Paulo foi Arrebatado ao Terceiro Céu
PAULO FOI ARREBATADO AO TERCEIRO CÉU
TEMPO e ETERNIDADE
"Mas tu, Belém-Efrata, embora sejais pequena entre os milhares de Judá, de ti sairá aquele que é governador em Israel, e CUJAS SAÍDAS tem sido desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade (Mq 5:2 - Bíblia King James - fiel/1611).
Não almejamos a santidade, se esta santidade já não há tivemos. E a tivemos e temos em Cristo, em sua santidade, antes e depois da fundação do mundo.
A salvação que esperamos no tempo, já aconteceu na eternidade:
"que nos salvou e nos chamou com uma santa vocação; não segundo as nossas obras, mas segundo o seu próprio propósito e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes do começo do mundo" (2Tm 1:9 - Bíblia King James).
"O que é já foi, e o que há de ser também já foi; Deus fará renovar-se o que se passou" (Ec 3:15).
A ETERNIDADE é infinita, não é seccionada em períodos de tempos e de divisões ordenadas, cronológicas.
A eternidade é eterna Paz, é eterno presente.
Esta Paz excede todo o entendimento e nos é dada em Cristo Jesus (Fl 4:7 , João 14:27).
EU SOU, nome do nosso Deus, é eterno presente (Êx 3:13,14 , João 8:58).
O TEMPO foi criado por Deus. E este tempo é em si mesmo ordenado finitamente, com começo, meio e fim, e é, para o homem carnal, um ponto fora da eternidade.
O tempo é constituído de passado e futuro e não admite, para o homem carnal, um "tempo presente" maior do que um segundo. Por isso, ele anda sempre angustiado ou triste; e quando perde até este ínfimo "presente", enlouquece.
Mas, os que estão ligados ao Espírito Santo, tem desde já eterno presente, eterna Paz.
Quando oramos ou agimos através do Espírito Santo temos o verdadeiro tempo presente.
"Bendito seja Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bençãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo.
Como nos escolheu nele (em Jesus) antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e sem culpa diante dele; e em amor nos predestinou ... " (Ef 1:3-10 - Bíblia King James).
Portanto, Belém-Efrata, antes que existisse no tempo, já existia na eternidade. E já existia porque o Senhor Jesus já era rei sobre um povo já eleito, chamado e santificado, antes dele ter nascido no tempo, como raiz e geração de Davi, e ser adorado como rei pelos magos do Oriente, quando ainda era recém-nascido (Mt 2:2).
"EU SOU a raiz de Davi ... EU SOU a geração de Davi" (Ap 22:16).
Antes que Davi fosse rei, Jesus já o era, é , e eternamente será.
E, tendo Jesus reinado na eternidade, reinava de algum ponto desta eternidade, sobre um povo já eleito, pois, ninguém reina se não há povo.
E esse ponto era Belém-Efrata dos céus e depois, da terra. Por isso dizer-se que suas SAÍDAS iniciava-se ali, naquele ponto; e dali saia para a glória do Pai, para glória sua, e de sua Criação.
Assim como os judeus no cativeiro da Babilônia tinham saudades de Jerusalém, assim também o crente se considera peregrino nesta terra e tem saudade da Pátria Celeste (Sl 137:4-6).
"Porque somos estrangeiros e peregrinos diante de ti, como foram os nossos pais. Os nossos dias na terra são como uma sombra, e não há nenhuma esperança (que venhamos amar esta terra e os dias sombrios se aclarem)" (1Cr 29:15 - Bíblia King James).
"Porque os que falam desse modo manifestam estar procurando uma Pátria. E, se, na verdade, se lembrassem daquela (Pátria) de onde saíram, teriam oportunidade de voltar" (Hb 11:14,15).
Como pode alguém se considerar peregrino nesta terra e ter saudade da Pátria Celeste, se ele, por hipótese, nunca teve esta Pátria Celeste? - Portanto, tal crente já teve esta Pátria Celeste, e para lá retornará novamente.
"A nossa pátria está nos céus" afirma Paulo (Fl 3:20).
Paulo, em vida, teve o privilégio de visitar esta Pátria Celeste, e nos dar testemunho dela (2Co 12:2-4).
"Todavia, como está escrito: Olho nenhum viu, ouvido nenhum ouviu, mente nenhuma imaginou
o que Deus preparou para aqueles que o amam" (1 Co 2:9).
Somente uma pessoa que viu e ouviu pode fazer uma afirmação desta, sem cair no terreno da imaginação.
Paulo, na sua estada no Paraíso, viu e ouviu o que Deus tem nos preparado.
REVELAÇÕES
Paulo lembrava-se bem do dia de sua conversão, na estrada de Damasco, no ano 37, e isto foi relatado no livro de Atos dos Apóstolos. Mas, somente no ano 51, na cidade de Corinto, Paulo teve total compreensão de tudo o que ocorreu em torno e no tempo desta conversão, não só na terra como também no céu.
No ano 51, Paulo teve a plenitude das revelações de Jesus, quanto ao que lhe sucedera desde o ano 37 até o ano 51.
E o que aconteceu com Paulo, em fins do ano 37 é o que segue:
"Não é conveniente para mim, sem dúvida, gloriar-me. Eu passarei (a contar-vos) às visões e revelações do Senhor.
Eu conheci um homem em Cristo que há catorze anos (se no corpo, eu não posso dizer, ou se fora do corpo, eu não posso dizer; Deus o sabe) o tal foi arrebatado ao terceiro céu... foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras indescritíveis, que ao homem não é lícito proferir" (2Co 12:1-4 - Bíblia King James ).
Paulo, quando diz isso, estava acabando de chegar desta viagem que durou quatorze anos?
- Ou está se referindo a uma viagem que iniciou-se e foi concluída há quatorze anos?
