiando-se na razão, será sempre mais forte do que os que se apoiam no nada.
ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. Conclusão, item 6
ALLAN KARDEC. O Livro dos Espíritos. Conclusão, item 6
Em sua página na internet (http://donhaespirita.blogspot.com), o professor e escritor espírita João Donha propõe um programa de estudos de filosofia espírita.
- PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA - Veja aqui
Esse programa seria desenvolvido mediante a seguinte bibliografia:
- Introdução à Filosofia, do professor Luís Washington Vita.
- Para um melhor detalhamento dos problemas do conhecimento, poderíamos ler a Teoria do Conhecimento, do neokantiano Johannes Hessem, e O Problema da Verdade, do materialista dialético Jacob Bazarian.
- Para ver a aplicação de um estudo sistemático às diversas filosofias ao longo do tempo, poderíamos utilizar História da Filosofia, dos católicos Padovani e Castagnola, ou História da Filosofia, do americanista Will Durant.
- Finalmente, para conhecer a Filosofia Espírita, podemos nos servir da obra completa de Kardec e da extensa bibliografia produzida pelos pensadores espíritas, deste e do outro mundo.
- Para ver a aplicação de um estudo sistemático às diversas filosofias ao longo do tempo, poderíamos utilizar História da Filosofia, dos católicos Padovani e Castagnola, ou História da Filosofia, do americanista Will Durant.
- Finalmente, para conhecer a Filosofia Espírita, podemos nos servir da obra completa de Kardec e da extensa bibliografia produzida pelos pensadores espíritas, deste e do outro mundo.
No texto mencionado, Donha diz que
Os grandes problemas filosóficos têm sido agrupados didaticamente pelos diversos autores em três campos:
- teoria do conhecimento,
- teoria do ser e
- teoria dos valores.
- teoria do ser e
- teoria dos valores.
Para ficarmos apenas com as obras de Kardec, podemos apontar a seguir os pontos em seus escritos onde os diversos problemas filosóficos foram abordados.
Para facilitar a visão destes pontos, examine o mapa mental que vem logo abaixo.
RESUMOS DIDÁTICOS
Veja a seguir um resumo didático que sintetiza essa proposta de João Donha:
- MAPA MENTAL - PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA - aqui
E veja também este outro, que auxilia no estudo acima:
- CONCEITO DE GNOSIOLOGIA - aqui
VOCABULÁRIO DE FILOSOFIA
Dicionários de Filosofia
Pequeno vocabulário de Filosofia
Instrutor Guima
Para melhor compreensão da proposta do Programa de Filosofia Espírita do professor João Donha, que estamos examinando aqui, utilize este pequeno vocabulário de filosofia:
Racionalismo: Doutrina filosófica moderna (séc. XVII) que admite a razão como única fonte de conhecimento válido.
Racional: Do latim ratio, razão. Designa em geral o modo especificamente humano do conhecimento conceptual-discursivo.
Relativismo: Doutrina que considera todo conhecimento relativo, dependendo de fatores contextuais, e que varia de acordo com as circunstâncias, sendo possível estabelecer-se um conhecimento absoluto e uma certeza definitiva. (DBF)
Empirismo: Caráter comum dos sistemas filosóficos que consideram a experiência como único critério de verdade.
Agnosticismo: Doutrina segundo a qual o fundo das coisas é incognoscível ao espírito humano. O termo aplica-se particularmente às doutrinas teológicas.
Gnosticismo: Gnosticismo é um conjunto de correntes filosófico-religiosas sincréticas que chegaram a mimetizar-se com o cristianismo nos primeiros séculos de nossa era, vindo a ser declarado como um pensamento herético após uma etapa em que conheceu prestígio entre os intelectuais cristãos.
Apriorismo: Doutrina ou princípio que atribui papel central a experiências ou raciocínios a priori.
A Priori: Aquilo que é logicamente anterior à experiência e dela independe.
Idealismo: Caráter geral dos sistemas filosóficos que negam a objetividade do conhecimento e reduzem o ser ao pensamento.
Materialismo: Doutrina segundo a qual toda a realidade, inclusive a espiritual, se reduz à matéria e suas modificações.
Materialismo Dialético: É a união do materialismo clássico com a dialética de Hegel, e representa o núcleo filosófico do marxismo.
Fenomenismo: Concepção filosófica em que a realidade é composta exclusivamente de fenômenos e das percepções e ideias que formamos destes.
Monismo: Teoria segundo a qual a realidade é formada de uma única substância, pois só existe um princípio fundamental, seja a matéria, seja o espírito.
Dogmatismo: Doutrina dos que pretendem basear seus postulados apenas na autoridade, sem admitir crítica nem discussão.
Ceticismo: Concepção filosófica segundo a qual o conhecimento certo e definitivo sobre algo pode ser buscado, mas não atingido.
Criticismo: Doutrina kantiana que estuda as condições de validade e os limites do uso que podemos fazer de nossa razão pura. Por extensão, toda doutrina que faz da crítica do conhecimento a condição prévia da pesquisa filosófica. (DBF)
Pragmatismo: Sistema filosófico de William James, que subordina a verdade à utilidade e reconhece a primazia da ação sobre o pensamento.
Intuição: Forma de conhecimento que permite à mente captar algo de modo direto e imediato.
Verificabilidade: (ou Verificacionismo) Procedimento que busca confirmar ou negar uma afirmação ou uma hipótese teórica através do confronto com a experiência, com a realidade empírica, por meio de observações, testes, experimentos, etc. (DBF)
Práxis: Na filosofia marxista, é usada para designar uma relação dialética entre o homem e a natureza, na qual o homem, ao transformar a natureza com seu trabalho, transforma a si próprio. (DBF)
Patrística: Filosofia cristã estabelecida pelos Santos Padres da Igreja nos primeiros cinco séculos da era cristã, caracterizada pelo combate à descrença e a outras religiões por meio de uma defesa intelectual e racional da nova religião, usando para isso argumentações e conceitos provenientes sobretudo do platonismo e do aristotelismo
Escolástica: Escola filosófica da Idade Média, cujo principal representante é Santo Tomás de Aquino. No sentido pejorativo, que decorre da escolástica decadente, o termo escolástico se refere a todo pensamento formal, verbal, estagnado nos quadros tradicionais.
Dualismo: Divisão em duas categorias ou elementos.
Fideísta: Que preconiza a superioridade da fé em detrimento da razão. PARA CONHECER A FILOSOFIA ESPÍRITA
A seguir, vai uma lista de obras, sites e vídeos sobre o tema Filosofia Espírita:
Livros
- OS FILÓSOFOS. J. Herculano Pires. São Paulo, FEESP, 2ª. edição, 2001.
- INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ESPÍRITA. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1983. Disponível aqui
- INTRODUÇÃO A “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, de ALLAN KARDEC. J. Herculano Pires. São Paulo, Lake, 52ª. edição, 1991. Disponível aqui
- A FILOSOFIA DO ESPÍRITO. In O Espírito e o Tempo – Introdução Antropológica ao Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Edicel, 1979.
- EPISTEMOLOGIA ESPÍRITA. In Curso Dinâmico de Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979.
- A HORA DO TOQUE (Epistemologia Espírita); A QUESTÃO METODOLÓGICA; O - MÉTODO DE KARDEC. In A pedra e o joio. J. Herculano Pires. São Paulo, Edições Cairbar, 1975 aqui
- A FILOSOFIA ESPÍRITA. In O Infinito e finito [16, IV]. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1983.
- FILOSOFIA VIVA E RACIONAL, SEM O ESPÍRITO DE SISTEMA. In O mistério do bem e do mal. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1979.
- DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. In Ciência Espírita e suas implicações terapêuticas. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979.
- A DOUTRINA ESPÍRITA É FILOSOFIA. In Filosofia Espírita da Educação [Vol. 1]. Ney Lobo. Brasília, FEB, 1987.
- O ESPIRITISMO COMO FILOSOFIA. In O segundo ensinamento. Regis de Morais. Campinas, SP : Alan Kardec Editora, 2014
- FILOSOFIA E CIÊNCIA - MANEIRAS DE PENSAR E DE CONHECER. In Fronteiras do Espiritismo e da Ciência. Carlos Toledo Rizzini. São Paulo, LAKE, 1987
- FILOSOFIA E ESPIRITUALIDADE. Adenáuer Novaes. Salvador, Lar Harmonia, 2004.
- SER PARA CONHECER, CONHECER PARA SER. Filosofia Espírita. Astrid Sayegh. São Paulo, FEESP, 2006.
- CARACTERES DA FILOSOFIA ESPÍRITA. In Dialética e Metapsíquica. Humberto Mariotti. São Paulo, Editora Édipo, s/d - Disponível aqui
- A FILOSOFIA ESPÍRITA E O PENSAMENTO ATUAL. In Parapsicologia e Materialismo Histórico. Humberto Mariotti. São Paulo, Edicel, 1983 - Disponível aqui
- ALLAN KARDEC E A FILOSOFIA ESPÍRITA. In O Espiritismo. Castellan Yvonne. São Paulo, Difusão Europeia do Livro, 2ª. edição, 1961.
- A ESCOLA KARDECISTA E AS HISTÓRIAS DA FILOSOFIA. In Deus é o absurdo. Luciano dos Anjos. Rio de Janeiro, Eco, 1978.
- ESTUDO DA FILOSOFIA ESPÍRITA. Jefferson José Bui. São Paulo, FEESP, 1996.
- FILOSOFIA ESPÍRITA E SEUS TEMAS. Manoel P. São Marcos. São Paulo, FEESP, 1993.
- FILOSOFIA ESPÍRITA (Tomo 2). Manoel P. São Marcos. São Paulo, FEESP, 1997.
- FILOSOFIA ESPÍRITA. Alan Krambeck. São José dos Campos, SP, Edição do Autor, 2009.
- DEUS, ESPÍRITO E MATÉRIA. Manuel de O. Portasio Filho. São Paulo, FEESP, 2000.
- SÓCRATES E PLATÃO. José Carlos Leal. Rio de Janeiro, Novo Ser, 2013.
- SÓCRATES E O ESPIRITUALISMO. Carlos F. Loeffler. São Paulo, Editora do Conhecimento, 2016
- O ESPIRITISMO E OS PRIMEIROS PENSADORES. Rossano S. Ferreira. São Paulo, Mundo Maior Editora, 2005.
- A SABEDORIA DE SÓCRATES E O CRISTIANISMO REDIVIVO. Leonardo Machado. Araras, SP, IDE, 2008
- A DIALÉTICA ESPIRITUALISTA. José Marques Mesquita. Rio de Janeiro, Mandarino, 1985.
- KARDEC, JESUS E A FILOSOFIA ESPÍRITA. Nazareno Tourinho. FEESP, SP, 1994.
- A TEORIA FILOSÓFICA. In VIDA E OBRA DE ALLAN KARDEC. André Moreil. São Paulo, Edicel, 1977
- FILOSOFIA E CIÊNCIA. In FUNDAMENTAÇÃO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. Carlos Friedrich Loeffler. Lachâtre, Niterói, RJ, 2005
- O ESPIRITISMO É UMA CIÊNCIA? Charles Kempf - aqui
- O DIVULGADOR ESPÍRITA [Vol. III]. Rino Curti. São Paulo, FEESP, s/d
- A DOUTRINA ESPÍRITA (Carta ao seu irmão consanguineo). Bezerra de Menezes. São Paulo, Edicel, 1981
- ESTUDOS FILOSÓFICOS (1a. Parte e 2a. Parte). Bezerra de Menezes. São Paulo, Edicel, 1979
- FILOSOFIA – INTERPRETAÇÃO DA FILOSOFIA. In O Consolador, 2ª. Parte. F. C. Xavier/Emmanuel, Brasília, FEB, 1941.
- A CAMINHO DA LUZ. F. C. Xavier/Emmanuel, Brasília, FEB, 1939.
- QUATRO QUESTÕES DE FILOSOFIA. In Emmanuel, Cap. XXXIII – F. C. Xavier/Emmanuel, Brasília, FEB, 1938.
- GENEALOGIA DO ESPÍRITO - UMA ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA ESPÍRITA. Humberto Schubert Coelho. Brasília, FEB, 2009
- A FILOSOFIA PERENE - O MODO ESPIRITUALISTA DE PENSAR. Humberto Schubert Coelho - Votuporanga, SP, Editora Diedier, 2014
- ELEMENTOS DE FILOSOFIA ESPÍRITA. Roque Jacintho. Reformador, FEB, junho de 1970
- FILOSOFIA INDIANA E FILOSOFIA ESPÍRITA. In Pérolas no fio. Ézio F. de Souza/ Yogashirishinan (Espírito) – Círculo Espírita da Oração – Salvador, BA, 1991
- EXCELSIOR - CRISTIANISMO E PROGRESSO. Felipe Senillosa [e-book] Luz Espírita, 2020 - disponível aqui
- ESBOÇOS DE EPISTEMOLOGIA ESPÍRITA. Quintín López Gómez [e-book] Luz Espírita, 2019 - disponível aqui
- ARTIGOS DO BLOG FILOSOFIA ESPÍRITA. Humberto Schubert Coelho - Disponível aqui
Nota: Alguns textos mencionados acima podem ser encontrados no Caderno de Leituras Espíritas - Filosofia Espírita, disponível aqui
Sites
http://www.filosofiaespirita.org/site/
http://filosofiaespiritismo.blogspot.com.br/
http://www.ieef.org.br/
http://ifecfilosofia.blogspot.com.br/
http://filosofiaespirita2.blogspot.com.br
http://www.clubekardec.com.br
Cursos
- CURSO com aulas, textos, vídeos, comentários
Módulo Filosofia Espírita - aqui
Blog do site acima:
http://filosofiaespiritaencantamentoecaminho.blogspot.com/
- CURSO DE INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ESPÍRITA. Sérgio Biasi Gregório. São Paulo, Centro Espírita Ismael.