Esta viagem, iniciada no ano 37, só foi concluída no ano 51.
Paulo levou catorze anos para relatar que tinha sido arrebatado ao terceiro céu. Isto é fato.
Qualquer pessoa normal, inclusive Paulo, relataria tal "viagem" surpreendente e espetacular, imediatamente aos seus amados, tão logo ela fosse concluída.
Mas Paulo não o fez por 14 anos, porque, espiritualmente, ainda estava "viajando", ou seja, sendo esclarecido pelo Espírito Santo sobre o que houve. E só o fez ao final de 14 anos, quando tudo foi concluído, tanto a viagem em si, como também as revelações complementares do Senhor Jesus, sobre esta viagem.
Como ele não menciona que tal viagem (arrebatamento) foi concluída antes do momento que expressa esse fato, na igreja de Corinto, no ano 51, pode-se deduzir que a viagem foi concluída na noite anterior do seu comunicado à Igreja, nas visões e revelações do SENHOR.
ARÁBIA
Paulo, logo após o seu batismo no ano 37, em Damasco (Síria) partiu para a Arábia.
Não se tem notícia de que Paulo tenha entrado em alguma aldeia ou cidade da Arábia, e ali tenha pregado as Boas Novas sobre Jesus, falado com alguém ou feito milagres. Logo podemos concluir que Paulo peregrinou pelo deserto da Arábia.
O deserto da Arábia não dista mais do que duzentos quilometros ao leste de Damasco (2Co 11:26).
Que fez, então, Paulo neste deserto?
- Ao meu ver, estabeleceu-se na mente e na alma de Paulo um grande e angustiante conflito, decorrente de sua antiga fé no judaísmo e a nova fé em Cristo Jesus, que o levou a um caminhar solitário rumo ao deserto, ao mesmo tempo que meditou, jejuou, e orou constante e profundamente, buscando respostas e o consolo de Deus.
E estando nesta condição, Paulo foi arrebatado ao Paraíso.
Depois de certo tempo, Paulo retornou à terra, para o local donde tinha sido arrebatado; e em seguida foi para Damasco.
Sua estada na Arábia e em Damasco durou três anos, findo os quais, então, Paulo subiu para Jerusalém, para avistar-se com Pedro, e com ele ficou quinze dias (Gl 1:17-19).
Possivelmente Paulo relatou a Pedro sobre o seu arrebatamento ao Paraíso, e o ensino que recebeu diretamente de Jesus e de Deus Pai (Gl 1:1).
Este relato deixou Pedro perplexo:
"E tende por salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a sabedoria que lhe foi dada. Falando disto, como em todas as suas epístolas, entre as quais há pontos DIFÍCEIS de entender, que os ignorantes e inconstantes deturpam, também o fazendo com as demais Escrituras (epístolas de Paulo), para sua própria perdição". (2 Pe 3:15,16 - Bíblia King James).
Logo depois de falar com Pedro, Paulo foi para partes da Síria e da Cilícia (Gl 1:17-21).
Tempos depois, Tiago, Pedro e João, reconhecendo o grande poder do Espírito que havia em Paulo e Barnabé, estenderam-lhes a destra da comunhão (Gl 2:9).
APÓSTOLO NASCIDO FORA do TEMPO DEVIDO
"E que foi sepultado (Jesus), e que ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras.
E que foi visto por Cefas, e depois pelos doze.
Depois foi visto, uma vez, por mais de quinhentos irmãos, dos quais vive ainda a maior parte, mas alguns já dormem também.
Depois foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. E por último de todos apareceu também a mim, como a alguém nascido fora do tempo devido " (1Co 15:4-8- Bíblia King James).
Paulo, no ano 51, se referia não só a sua conversão, mas também a ele ser apóstolo "como um nascido fora do tempo devido", ou seja: numa outra dimensão de tempo/espaço.
"ter assistido a ascensão de Jesus aos céus", "nascer fora do tempo devido" , "ser arrebatado ao terceiro céu... ao paraíso" e "ser ensinado diretamente por Jesus após a sua ascensão aos céus" situam-se numa terceira dimensão, que os cientistas (ímpios) denominam de anti-matéria (física quântica), mas, que a Bíblia denomina de céus.
Por "tempo devido" entenda-se que Paulo viu, ouviu e falou com Jesus depois de Jesus ter subido aos céus, e estar assentado a direita do Pai.
Jesus ao aparecer a Paulo, na estrada de Damasco, não deixou a sua cadeira vazia, ao lado do Pai, mas estava nos dois lugares, céu e terra, ao mesmo tempo, pois ele e o Pai são um só (Jo 10:30), e são onipresentes e estão em todos os lugares.
Paulo, ao participar deste encontro com Jesus, face a face, tornou-se co-participante do tempo memorável que passaram juntos. E, portanto, esteve com Jesus no tempo (terra) e eternidade (céus).
Após a segunda vinda de Jesus, os 144.000 israelitas remidos estarão com Jesus em todos os lugares que ele vá (Ap 14:4); e ao mesmo tempo estarão acampados em Jerusalém (Ap 20:9).
ENSINO DIRETO DE JESUS
Embora a maioria dos seus irmãos na fé cressem que ele, Paulo, também era apóstolo, o tratavam como um inferior aos demais grandes apóstolos.
Paulo foi escolhido e ungido como apóstolo por Cristo Jesus e Deus Pai:
"Paulo, apóstolo, não dá parte de homens, nem por intermédio de homem algum, mas por Jesus Cristo e Deus Pai" (Gl 1:1)
Esta escolha e unção de apóstolo se deu nos céus.
Paulo "foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir" (2Co 12:4).
Jesus, estando entre nós visivelmente, escolheu entre os discípulos, doze dentre eles, e lhes deu o nome de apóstolos (Lc 6:13).