Disponível em: http://goo.gl/zQFsF9
- ESTUDO APROFUNDADO DA DOUTRINA ESPÍRITA [EADE]. Livro V – Filosofia e Ciência Espíritas. Marta Antunes de Oliveira Moura (Org.). Brasília, FEB, 2015.
Disponível aqui
CURSO DE LÓGICA E ARGUMENTAÇÃO - Cosme Massi
Disponível aqui
Vídeos
- FILOSOFIA ESPÍRITA. Alysson Mascaro. ICEB.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=gBi52aggOOc
- FILOSOFIA ESPÍRITA. Estevão Camolesi.
Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=KeK4aDyvKPE
BIBLIOGRAFIA BÁSICA DE FILOSOFIA
- Roteiro de História da Filosofia. Bertho Condé. São Paulo, Piratininga, 1965
- A história da Filosofia. Will Durant. São Paulo, Nova Cultural, 2000
- Noções de história da Filosofia. Leonel Franca. Rio de Janeiro, Agir, 1978
- História da Filosofia. Umberto Padovani; Luís Castagnola. São Paulo, Melhoramentos, 1978
- História da Filosofia. Gonzague Truc. Porto Alegre, RS, Globo, 1958
- Uma História da Filosofia Ocidental - David Walter Hamlyn. Rio de Janeiro, Zahar, 1990
- Manual de Filosofia. Theobaldo Miranda Santos. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1967
- Fundamentos de Filosofia. Lições Preliminares. Manuel Garcia Morente. São Paulo, Mestre Jou, 1970
- Curso de Filosofia. R. Jolivet. Rio de Janeiro, Agir, 1979
- Introdução à Filosofia. Luís Washington Vita. São Paulo, Melhoramentos, s/d
- Introdução geral à Filosofia. Jacques Maritain. Rio de Janeiro, Agir, 1981
- Introdução ao pensamento Filosófico. Karl Jaspers. São Paulo, Cultrix, 1976
- Iniciação Filosófica. Orlando Vilela. São Paulo, Dominus Editora, 1964
- Introdução à Filosofia. Francisco Leme Lopes. Agir, 1964
- Introdução à Filosofia. Agostinho Ferreira. São Paulo, FTD, 1966
- Curso Moderno de Filosofia. Introdução à Filosofia das Ciências. Denis Huisman; André Vergez. Rio de Janeiro, Freitas Bastos, 1964
- Sobre o Método Científico em Filosofia. Bertrand Russell. In Misticismo e Lógica e outros ensaios. Rio de Janeiro, Zahar, 1977
- Filosofia da Ciência e da Tecnologia. Régis de Moraes. São Paulo, Papirus, 1988
- A Revolução Científica e as origens da ciência moderna. John Henry. Rio de Janeiro, Zahar, 1998
- Entendendo a Teorita Crítica - um guia ilustrado. Stuart Sim & Borin Van Loon. São Paulo, LeYa, 2013
- Introdução à Filosofia. Problemas, sistemas, autores, obras. Battista Mondin. São Paulo, Paulus, 1981
- Introdução à Filosofia. Thomas Ransom Giles. São Paulo, EPU/USP, 1979
- Introdução à Filosofia Científica. Euryalo Cannabrava. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1956
- Elementos de Metodologia Filosófica. Euryalo Cannabrava. São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1956
- Introdução ao pensamento filosófico. Admardo Serafim de Oliveira [et. all]. São Paulo, Loyola, 1981
- Filosofia - Iniciação à investigação filosófica. José Auri Cunha. São Paulo, Atual Editora, 1992
- Filosofia. Leopoldo Justina Girardi; Odone José de Quadros. Porto Alegre, RS, Acadêmica, 1980
- Problemas filosóficos. Edmundo H. Dreher. Curtiba, PR, Gráfica Vicentina, 1978
- O mundo precisa de filosofia. Eduardo Prado de Mendonça. Rio de Janeiro, Agir, 1981
- Convite à Filosofia. Marilena Chauí. São Paulo, Ática, 2005
- Filosofando. Introdução à Filosofia. Maria Lúcia de Arruda Aranha; Maria Helena Pires Martins. São Paulo, Moderna, 1986
- Filosofia - Experiência do pensamento. Sílvio Galllo. São Paulo, Scipione, 2014
- A Filosofia a partir de seus problemas. Mario Ariel González Porta. São Paulo, Loyola, 2007
- O desafio de pensar sobre o pensar. Alberto Thomal. Florianópolis, SC, Sophos, 2006
- Tudo o que você precisa saber sobre Filosofia. Paul Kleinman. São Paulo, Gente, 2014 (E-book Kindle)
- Textos básicos de Filosofia. Dos pré-socráticos a Wittgenstein. Danilo Marcondes. Rio de Janeiro, Zahar. (E-book Kindle)
- A Filosofia explica as grandes questões da humanidade. Clóvis de Barros Filho; Júlio Pompeu. São Paulo/Rio de Janeiro. Casa da Palavra/Casa do Saber. 2014. (E-book Kindle)
- O Portal da Filosofia. [Uma breve leitura de obras fundamentais da Filosofia]. Robert Zimmer. São Paulo, WMF Martins Fontes, 2014, vol. 2
- A Filosofia Perene. Aldoux Husley. São Paulo, Globo, 2010
- Filosofia Cósmica do Evangelho. Huberto Rohden. São Paulo, Alvorada, 2a. edição, s/d
- Nenhuma paixão desperdiçada [Ensaios]. George Steiner. São Paulo, Record, 2010
- Sobre o que nos perguntam os grandes filósofos. Leszek Kolakowski. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 2009
- Sobre o blablablá e o mas-mas dos filósofos. Frédéric Schiffter. Rio de Janeiro, José Olympio, 2003
- A Filosofia explicada à minha filha. Roger-Pol Droit. São Paulo, Martins Fontes, 2005
- Filosofia para principiantes. Arcângelo R. Buzzi. Petrópolis, RJ, Vozes, 1992
- Dicionário de Filosofia. Nicola Abbagnano. São Paulo, Mestre Jou, 1970
- Dicionário básico de Filosofia. Hilton Jupiassu; Danilo Marcondes. Rio de Janeiro, Zahar, 1993
- Coleção Os Pensadores. São Paulo, Abril Cultural, 1980
Instrutor Guima
A seguir, vêm alguns exercícios para verificar o que aqui foi lido e estudado.
São exercícios simples, visando a repassar brevemente os textos deste Módulo 12, destacar algum ponto ou, ainda, chamar a atenção para aspectos interessantes.
O entendimento e apreensão da matéria estão ligados à leitura compreensiva e anotada, e às questões e críticas que você mesmo formulou durante os estudos.
As respostas estão logo abaixo.
Vamos lá!
1. Segundo o prof. João Donha, na proposta de fez sobre a montagem de um Curso de Filosofia, os grandes problemas filosóficos têm sido agrupados didaticamente pelos diversos autores em três campos. Que campos são esses?
2. Na proposta de João Donha, em que parte da obra de Kardec estariam os aspectos gnosiológicos?
3. E os aspectos epistemológicos?
4. E os aspectos ontológicos?
5. Que bibliografia não espírita sugere João Donha para orientar um estudo sistematizado da filosofia espírita?
6. José Herculano Pires, jornalista, escritor, poeta, tradutor, professor e filósofo, foi considerado a maior autoridade em Allan Kardec no Brasil. E é também reconhecido, entre nós, como o maior filosófo espírita (consta como o principal pensador de filosofia espírita no Brasil no livro História da Filosofia no Brasil, do filósofo Jorge Jaime).
Pois bem, cite as obras ou trechos de obras de Herculano Pires, que tratam de temas filosóficos, referidas no tópico Para conhecer a Filosofia Espírita deste Módulo 12.
1. Teoria do conhecimento, teoria do ser e teoria dos valores.
2. Em o O Livro dos Espíritos – Parte 1ª., Cap. II, Questões 10, 12, 42
3. Em O Livro dos Espíritos, Introdução – Em A Gênese, Cap. I – Em o Evangelho segundo o Espiritismo, Item II, Introdução – Em O Livro dos Médiuns, 1ª. Parte, Caps. III e IV
4. Em O Livro dos Espíritos, Partes 1ª., 2ª. e 3ª – Em A Gênese, Caps. IV em diante
5. Para a compreensão de todo o painel dos problemas filosóficos com as diversas tentativas de soluções, o excelente compêndio Introdução à Filosofia, do professor Luis Washington Vita.
Para um melhor detalhamento dos problemas do conhenhecimento poderíamos ler Teoria do Conhecimento, do neokantiano Johannes Hessem, e O Problema da Verdade, do materialista dialético Jacob Bazarian.
Para ver a aplicação de um estudo sistemático às diversas filosofias ao longo do tempo, poderiamos utilizar o extenso e maçante História da Filosofia, dos católicos Padovani e Castagnola, ou o digestiva História da Filosofia, do americanista Will Durant.
Finalmente, para conhecer a Filosofia Espirita, podemos nos servir da obra completa de Kardec e da extensa bibliografia produzida pelos pensadores espiritas, deste e do outro mundo.
6. - OS FILÓSOFOS. J. Herculano Pires. São Paulo, FEESP, 2ª. edição, 2001.
- INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ESPÍRITA. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1983. Disponível aqui
- INTRODUÇÃO A “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, de ALLAN KARDEC. J. Herculano Pires. São Paulo, Lake, 52ª. edição, 1991. Disponível aqui
- A FILOSOFIA DO ESPÍRITO. In O Espírito e o Tempo – Introdução Antropológica ao Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Edicel, 1979.
- EPISTEMOLOGIA ESPÍRITA. In Curso Dinâmico de Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979.
- A HORA DO TOQUE (Epistemologia Espírita); A QUESTÃO METODOLÓGICA; O - MÉTODO DE KARDEC. In A pedra e o joio. J. Herculano Pires. São Paulo, Edições Cairbar, 1975 aqui
- A FILOSOFIA ESPÍRITA. In O Infinito e finito [16, IV]. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1983.
- FILOSOFIA VIVA E RACIONAL, SEM O ESPÍRITO DE SISTEMA. In O mistério do bem e do mal. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1979.
- DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. In Ciência Espírita e suas implicações terapêuticas. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979 PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA
João Donha
Que o Espiritismo é uma filosofia, não há dúvida. Além de seu próprio fundador tê-lo assim definido, provam-no suficientemente Ivonne Castellan (que não é espírita), em seu livro "O Espiritismo", e Herculano Pires, na Introdução a "O Livro dos Espíritos", edição de 1958. Além disso, ele tem sido assim encarado pelas principais publicações acadêmicas de filosofia, a começar pelo "Vocabulário Técnico-Científico de Filosofia", do Lalande, até o recentíssimo "História da Filosofia no Brasil", de Jorge Jaime. Apesar disto, infelizmente, alguns conselhos fossilizados de algumas faculdades retrógradas ainda teimam em recusar teses ou monografias que tratem o Espiritismo como filosofia ou Kardec como filósofo.
Temos que considerar, entretanto, que Kardec, ao compor sua obra, fugiu deliberadamente do "espírito de sistema" e da terminologia específica que costumam caracterizar os escritos de filosofia, principalmente os modernos. E assim o fez porque sua intenção não era erigir mais um sistema de filosofia destinado aos eruditos ou às prateleiras, mas, sim, reunir subsídios para a transformação do homem e da sociedade.
Isto não impede, porém, que, seja para nosso diletantismo, seja para aumentar nossa visão de conjunto ou aprofundar nossa compreensão da doutrina, façamos um estudo sistemático da obra. Ou seja, busquemos nela as sugestões de soluções para os milenares problemas suscitados pelo pensamento filosófico. Como acontece com todas as filosofias, as soluções espíritas têm que ser garimpadas ao longo de toda a obra. Mas, é possível iniciarmos uma busca direta nos trechos em que essas sugestões estão mais explícitas.
Os grandes problemas filosóficos têm sido agrupados didaticamente pelos diversos autores em três campos:
♦ teoria do conhecimento,
♦ teoria do ser, e
♦ teoria dos valores.
Para ficarmos apenas com as obras de Kardec, podemos apontar a seguir os pontos em seus escritos onde os diversos problemas filosóficos foram abordados.