E isto foi manifesto com palavras exprimíveis, claras a mente humana porque estavam no tempo e na terra . Da mesma forma, a assembléia dos santos de Jerusalém, através de Pedro, declarou Matias apóstolo no lugar de Judas Escariotes, que se enforcara (At 1:15-26).
Evidente que, se a convocação e unção de Paulo como apóstolo fosse feita por um homem, no "tempo" e na terra, isto seria manifesto com palavras exprimíveis, lícitas de se referir. Mas, como isto ocorreu nos céus, por ato e palavras de Deus Pai e Deus Filho, Paulo absteve-se de referir tais palavras santas, preferindo um relato seu, curto e simplificado.
Apóstolo biblicamente, é aquele que recebe diretamente de Jesus o ensino e instruções.
Paulo, em 14 anos, tomou posse de toda as revelações de Cristo, no ano 51. E só então, passou a escrever suas epístolas edificantes.
Paulo não recebeu e nem aprendeu de homem algum o que disse e ensinou a respeito de Cristo, pois foi o próprio Cristo que revelou a Paulo (Gl 1:12).
Portanto, desde o início de sua pregação Paulo foi instruído e ensinado por Cristo Jesus, por quatorze anos, progressivamente, na medida das necessidades da Igreja.
Paulo, não por vaidade, tinha uma necessidade premente e constante de justificar a autoridade de apóstolo, que lhe fora dada por Cristo. De gloriar-se em Cristo, pois foi escolhido por Jesus, como apóstolo, nos céus, e fora do tempo em que ele, Jesus, esteve entre nós.
"... posto que buscais prova de que, em mim, Cristo fala ... " (2Co 13:3 e 10:2).
"Tornei-me tolo em gloriar-me; vós me compelistes. Porque eu devia ter sido recomendado por vós, visto que em nada fui inferior aos muitos principais apóstolos, embora eu nada seja. Verdadeiramente, os sinais de um apóstolo foram manifestos entre vós com toda a paciência, por sinais, maravilhas e poderosos feitos" (2Co 12:11,12 - Bíblia King James ).
Paulo só ano 51, na cidade de Corinto, na Grécia, reivindicou para si, com justiça, a plenitude do título de apóstolo (2Co 11:10).
Também deixou claro que em nada era inferior aos principais apóstolos, pois, Pedro, Tiago e João viram a glória do Senhor Jesus, na transfiguração (Mt 17), mas ele, Paulo, viu esta glória não só na terra, mas também no céu.
Contribuiu para isso: a presença dele diante do Senhor Jesus, no terceiro céu, e as abundantes revelações de Jesus a ele, no decorrer dos catorze anos, e também os sinais, maravilhas e poderosos feitos que Paulo expôs entre os coríntios.
MOISÉS e PAULO
A Lei, na antiga aliança, foi escrita por Deus em tabuas de pedra (Êx 34:1,28).
A Lei é ministério de morte, de condenação, revestido de glória (2Co 3:7,9).
A Lei é santa, justa e boa, e sem ela não conheceríamos os nossos pecados (Rm 7:10-17).
A Graça, na nova aliança, por Deus foi imprimida na mente do homem e escrita no coração do homem (Hb 8:10).
A Graça é ministério do Espírito, é ministério da justiça, de muito maior glória (2Co 3:8,9).
Graça significa voltar ao estado de inocência, coisa que a Lei não nos pode proporcionar.
Assim como a Moisés coube a missão de proclamar a Lei para os judeus; a Paulo coube a missão de proclamar a Graça para todos, tanto judeus como gentios:
De tal proveito era este ensino que Paulo o chama de "cartas de Cristo" produzidas pelo seu ministério; não cartas de tintas escritas em tábuas de pedras, recomendando-o e habilitando-o como apóstolo, mas um ensino escrito em tábuas de carne, no seu coração e no coração dos seus ouvintes, para o ensino dos preceitos da nova aliança de Deus e o homem (2Co 3:1-9).
Disse Moisés ao povo: "O Senhor, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás, ... Disse Deus a Moisés: Suscitar-lhes-ei um profeta no meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar" (Dt 18:15,18 , At 3:22,26).
"Vós sois os filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com vossos pais, dizendo a Abraão: Na tua descendência, serão abençoadas todas as nações da terra. Tendo Deus ressuscitado o seu Servo (Jesus), enviou-o primeiramente a vós outros (Israel) para vos abençoar, no sentido de que cada um se aparte das suas perversidades" (At 3:25,26).
Jesus, enviou os seus apóstolos, para pregar primeiramente a Casa de Israel (Mt 10:5,6 Mc 7:26,27), e depois, Jesus já estando nos céus, os enviou também aos gentios, e Paulo foi o principal destes enviados.
Certamente, Jesus é o profeta suscitado por Deus, semelhante a Moisés.
Mas sendo também Deus, Jesus deu a Paulo esta honra, quando Paulo foi arrebatado ao paraíso, de o representa-lo como esse profeta entre os gentios (Gl 1:1).
Devido a isto, Paulo tinha a mente de Cristo (1Co 2:16), e da sua boca ecoava as palavras de Cristo; e os gálatas o tinham como um anjo de Deus, como o próprio Jesus (Gl 4:14).
ESPINHO NA CARNE
E para que ele não se exaltasse acima da medida, pela abundância das revelações de Cristo, lhe foi dado um espinho na carne. A este espinho Paulo chamou-o de mensageiro de Satanás (2Co 12:7 - Bíblia King James).
"Vos sabeis como através de enfermidade na carne eu vos preguei o evangelho pela primeira vez. E minha tentação, que estava em minha carne, mas nem por isto me desprezastes, nem me rejeitastes, antes me acolhestes como um anjo de Deus, até mesmo como Cristo Jesus" (Gl 4:13,14 - Bíblia King James).
A enfermidade de Paulo era nos olhos, pois, os gálatas, se possível fora, arrancariam os próprios olhos para dar a ele (Gl 4:15).
"Vede com que letras grandes vos escrevi de meu próprio punho... Quanto ao mais, ninguém me moleste; porque eu trago no corpo as marcas de Jesus" (Gl 6:11,17).
"A saudação é de próprio punho: Paulo. Este é o sinal em cada epístola; assim é que eu assino" (2Ts 3:17 , 1Co 16:21 , Cl 4:18 , Rm 16:22).
As cartas de Paulo, geralmente eram ditadas por Paulo, e escritas pelos seus cooperadores, de sua confiança, tais como Tércio, Tíquico , Lucas, Tito, etc., mas, as saudações finais eram escritas por Paulo, de próprio punho.
E nas cartas, Paulo punha o seu sinal, a sua assinatura, afim de confirmar que tal carta era dele.
A escrita de Paulo era em letras grandes. Isto é próprio de pessoas que tem deficiência visual. E isto era uma das marcas de Jesus no corpo de Paulo.
Paulo pregava a Palavra de tal forma, que seus ouvintes não só davam atenção às palavras de Paulo, mas, muito mais do que isso, sentiam o PODER de Deus contidas nesta Palavra, e eram curados de suas enfermidades pelo poder desta Palavra. Por isso, o tinham como um anjo de Deus, ou o próprio Cristo os exortando e curando.
Foi necessário um "espinho na carne" para mostrar a Paulo e, principalmente aos seus ouvintes, que ele, Paulo, era simplesmente um pecador arrependido.
Na igreja primitiva era normal o crente levantar-se em meio aos demais crentes, e confessar o seu pecado (At 19:18).
Depois, por autopreservação, ou para preservar a outro, mudou, e o crente passou a confessar este pecado a um ou dois crentes de sua máxima confiança.
Em sua carta aos romanos, Paulo, elege a COBIÇA como um pecado seu, que veio a conhecer somente através da Lei (Rm 7:7).
Que cobiça? - nunca saberemos. Certo é que a cobiça se dá através dos olhos.
Diz Paulo, quanto a esse seu pecado:
"Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e sim o que detesto. Ora, se faço o que não quero, consinto com a Lei, que é boa. Neste caso, quem faz isto já não sou eu, mas o pecado que habita em mim" (Rm 7:15-17).
Diz a Lei, sobre a cobiça:
"Não cobiçarás a casa do teu próximo. Não cobiçarás a mulher de teu próximo... nem cousa alguma que pertença ao teu próximo" (Êx 20:17).
Paulo afirma que a avareza é idolatria (Ef 5:5), e o amor ao dinheiro é a origem de todos os males (1Tm 6:10).
O avarento não se satisfaz com o que tem, sempre quer mais, e permanentemente está a cobiçar o que é do próximo.
NASCIMENTO
Todo o que crê em Jesus e é batizado, tem novo nascimento: é nascido espiritualmente no tempo. E se é "novo nascimento" deve-se ao fato de ele já ter nascido espiritualmente na eternidade, antes da Criação do mundo (2Tm 1:9 , Ef 1:3,4).
Não é a carne corrupta que tem novo nascimento, mas o nosso espírito nascido do Espírito Santo, na eternidade, e depois, pelo crer e pelo batismo, no tempo (João 3:3,6).
Paulo creu e foi batizado (At 9:18), da mesma forma que nós.
Então, a que nascimento Paulo está se referindo quando diz de si mesmo "como um nascido fora do tempo devido"? (1Co 15:8 - Bíblia King James).
O “tempo devido” foi previamente estabelecido para buscarmos a Deus (At 17:26,27).
Paulo nasceu espiritualmente fora deste tempo devido, ou seja, nasceu no tempo eterno de Deus. Isto está relacionado com a sua conversão em três dias na terra, e o seu arrebatamento aos céus, ao paraíso (2Co 12:1-4).
Jesus ao ressurgir da morte e aparecer a todos os apóstolos e a alguns discípulos, quarenta dias depois da Páscoa do ano 36, subiu aos céus, e assentou-se a direta do Pai, (At 1:2,3,11).
E Jesus, já estando nos céus, apareceu a Paulo, no ano 37, e o converteu para si, na terra e nos céus.
Embora Paulo tenha caído do cavalo, visto a Cristo, e se convertido a Cristo, próximo de Damasco, a sua conversão, ou novo nascimento, se deu também nos céus.
Houve um espaço de 14 anos entre a conversão de Paulo no ano 37 e o ano 51, quando ele relata o seu arrebatamento ao paraíso.
Paulo não soube dizer, ou está oculto a ele e a nós, se esteve na presença de Cristo Jesus, no paraíso, com o seu corpo e alma, ou se somente em espírito. Certo é que esteve no paraíso.
Diz ele que se com corpo e alma, ou só espírito, somente Deus o sabe (2Co 12:1-4).
Certo é que Paulo, nestes catorze anos, exercia o seu ministério na terra.
Certo é, também, que Paulo, viajou, esteve no paraíso, e voltou.
"... Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi arrebatado até ao terceiro céu ... ao paraíso" (2Co 12).
Paulo decidiu nada saber entre seus irmãos (composto de neófitos, outros inexperientes, ou fracos na fé), ou seja: pouco lhes falou sobre seu arrebatamento aos céus, e a sabedoria que adquiriu; e só expunha à eles os "princípios elementares da Fé" pertinentes a vida e ensino de Jesus na terra, a sua crucificação, ressurreição, e o batismo (Hb 5:11-14 , 6:1-3).