A teoria do conhecimento engloba a lógica, a gnosiologia (ou teoria do conhecimento filosófico), e a epistemologia (ou teoria do conhecimento científico). A gnosiologia espírita pode ser encontrada principalmente no LE (O Livro dos Espíritos), Parte 1a., Cap.II e nas questões 10, 11 e 42. A epistemologia espírita encontra-se em G (A Gênese), Cap. I; LE, Introdução; E (O Evangelho Segundo o Espiritismo), item II da Introdução; e LM (O Livro dos Médiuns), 1a. Parte, Caps. III e IV.
Na teoria do ser, ou ontologia, ou metafísica, vamos encontrar a cosmologia, a antropologia, a psicologia, sociologia, economia, ecologia, pedagogia, etc. A metafísica espírita pode ser encontrada no LE, Partes 1a., 2a. e 3a.; e na G, Caps. IV em diante.
A teoria dos valores abrange a axiologia, a ética, a estética, e podemos acrescentar também a religião, a teologia, o direito, etc. Isto pode ser encontrado no LE, Partes 3a. e 4a.; G, Cap. III; todo o E; em todo o CI (O Céu e o Inferno); em muitos pontos da Revista Espírita e Obras Póstumas.
Finalmente, para satisfazer aos materialistas dialéticos, podemos dizer que a filosofia espírita delineia sua práxis no LM e no E.
À vista deste painel, alguns questionamentos poderiam já ser levantados para debate num Programa de Filosofia Espírita:
A ética de Kardec é patrística, agostiniana, prega uma moral divina e dogmática? Ou pode-se perceber nele uma moral mais prática, compreensiva, aberta a diferenças de comportamento?
E a estética? Kardec escreveu numa época em que se perseguia a perfectibilidade na arte. Nos textos sobre estética, tanto de Kardec como do Espírito Alfred de Musset, traça-se uma linha evolutiva positivista, considerando as manifestações artísticas primitivas como monstruosas, por não reproduzirem bela e fielmente o objeto como nas expressões renascentistas e modernas que, em certos momentos, tornam-se matemáticas. Depois de Kardec vieram o expressionismo, o cubismo, o concretismo, enfim todas as manifestações de arte contemporânea na arquitetura, na escultura, na pintura, na poesia, etc. Aqui, como no problema da intuição, que veremos mais adiante, a razão foi superada por uma percepção imediata na leitura de uma obra de arte.
Na cosmologia kardecista nota-se a forte presença de Camille Flammarion, um dos mais conceituados astrônomos da época. Nessa área também o alcance de nossos conhecimentos foi enormemente ampliado por teorias e equipamentos após Kardec. A cosmologia espírita de hoje poderia prescindir de gente como Hawking, Capra, para falar dos mais conhecidos?
Seguindo esse caminho, poderíamos partir para o estudo de cada disciplina filosófica, começando pela teoria do conhecimento. Como o nome da disciplina diz, trata-se de problematizar o conhecimento questionando sua possibilidade, origem, essência, formas, além de discutir o problema do critério ou validade da verdade.
Especificando, na questão da possibilidade do conhecimento temos, digladiando-se, de um lado o dogmatismo e, de outro, o ceticismo; no meio, as posições do relativismo, do pragmatismo e, principalmente, a tentativa kantiana de síntese com seu criticismo ou agnosticismo.
Na discussão sobre a essência do conhecimento, chocam-se o realismo (ou materialismo) de um lado e, de outro, o idealismo, em suas concepções objetiva e subjetiva. De novo há uma tentativa de conciliação com o fenomenalismo kantiano.
Quanto à origem do conhecimento, temos o racionalismo e o empirismo se opondo desde a antiguidade clássica, passando pela patrística e a escolástica medievais, entrando na modernidade com Descartes de um lado e Bacon do outro, chegando a uma tentativa de reconciliação também com Kant e o apriorismo.
As formas de conhecimento são, de um lado, a discursiva ou racional, que é o conhecimento científico e, de outro, a intuição. Ora prevalece uma, ora outra na preferência dos pensadores, alguns achando que são excludentes, outros que são complementares.
Os critérios de aceitação da verdade podem ser: a concordância do juízo com a realidade, a coerência, a eficácia, a verificabilidade, ou uma propriedade própria do objeto.
Essas diversas correntes de pensamento, com suas causas e conseqüências gnosiológicas e ideológicas, podem ser melhor detalhadas no estudo da bibliografia sugerida logo adiante.
Mas, podemos já começar a buscar as soluções espíritas para esses problemas.
Na questão da possibilidade do conhecimento, Kardec, tal como Kant, chega a uma síntese. Inicialmente poderíamos cair na tentação de enquadrá-lo como dogmático, porque ele admite, tranquilamente, a possibilidade do conhecimento científico. Várias vezes se refere a "verdades demonstradas", "dados positivos já adquiridos", apela sempre para a lógica, a razão e o bom senso. Por outro lado, poderíamos enquadrá-lo como cético quando à possibilidade do homem conhecer "o princípio das coisas", a verdadeira natureza de Deus, ou até mesmo, pasmem, a idade da Terra! Mas, ao contrário de Kant, ele não é fideísta, ou seja, não relega esses "objetos incognoscíveis" ao campo da fé. Ele acredita que são incognoscíveis para o estado atual do homem: "falta-lhe um sentido", algumas "faculdades". Com o progresso, com a evolução, o espírito vai conhecendo cada vez mais Deus, a eternidade, até o infinito.
Dessa forma, o conhecimento não só é possível, como é uma forma ou condição de evolução.
Na questão da essência do conhecimento, sem dúvida o Espiritismo é idealista, uma vez que admite uma consciência suprema, criadora de todas as coisas, portanto, anterior à matéria. Admite, porém, a existência do mundo das coisas, e vê a matéria como o laço que prende a consciência, e se torna o elemento sine qua de seu progresso. Mas esse dualismo, consciência versus matéria, é circunstancial, já que tudo se interliga, "do átomo ao arcanjo", vindo tudo de Deus, num monismo essencial.
Quanto à origem do conhecimento, o Espiritismo considera duas situações: a do homem e a do espírito. Ou seja, neste último caso, compreende-se o espírito imortal, princípio inteligente individualizado e no primeiro, esse espírito quando encarnado, isto é, num segmento da sua existência. Poderíamos, ainda fazer distinção entre personalidade e individualidade. Assim, a personalidade é a manifestação limitada da individualidade permanente. Limitada no tempo e na condição, o que explica as dificuldades do homem com relação às possibilidades do conhecimento. Mas, o homem quando nasce (ou o espírito quando renasce) traz consigo todos os conhecimento e experiências do passado, evidentemente sedimentados em camadas profundas do inconsciente espiritual, não obstante ativos em forma de tendências, vocações e reminiscências que irão interagir, num processo dialético, com o patrimônio genético e com o meio ambiente, na formação da personalidade.