Também não usou de palavras persuasivas, de sabedoria humana (Teologia, Filosofia) e sim, palavras que continham o poder de Deus. Mas aos irmãos experientes, ele expunha a sabedoria de Deus em mistério, outrora oculta (portanto, não mais oculta a Paulo), mistério este ordenado antes do mundo, para a nossa glória (1Co 2:1-7 Ap 10:7).
Paulo foi convertido a Cristo, e ungido como seu 14º apóstolo, nos céus, se contarmos os doze escolhido diretamente por Cristo, na terra, e a eleição de Matias (Lc 9:1 , At 1:26).
Em 51, por revelações de Cristo, pertinentes a viagem que fez, Paulo começou a escrever as suas magnificas epístolas (cartas), e deu estrutura definitiva à Igreja, conforme a mente de Cristo (1Co 2:11,16).
PRECURSOR DO ENSINO DO EVANGELHO
Em suas pregações, como nas quatorze cartas que escreveu, Paulo, foi o precursor do ensino do Evangelho, e por isso, ele pôde dizer aos gálatas que ninguém pode ultrapassar o que ele tinha ensinado, nem mesmo um anjo do céu (Gl 1:8,9).
E na carta aos romanos, fica mais claro ainda, essa sua liderança, quando Paulo diz que os nossos segredos serão revelados e julgados de acordo com o seu evangelho (Rm 2:16).
"Assim, como já dissemos, e agora repito, se alguém vos prega evangelho que vá além daquele que recebeste, seja anátema (proscrito da Igreja, maldito)" (Gl 1:9).
Se Paulo tivesse dito o que acima está escrito, fruto somente de sua mente e de sua boca, ele seria um anátema de si mesmo, mas em Paulo falou a boca de Cristo, daquilo que Cristo tem em sua mente (1Co 2:16):
Por causa deste evangelho pioneiro de Paulo, ficamos sabendo com clareza, qual é a perfeita justiça de Deus para conosco, na morte e ressurreição de seu Filho Amado.
Este plano de Deus Pai era o mistério oculto até então, de como seríamos salvos; e que todos os povos que existiram antes e até a pregação de Paulo, desejaram saber (Rm 16:25,26).
Dez anos depois de Paulo, Lucas e Marcos, discípulos de Paulo, e Mateus e João discípulos de Jesus começaram a escrever os quatro evangelhos.
Quarenta anos depois da morte de Paulo, João escreveu o livro do Apocalipse.
EZEQUIEL e PAULO
A primeira visão de Ezequiel ocorreu em 597 a.C., no quinto ano do cativeiro do rei Joaquim.
Nesta visão Deus apareceu e falou com Ezequiel, e este se prostrou diante Dele (Ez 1:2,28).
Ezequiel, na sua última visão, em 583 a.C., após 14 anos da tomada de Jerusalém por Nabucodonosoro II, em 597 a.C., estando ele em Babilonia, foi transportado pela mão do SENHOR, para Jerusalém (Ez 40:1,2).
Visão é real, onde os fatos exteriores penetram em nossa mente através dos cinco sentidos (visão, ouvido, paladar, tato, e olfato), e é diferente de sonho.
Quando estamos em sono profundo, a noite, Deus se comunica conosco através de sonho e visão (Jó 33:14-16).
No sonho Deus nos intrui, nos consola, nos alegra, nos incentiva, ou até mesmo nos entristece.
Na visão, Deus nos transporta para o palco dos acontecimentos.
Em 587 a.C. o Templo e a cidade de Jerusalém foi incendiada e destruída por Nebuzaradã, general de Nabucodonosoro II, rei da Babilônia.
Quatro anos depois da destruição do Templo, em 583 a.C., o SENHOR aparece a Ezequiel para instruí-lo sobre a reconstrução do Templo em Jerusalém. E o transporta para lá.
E esta viagem de Ezequiel era uma antecipação, ou sombra (Cl 2:17) do que viria a acontecer com Paulo.
Ezequiel foi instruído por Deus para projetar a reconstrução do templo de Jerusalém.
Paulo foi escolhido por Deus para a instituição do santuário de Deus, no coração dos eleitos, mediante o Espírito Santo (1Co 3:16,17 e 6:19), cumprindo-se a nova aliança (Hb 10:12-18).
Em Paulo, cumpriu-se a profecia de Ageu, de que a "glória da última casa seria maior do que a primeira" e ali, o Senhor Deus daria a sua paz (Ag 2:6-9).
Pode haver maior glória do que ter a Casa do Senhor em nosso coração?
FOGO ARDENTE
"Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós, destinado a provar-vos, como se alguma cousa extraordinária vos estivesse acontecendo... Se, pelo nome de Cristo, sois injuriado, bem-aventurado sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus ...
Porque a ocasião de começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós, qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus? E se é com dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o pecador?" (1Pe 4:12-19).
Pedro diz que não é para estranhar o ardente fogo que surge entre eles, pois isto é para prová-los. É a ocasião, nesta vida, que se estabelece o Tribunal de Cristo. E complementa: onde vai comparecer o pecador, tendo em vista que ele não crê em Jesus e nem no seu Tribunal? Só resta ao descrente o Juízo Final.
TRIBUNAL DE CRISTO
"Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo" (2Co 5:10).
Este tribunal de Cristo ocorre na terra, no transcorrer da vida do cristão, do crente, porém, os galardões serão dados na vinda de Cristo Jesus (Ap 22:12 e 2Tm 4:8).
"Eis que feliz é o homem a quem Deus corrige. Portanto, não desprezes o castigo do Todo Poderoso" (Jó 5:17).
"Ele livrará sua alma de ir à cova, e sua vida verá a luz. Eis que todas estas coisas Deus faz frequentemente ao homem, para trazer sua alma da cova, para ser iluminado com a luz dos vivos" (Jó 33:28-30 - Bíblia King James).
O tribunal de Cristo é tribunal disciplinador, de correção de rota e acontece nesta vida, diária e permanentemente.