Já o Espírito, em sua origem, é criado por Deus "simples e ignorante", porém destinado a evoluir na existência, pela experiência, no contato, também dialético, com a matéria em variadas dimensões (corpo versus perispírito; plano terreno versus erraticidade) servindo-se, para isto, desde o início, das categorias a priori.
Quanto às formas de conhecimento, podemos notar que Kardec não abordou a intuição da mesma forma que Bergson e outros. Para o Espiritismo, a intuição soma-se a outras formas de comunicação com os espíritos. A mediunidade torna-se, assim, uma forma aceita de conhecimento, ao lado do conhecimento adquirido por um esforço científico. Porém, mesmo o conhecimento mediúnico é discursivo, na medida em que não pode contrariar a lógica, a razão e as verdades estabelecidas cientificamente. A elaboração do Espiritismo deu-se de uma forma discursiva, racional, mediata, científica. Até a compreensão de Deus é limitada pela razão e feita através da tentativa de identificar seus atributos. Onde ficaria, então, em Kardec a intuição, entendida como uma apreensão imediata, pelo espírito, do objeto cognoscente? Os contemporâneos de Kardec, influenciados pelo positivismo, reagiam a uma época pré-moderna que admitia o conhecimento místico do Universo, uma vez que toda a realidade está em Deus, podendo, então, ser apreendida pela contemplação mística. Mas, hoje, quando vivemos uma pós-modernidade, os conceitos holísticos levam-nos a crer que, como partes do todo, temos o conhecimento de todo o Universo em nós mesmo, bastando desembrulharmos esse conhecimento dos equívocos da razão. É uma volta triunfal da intuição. Seria também o Espiritismo holístico, ou estaria escravizado ao paradigma mecanicista?
Estes seriam alguns dos problemas que levantaríamos e tentaríamos resolver num Programa de Filosofia Espírita. Sempre seguindo este método: através da bibliografia filosófica estudaríamos as disciplinas, os problemas e as soluções apresentadas na história, e as cotejaríamos com a doutrina espírita, buscando as soluções desta.
Para orientar um estudo sistematizado da filosofia espírita, poderíamos utilizar, por exemplo, a seguinte bibliografia:
Para a compreensão de todo o painel dos problemas filosóficos com as kdiversas tentativas de soluções, o excelente compêndio "Introdução à Filosofia", do professor Luís Washington Vita. Para um melhor detalhamento dos problemas do conhecimento, poderíamos ler a "Teoria do Conhecimento", do neokantiano Johannes Hessem, e "O Problema da Verdade", do materialista dialético Jacob Bazarian. Para ver a aplicação de um estudo sistemático às diversas filosofias ao longo do tempo, poderíamos utilizar o extenso e maçante "História da Filosofia", dos católicos Padovani e Castagnola, ou o digestivo "História da Filosofia", do americanista Will Durant.
Finalmente, para conhecer a Filosofia Espírita, podemos nos servir da obra completa de Kardec e da extensa bibliografia produzida pelos pensadores espíritas, deste e do outro mundo.
Cadernos de leituras espíritas
Materiais doutrinários espíritas
- Introdução à Filosofia Espírita - Herculano Pires - aqui
- Os filósofos - Herculano Pires - aqui
- EADE 5 - Filosofia e Ciências Espíritas - FEB - aqui
- Curso de Introdução à Filosofia Espírita - Sérgio B. Gregório - aqui
- Apostila Espiritismo e Ciência - Alexandre F. da Fonseca - aqui
- Fundamentação da Ciência Espírita - C. F. Loeffler - aqui
Materiais de filosofia
- Dicionário de Filosofia - aqui
- Dicionário de Filosofia (Só Filosofia) - aqui
- Glossário de Filosofia - aqui
- Educação UOL - aqui
- Só Filosofia - aqui
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- Filosofia (Ensino Médio) - SEED - PR - aqui
- Antologia de Textos Filosóficos - SEED - PR - aqui
- Metodologia Científica - Maria C. P. Bastos - Daniela V. Ferreira - aqui
- Metodologia do Trabalho Científico - Cleber Cristiano Prodanov - Ernani Cesar de Freitas - Feevale - aqui
Dicionários e outros
- Dicionário Michaelis on-line - aqui
- Dicionário analógico AULETE - aqui
- Conjugador verbal - aqui
- Vocabulário Ortográfico ABL - aqui
- Palavras compostas - aqui
CITAÇÕES E TRANSCRIÇÕES
A seguir, vêm alguns exercícios para verificar o que aqui foi lido e estudado.
São exercícios simples, visando a repassar brevemente os textos deste Módulo 12, destacar algum ponto ou, ainda, chamar a atenção para aspectos interessantes.
O entendimento e apreensão da matéria estão ligados à leitura compreensiva e anotada, e às questões e críticas que você mesmo formulou durante os estudos.
As respostas estão logo abaixo.
Vamos lá!
1. Segundo o prof. João Donha, na proposta de fez sobre a montagem de um Curso de Filosofia, os grandes problemas filosóficos têm sido agrupados didaticamente pelos diversos autores em três campos. Que campos são esses?
2. Na proposta de João Donha, em que parte da obra de Kardec estariam os aspectos gnosiológicos?
3. E os aspectos epistemológicos?
4. E os aspectos ontológicos?
5. Que bibliografia não espírita sugere João Donha para orientar um estudo sistematizado da filosofia espírita?
6. José Herculano Pires, jornalista, escritor, poeta, tradutor, professor e filósofo, foi considerado a maior autoridade em Allan Kardec no Brasil. E é também reconhecido, entre nós, como o maior filosófo espírita (consta como o principal pensador de filosofia espírita no Brasil no livro História da Filosofia no Brasil, do filósofo Jorge Jaime).
Pois bem, cite as obras ou trechos de obras de Herculano Pires, que tratam de temas filosóficos, referidas no tópico Para conhecer a Filosofia Espírita deste Módulo 12.
1. Teoria do conhecimento, teoria do ser e teoria dos valores.
2. Em o O Livro dos Espíritos – Parte 1ª., Cap. II, Questões 10, 12, 42
3. Em O Livro dos Espíritos, Introdução – Em A Gênese, Cap. I – Em o Evangelho segundo o Espiritismo, Item II, Introdução – Em O Livro dos Médiuns, 1ª. Parte, Caps. III e IV
4. Em O Livro dos Espíritos, Partes 1ª., 2ª. e 3ª – Em A Gênese, Caps. IV em diante
5. Para a compreensão de todo o painel dos problemas filosóficos com as diversas tentativas de soluções, o excelente compêndio Introdução à Filosofia, do professor Luis Washington Vita.