Também, na vinda de Jesus, quando este Tribunal for finalizado, será o tempo de premiação, de doação de galardão (Ap 22:12 e 2Tm 4:8).
"... aquilo que o homem semear, isto também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida Eterna" (Gl 6:7,8).
O semear e o colher é próprio da terra.
Ninguém semeará e colherá nos céus, porque se assim fosse, então, não seríamos salvos somente pela graça, mas, também por nossos méritos.
Diariamente estamos semeando e ceifando para a carne, pois a carne, embora corrupta, necessita subsistir no tempo. A carne é submissa ao tempo e insubmissa a Lei, ao eterno (Rm 7:14-24).
Carne e tempo são finitos e perecerão; portanto, o que colhemos na carne é corrupção.
O que semeamos para o Espírito, é incorruptível, e colheremos do Espírito vida eterna.
Galardão é uma recompensa por termos feito obras ou ações em prol do reino de Deus, e a recebemos nesta vida:
"Quem recebe um profeta, no caráter de profeta, receberá o galardão de profeta; quem recebe um justo, no caráter de justo, receberá galardão de justo. E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo que de modo nenhum perderá o seu galardão" (Mt 10:41).
O comparecimento de Paulo, em vida, no paraíso, lhe dá autoridade, para afirmar que todos nós, diariamente, comparecemos no tribunal de Deus, diante de Cristo Jesus, para darmos contas de nossos atos, de conformidade com o evangelho pregado por ele, Paulo (Rm 2:16 e 14:10-12).
Paulo, tão logo se converteu a Cristo, na sua estada no paraíso, recebeu o seu dom de apóstolo diretamente do Pai e do Filho, porque havia sido separado, antes de nascer e chamado por Cristo, para pregar sem detença (demora), aos gentios (Gl 1:1,12,15,16).
O próprio Espírito Santo, de viva vós, na igreja de Antioquia, confirmou este chamado (At 13:1,2).
Entretanto, no paraíso, também teve ciência de que a sua obra, enquanto judeu, por mais honesto que tinha sido e agido, era "palha", e esta "palha"estava sendo queimada.
Como consequência desta queima, o Senhor Jesus disse a Paulo:
"pois eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo meu nome" (At 9:16).
De perseguidor, Paulo passou a ser perseguido. Mudança fantástica!
Paulo exerceu o seu apostolado com muito sofrimento, muitas lágrimas e angústias de coração (2Co 2:4). E sob fadiga, fome e sede, perseguições, calunias e prisão, foi tratado como lixo, escória de todos (1Co 4:6-13).
O fogo que prova as nossas obras é fogo do Espírito Santo.
E este Espírito, ainda que as nossas obras sejam palha, se compadecerá de nós e não permitirá que venhamos a ser julgados e sentenciados ao inferno, no Dia do Juízo.
O fogo purificador do Espírito Santo ocorre antes da nossa morte. Pensar de outro modo diferente, de que esta purificação ocorrerá depois da nossa morte, é cair na herética doutrina do "purgatório" da Igreja Romana.
Este fogo é cumprimento da profecia dada a Zacarias (Zc 13:7-9):
A TERÇA PARTE
"Desperta, ó espada, contra o meu pastor e contra o homem que é meu companheiro, diz o SENHOR dos Exércitos; fere o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas; mas volverei a mão para os pequeninos (para os que tem fé em Jesus - Mc 10:14,15).
Em toda a terra, diz o SENHOR, dois terços delas serão eliminados e perecerão; mas a terceira parte restará nela.
Farei passar a terceira parte pelo fogo (pelo Espírito Santo), e a purificarei como se purifica a prata, e a provarei como se prova o ouro; ela (a terça parte) invocará o meu nome, e eu a ouvirei; direi: é meu povo, e ela dirá: O SENHOR é meu Deus" (Zc 13:7-9).
EDIFICAÇÃO
"Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei o fundamento como prudente construtor; e outro edifica sobre ele. Porém cada um veja como edifica. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto, o qual é Jesus Cristo.
Contudo, se o que alguém edifica é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; POIS O DIA a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo. E qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.
Se permanecer a obra de alguém que sobre o fundamento edificou, esse receberá galardão (prêmio); se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele dano; mas ele mesmo será salvo, todavia, como que através do fogo" (1Co 3:10-17).
A edificação da Igreja, da qual temos parte, se dá no transcorrer do DIA (durante a nossa vida), e o próprio DIA manifesta esta nossa edificação, pois, quando vem a noite (nossa morte carnal ou na vinda de Jesus) , ninguém pode trabalhar (João 9:4).
Saibamos, por fim, quanto ao Dia do Juízo, que todo aquele que crê e ama a Deus Pai, e ao seu Filho Jesus, tem a vida eterna: não entra em juízo, mas passa da morte para a vida (João 5:24).
"Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus" (João 3:18).
O próprio Paulo diz:
"Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus" (Rm 8:1).
Prestes a ser executado, Paulo diz:
"Quanto a mim, estou sendo já oferecido por libação, e o tempo de minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia (dia da vinda de Jesus); e não somente a mim, mas também a todos que amam a sua vinda" (2Tm 4:6-8).
Não há nenhum temor em Paulo de que estava prestes a comparecer a um "tribunal de Cristo"; bem ao contrário, tinha a certeza de que estava prestes a receber a sua salvação.
"Porque a tristeza segundo Deus produz arrependimento para a salvação... porém, a tristeza do mundo (depressão) produz morte (suicídio)" (2Co 7:10).
Quando sofremos ou nos angustiamos exageradamente (tristeza segundo Deus), é possível que as nossas obras da fé sejam palha, e estejamos sofrendo o dano destas obras estarem sendo queimadas pelo fogo do Espírito Santo, como parece ser o caso do profeta Jeremias:
"Os teus bens e os teus tesouros entregarei gratuitamente ao saque, por TODOS OS TEUS PECADOS e em todos os teus termos. Levar-te-ei com os teus inimigos para a terra que não conheces; porque o fogo se acendeu em minha ira e sobre vós arderá" (Jr 15:13,14).
Sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor, diz Paulo (Hb 12:28,29).
Na vinda de Jesus, crentes e descrentes que estiverem mortos ressuscitarão (João 5:28,29).
Os crentes serão arrebatados aos céus e viverão eternamente com Jesus, nos paraíso.
Os descrentes ressuscitados permanecerão nesta terra amaldiçoada por Deus (Gn 3:17 e 5:29), juntamente com os descrentes que estiverem vivos. E eles tão somente verão a vinda de Jesus:
"todos os povos da terra (descrentes vivos ou ressuscitados) se lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens, com poder e muita glória..." (Mt 24:30,31).
E por mil anos, até ao Juízo Final, os descrentes viverão nesta terra, em condições horríveis, de choro e ranger de dentes, ou seja: em desespero e ira.
Estes mil anos será o período em que os injustos serão julgados, e ao fim deste tempo, condenados. E serão sentenciados a morrerem eternamente no lago de fogo (Ap 20:11-15).
DE TOSCO LETRADO a VERDADEIRO SÁBIO
Paulo, embora tenha estudado na sua adolescência com o afamado rabi Gamaliel, em Jerusalém, era, já adulto, um fabricante de barracas (At 18:3).
Paulo, em 37, transformou-se numa espécie de soldado de assalto do Sinédrio (Senado judeu), em Jerusalém, para que se cumprisse a severa Lei Mosaica, ainda que fora da jurisdição de Jerusalém, mas tão somente contra os judeus, na Ásia Menor dominada pelo império romano.
Portanto, antes de sua conversão, em fins do ano 37, Paulo era um homem rude, embora letrado. Sua sabedoria humana, baseados sobretudo na teologia e filosofia, até ali, de nada servia, a não ser para construir barracas e para perseguir pessoas.
Depois de sua conversão a Cristo, Paulo mudou diametralmente. Se transformou numa pessoa cordial, afável, amorosa e de grande sabedoria, segundo a mente de Cristo (1Co 2:16).
Cumprido o tempo de catorze anos, tempo de ouvir e compreender as revelações de Cristo a ele, entre os anos de 37 a 51, Paulo começou a escrever as suas cartas (epístolas).
Estas cartas foram escritas antes dos quatro Evangelhos, e elas vieram a ser o pilar central, o vértice estrutural da Igreja.
A MENTE DE CRISTO
"Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria. Porque eu decidi não saber coisa alguma entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado. E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós. A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder (do Espírito), para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana (teologia, filosofia), e sim no poder de Deus.
Entretanto, expomos sabedoria entre os experimentados; não, porém, a sabedoria deste mundo, nem dos príncipes deste mundo, que são reduzidos a nada, mas nós falamos a sabedoria de Deus em UM MISTÉRIO, mesmo a sabedoria oculta, a qual Deus preordenou desde a eternidade para a nossa glória... Pois quem conheceu a mente do Senhor, que o possa instruir? Nós, porém, temos a mente de Cristo" (1Co 2:1-7,16 - Bíblia King James).
O MISTÉRIO DE DEUS
"mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando ele estiver para tocar a trombeta, cumprir-se-á, então, o mistério de Deus, segundo ele anunciou aos seus servos, os profetas" (Ap 10:7).
Esta voz se refere ao sétimo anjo, que antes de tocar a sétima trombeta, derrama a sua taça pelo ar, e saiu grande voz do santuário; e esta voz vinha do lado do trono, dizendo: Feito está! (Ap 16:17).
Cumprir-se-a ou feito está! significa que o mistério foi concluído. Se foi concluído era porque a estrutura deste mistério , a sua base, já havia sido desvendada.
"o mistério que estivera oculto dos séculos e das gerações; agora, todavia, se manifestou aos seus santos; aos quais Deus quis dar a conhecer qual seja a riqueza da glória deste mistério entre os gentios, isto é, Cristo em vós, a esperança da glória" (Cl 1:26,27 , Cl 2:2,3).
O desvendamento deste mistério é dado a Paulo por revelação do Senhor Jesus (Ef 3:3).
Até as emissões e remessas das epístolas (cartas) de Paulo às igrejas, no ano 51, não se tinha uma ideia clara da Justiça de Deus que foi a reconciliação de todos nós Nele, através do perfeito sacrifício de seu Filho Amado, na cruz, e a sua ressurreição.
Pedro foi repreendido severamente por Jesus porque não entendendo este Mistério, começou a reprová-lo e a aconselhá-lo a ter compaixão de si mesmo. Pedro não entendia por que Jesus tinha que sofrer, ser morto e ressuscitar no terceiro dia (Mt 16:21-23).
Para todos os cristãos de boa vontade, e em todos os tempos, depois das cartas de Paulo, se tornou menos difícil entender esta perfeita Justiça de Deus.
Muitos, ainda hoje, esperam o desvendamento deste mistério e por isto duvidam de Cristo e do plano de salvação de Deus; mas, os que tem perfeita compreensão do evangelho de Paulo, ensinado em suas epístolas, já o tem por desvendado, e só esperam a conclusão dos acontecimentos deste outrora mistério, na vinda de Cristo Jesus (Ap 10:7).
É de grande importância compreendermos esta Justiça de Deus, afim de não sermos confundidos neste fim dos tempos; pelo que somos gratos a Cristo Jesus por ter-nos revelado este mistério, através do amado apóstolo Paulo.
PLENITUDE
"... para aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a homem perfeito, à medida da estatura da plenitude de Cristo" (Ef 4:11-13 - Bíblia King James).