Para um melhor detalhamento dos problemas do conhenhecimento poderíamos ler Teoria do Conhecimento, do neokantiano Johannes Hessem, e O Problema da Verdade, do materialista dialético Jacob Bazarian.
Para ver a aplicação de um estudo sistemático às diversas filosofias ao longo do tempo, poderiamos utilizar o extenso e maçante História da Filosofia, dos católicos Padovani e Castagnola, ou o digestiva História da Filosofia, do americanista Will Durant.
Finalmente, para conhecer a Filosofia Espirita, podemos nos servir da obra completa de Kardec e da extensa bibliografia produzida pelos pensadores espiritas, deste e do outro mundo.
6. - OS FILÓSOFOS. J. Herculano Pires. São Paulo, FEESP, 2ª. edição, 2001.
- INTRODUÇÃO À FILOSOFIA ESPÍRITA. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1983. Disponível aqui
- INTRODUÇÃO A “O LIVRO DOS ESPÍRITOS”, de ALLAN KARDEC. J. Herculano Pires. São Paulo, Lake, 52ª. edição, 1991. Disponível aqui
- A FILOSOFIA DO ESPÍRITO. In O Espírito e o Tempo – Introdução Antropológica ao Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Edicel, 1979.
- EPISTEMOLOGIA ESPÍRITA. In Curso Dinâmico de Espiritismo. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979.
- A HORA DO TOQUE (Epistemologia Espírita); A QUESTÃO METODOLÓGICA; O - MÉTODO DE KARDEC. In A pedra e o joio. J. Herculano Pires. São Paulo, Edições Cairbar, 1975 aqui
- A FILOSOFIA ESPÍRITA. In O Infinito e finito [16, IV]. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1983.
- FILOSOFIA VIVA E RACIONAL, SEM O ESPÍRITO DE SISTEMA. In O mistério do bem e do mal. J. Herculano Pires. São Bernardo do Campo, SP, Correio Fraterno, 1979.
- DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA ESPÍRITA. In Ciência Espírita e suas implicações terapêuticas. J. Herculano Pires. São Paulo, Paideia, 1979 PROGRAMA DE FILOSOFIA ESPÍRITA
João Donha
Que o Espiritismo é uma filosofia, não há dúvida. Além de seu próprio fundador tê-lo assim definido, provam-no suficientemente Ivonne Castellan (que não é espírita), em seu livro "O Espiritismo", e Herculano Pires, na Introdução a "O Livro dos Espíritos", edição de 1958. Além disso, ele tem sido assim encarado pelas principais publicações acadêmicas de filosofia, a começar pelo "Vocabulário Técnico-Científico de Filosofia", do Lalande, até o recentíssimo "História da Filosofia no Brasil", de Jorge Jaime. Apesar disto, infelizmente, alguns conselhos fossilizados de algumas faculdades retrógradas ainda teimam em recusar teses ou monografias que tratem o Espiritismo como filosofia ou Kardec como filósofo.
Temos que considerar, entretanto, que Kardec, ao compor sua obra, fugiu deliberadamente do "espírito de sistema" e da terminologia específica que costumam caracterizar os escritos de filosofia, principalmente os modernos. E assim o fez porque sua intenção não era erigir mais um sistema de filosofia destinado aos eruditos ou às prateleiras, mas, sim, reunir subsídios para a transformação do homem e da sociedade.
Isto não impede, porém, que, seja para nosso diletantismo, seja para aumentar nossa visão de conjunto ou aprofundar nossa compreensão da doutrina, façamos um estudo sistemático da obra. Ou seja, busquemos nela as sugestões de soluções para os milenares problemas suscitados pelo pensamento filosófico. Como acontece com todas as filosofias, as soluções espíritas têm que ser garimpadas ao longo de toda a obra. Mas, é possível iniciarmos uma busca direta nos trechos em que essas sugestões estão mais explícitas.
Os grandes problemas filosóficos têm sido agrupados didaticamente pelos diversos autores em três campos:
♦ teoria do conhecimento,
♦ teoria do ser, e
♦ teoria dos valores.
Para ficarmos apenas com as obras de Kardec, podemos apontar a seguir os pontos em seus escritos onde os diversos problemas filosóficos foram abordados.
A teoria do conhecimento engloba a lógica, a gnosiologia (ou teoria do conhecimento filosófico), e a epistemologia (ou teoria do conhecimento científico). A gnosiologia espírita pode ser encontrada principalmente no LE (O Livro dos Espíritos), Parte 1a., Cap.II e nas questões 10, 11 e 42. A epistemologia espírita encontra-se em G (A Gênese), Cap. I; LE, Introdução; E (O Evangelho Segundo o Espiritismo), item II da Introdução; e LM (O Livro dos Médiuns), 1a. Parte, Caps. III e IV.
Na teoria do ser, ou ontologia, ou metafísica, vamos encontrar a cosmologia, a antropologia, a psicologia, sociologia, economia, ecologia, pedagogia, etc. A metafísica espírita pode ser encontrada no LE, Partes 1a., 2a. e 3a.; e na G, Caps. IV em diante.
A teoria dos valores abrange a axiologia, a ética, a estética, e podemos acrescentar também a religião, a teologia, o direito, etc. Isto pode ser encontrado no LE, Partes 3a. e 4a.; G, Cap. III; todo o E; em todo o CI (O Céu e o Inferno); em muitos pontos da Revista Espírita e Obras Póstumas.
Finalmente, para satisfazer aos materialistas dialéticos, podemos dizer que a filosofia espírita delineia sua práxis no LM e no E.
À vista deste painel, alguns questionamentos poderiam já ser levantados para debate num Programa de Filosofia Espírita:
A ética de Kardec é patrística, agostiniana, prega uma moral divina e dogmática? Ou pode-se perceber nele uma moral mais prática, compreensiva, aberta a diferenças de comportamento?
E a estética? Kardec escreveu numa época em que se perseguia a perfectibilidade na arte. Nos textos sobre estética, tanto de Kardec como do Espírito Alfred de Musset, traça-se uma linha evolutiva positivista, considerando as manifestações artísticas primitivas como monstruosas, por não reproduzirem bela e fielmente o objeto como nas expressões renascentistas e modernas que, em certos momentos, tornam-se matemáticas. Depois de Kardec vieram o expressionismo, o cubismo, o concretismo, enfim todas as manifestações de arte contemporânea na arquitetura, na escultura, na pintura, na poesia, etc. Aqui, como no problema da intuição, que veremos mais adiante, a razão foi superada por uma percepção imediata na leitura de uma obra de arte.
Na cosmologia kardecista nota-se a forte presença de Camille Flammarion, um dos mais conceituados astrônomos da época. Nessa área também o alcance de nossos conhecimentos foi enormemente ampliado por teorias e equipamentos após Kardec. A cosmologia espírita de hoje poderia prescindir de gente como Hawking, Capra, para falar dos mais conhecidos?
Seguindo esse caminho, poderíamos partir para o estudo de cada disciplina filosófica, começando pela teoria do conhecimento. Como o nome da disciplina diz, trata-se de problematizar o conhecimento questionando sua possibilidade, origem, essência, formas, além de discutir o problema do critério ou validade da verdade.
Especificando, na questão da possibilidade do conhecimento temos, digladiando-se, de um lado o dogmatismo e, de outro, o ceticismo; no meio, as posições do relativismo, do pragmatismo e, principalmente, a tentativa kantiana de síntese com seu criticismo ou agnosticismo.
Na discussão sobre a essência do conhecimento, chocam-se o realismo (ou materialismo) de um lado e, de outro, o idealismo, em suas concepções objetiva e subjetiva. De novo há uma tentativa de conciliação com o fenomenalismo kantiano.
Quanto à origem do conhecimento, temos o racionalismo e o empirismo se opondo desde a antiguidade clássica, passando pela patrística e a escolástica medievais, entrando na modernidade com Descartes de um lado e Bacon do outro, chegando a uma tentativa de reconciliação também com Kant e o apriorismo.
As formas de conhecimento são, de um lado, a discursiva ou racional, que é o conhecimento científico e, de outro, a intuição. Ora prevalece uma, ora outra na preferência dos pensadores, alguns achando que são excludentes, outros que são complementares.
Os critérios de aceitação da verdade podem ser: a concordância do juízo com a realidade, a coerência, a eficácia, a verificabilidade, ou uma propriedade própria do objeto.
Essas diversas correntes de pensamento, com suas causas e conseqüências gnosiológicas e ideológicas, podem ser melhor detalhadas no estudo da bibliografia sugerida logo adiante.
Mas, podemos já começar a buscar as soluções espíritas para esses problemas.
Na questão da possibilidade do conhecimento, Kardec, tal como Kant, chega a uma síntese. Inicialmente poderíamos cair na tentação de enquadrá-lo como dogmático, porque ele admite, tranquilamente, a possibilidade do conhecimento científico. Várias vezes se refere a "verdades demonstradas", "dados positivos já adquiridos", apela sempre para a lógica, a razão e o bom senso. Por outro lado, poderíamos enquadrá-lo como cético quando à possibilidade do homem conhecer "o princípio das coisas", a verdadeira natureza de Deus, ou até mesmo, pasmem, a idade da Terra! Mas, ao contrário de Kant, ele não é fideísta, ou seja, não relega esses "objetos incognoscíveis" ao campo da fé. Ele acredita que são incognoscíveis para o estado atual do homem: "falta-lhe um sentido", algumas "faculdades". Com o progresso, com a evolução, o espírito vai conhecendo cada vez mais Deus, a eternidade, até o infinito.
Dessa forma, o conhecimento não só é possível, como é uma forma ou condição de evolução.
Na questão da essência do conhecimento, sem dúvida o Espiritismo é idealista, uma vez que admite uma consciência suprema, criadora de todas as coisas, portanto, anterior à matéria. Admite, porém, a existência do mundo das coisas, e vê a matéria como o laço que prende a consciência, e se torna o elemento sine qua de seu progresso. Mas esse dualismo, consciência versus matéria, é circunstancial, já que tudo se interliga, "do átomo ao arcanjo", vindo tudo de Deus, num monismo essencial.
Quanto à origem do conhecimento, o Espiritismo considera duas situações: a do homem e a do espírito. Ou seja, neste último caso, compreende-se o espírito imortal, princípio inteligente individualizado e no primeiro, esse espírito quando encarnado, isto é, num segmento da sua existência. Poderíamos, ainda fazer distinção entre personalidade e individualidade. Assim, a personalidade é a manifestação limitada da individualidade permanente. Limitada no tempo e na condição, o que explica as dificuldades do homem com relação às possibilidades do conhecimento. Mas, o homem quando nasce (ou o espírito quando renasce) traz consigo todos os conhecimento e experiências do passado, evidentemente sedimentados em camadas profundas do inconsciente espiritual, não obstante ativos em forma de tendências, vocações e reminiscências que irão interagir, num processo dialético, com o patrimônio genético e com o meio ambiente, na formação da personalidade.
Já o Espírito, em sua origem, é criado por Deus "simples e ignorante", porém destinado a evoluir na existência, pela experiência, no contato, também dialético, com a matéria em variadas dimensões (corpo versus perispírito; plano terreno versus erraticidade) servindo-se, para isto, desde o início, das categorias a priori.
Quanto às formas de conhecimento, podemos notar que Kardec não abordou a intuição da mesma forma que Bergson e outros. Para o Espiritismo, a intuição soma-se a outras formas de comunicação com os espíritos. A mediunidade torna-se, assim, uma forma aceita de conhecimento, ao lado do conhecimento adquirido por um esforço científico. Porém, mesmo o conhecimento mediúnico é discursivo, na medida em que não pode contrariar a lógica, a razão e as verdades estabelecidas cientificamente. A elaboração do Espiritismo deu-se de uma forma discursiva, racional, mediata, científica. Até a compreensão de Deus é limitada pela razão e feita através da tentativa de identificar seus atributos. Onde ficaria, então, em Kardec a intuição, entendida como uma apreensão imediata, pelo espírito, do objeto cognoscente? Os contemporâneos de Kardec, influenciados pelo positivismo, reagiam a uma época pré-moderna que admitia o conhecimento místico do Universo, uma vez que toda a realidade está em Deus, podendo, então, ser apreendida pela contemplação mística. Mas, hoje, quando vivemos uma pós-modernidade, os conceitos holísticos levam-nos a crer que, como partes do todo, temos o conhecimento de todo o Universo em nós mesmo, bastando desembrulharmos esse conhecimento dos equívocos da razão. É uma volta triunfal da intuição. Seria também o Espiritismo holístico, ou estaria escravizado ao paradigma mecanicista?
Estes seriam alguns dos problemas que levantaríamos e tentaríamos resolver num Programa de Filosofia Espírita. Sempre seguindo este método: através da bibliografia filosófica estudaríamos as disciplinas, os problemas e as soluções apresentadas na história, e as cotejaríamos com a doutrina espírita, buscando as soluções desta.
Para orientar um estudo sistematizado da filosofia espírita, poderíamos utilizar, por exemplo, a seguinte bibliografia:
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Fonte: O original deste texto está aqui:
http://donhaespirita.blogspot.com
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