"Pois, com efeito, quando devi-eis ser mestres, atendendo ao tempo decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de novo, quais são os os princípios elementares dos oráculos de Deus... Ora, todo aquele que se alimenta de leite, é inexperiente na palavra da justiça, porque é criança.
Mas, o alimento sólido é para os adultos (que tem plena fé em Cristo e sobre Cristo tem amplo conhecimento), para aqueles que, pela prática, tem as faculdades exercitadas para discernir não somente o bem, mas também o mal" (Hb 5:12-14).
Paulo, no ano 51, na cidade de Corinto, catorze anos depois do dia que foi arrebatado aos céus e se postado diante do Senhor Jesus, chega a PLENITUDE do conhecimento que lhe foi dado saber, neste arrebatamento.
Com esta plenitude, ele começa a escrever epístolas conforme a mente de Cristo.
Mas, ainda assim, não usa de todo este conhecimento na sua pregação aos humildes de espírito, mas tão somente o poder de Deus.
Paulo era zeloso ao pregar, dizendo somente aquilo que era necessário saber pelos ouvintes, afim de eles serem salvos, se apossando do poder de Deus contidos na Palavra (Rm 1:16). E este cuidado Paulo tinha, para que os seus ouvintes não se enredasse com a sabedoria dele:
"Pois, se eu vier a gloriar-me (referindo-se ao seu arrebatamento ao terceiro céu), não serei néscio, porque direi a verdade; mas abstenho-me (de falar sobre este arrebatamento) para que ninguém se preocupe comigo mais do que em mim vê ou de mim ouve" (2Co 12:6).
Entretanto, aos experimentados (entre os que tem perfeito conhecimento da Palavra), ele usa a plenitude desta sabedoria, do conhecimento que adquiriu de Cristo.
Paulo sabia que tinha adquirido grandes dons, tais como: de falar as línguas de homens e de anjos; de profecias; de interpretação de todos os mistérios da fé; toda a ciência; e de que chegou a tamanha fé a ponto de transportar montes, se necessário fosse.
Mas, nada disto teria valor se não alcançasse em vida, a plenitude do amor a Deus e ao próximo, pois o amor jamais acaba, é eterno, é dom supremo (1Co 13).
E a plenitude do amor é querer a salvação eterna do seu próximo, e agir para isto.
E Paulo alcançou isto. Deu tudo de si para a realização deste amor pleno... pregando a salvação em Cristo ao seu próximo.
A esta pregação chamamos "obra da fé". E sem esta obra não é possível externar a nossa fé, e dar grande testemunho de temor e amor a Deus, e de amor ao próximo.
ANTECIPAÇÃO do GOZO ETERNO
Tudo o que está escrito na Bíblia tem algum propósito divino. Nada é dito por acaso, ou para nos fazer perder tempo.
Esta passagem descrita por Paulo, de sua viagem ao Paraíso, é para nos levar a reflexão da nossa fé em Deus e em Cristo.
Do tempo que temos para compreender isto, pois há tempo para tudo... tempo para se salvar, ou tempo para se perder (Ec 3 Atos 17:26-31).
Neste fim dos tempos, quando a fé de quase todos fraqueja, a ponto de Lucas indagar: "Achará, porventura, fé na terra, quando vier o Filho do homem?" (Lc 18:8), é um grande alento saber que Paulo esteve no Paraíso, retornando até nós, para testemunhar isso.
A sensatez e a autoridade de Paulo para nos relatar isso é indiscutível:
"Porque se os mortos não ressuscitam, também Cristo não ressuscitou. E, se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa fé... Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais infelizes de todos os homens" (1Co 15:19).
Paulo presenciou a glória de Cristo Jesus no paraíso e por catorze anos, já na terra, recebeu as revelações de Cristo à sua amada Igreja.
Paulo não presenciou a ascensão de Cristo aos céus, mas teve a certeza de que Jesus está nos céus, no paraíso, porque o viu ali.
A angustia de Paulo é tão grande, para tocar o coração de seus ouvintes, no que concerne a ressurreição de Cristo, que ele chega ao extremo no falar: "se Cristo não ressuscitou é vã a nossa fé".
Esta veemência no explicitar um acontecimento é própria daqueles que tem plena convicção; e esta convicção só se alcança quando os nossos cinco sentidos constatam um fato.
Paulo constatou este fato, e, certamente, esteve com Cristo Jesus no Paraíso.
Não se pode comparar algo, se não temos certeza de que existe outro algo para ser comparado (parâmetro). Paulo conheceu este "outro algo", ou seja: o paraíso, e com ardor e amor, nos deu testemunho disto.
Todos nós conhecemos o pouco de felicidade que podemos auferir nesta terra amaldiçoada por Deus (Gn 3:17). E louco é aquele que abdica de procurar esta tenra e passageira felicidade. Mas, se tivéssemos conhecido a plena felicidade, em algum lugar do mundo, mais doido seriamos de abdicássemos de ter esta plena e eterna felicidade.
Paulo abdicou da pouca e passageira felicidade deste mundo, e os ímpios o consideraram louco, bem como, a todos nós que amamos a Cristo Jesus (1Co 1:23 e 2Co 5:13).
E, ao nos apropriarmos desta imensa felicidade de Paulo, de ter visto a glória de Deus, a glória de Cristo, no paraíso, leva-no a encher o nosso coração de redobrada fé e esperança.
ESPÍRITOS APRISIONADOS
"Todos vão para o mesmo lugar; todos procedem do pó e ao pó tornarão. Quem sabe se o fôlego de vida dos filhos dos homens se dirige para cima e o dos animais para baixo, para a terra?" (Ec 3:20).
Nós fomos formados do pó da terra e do sopro divino (Gn 2:7).
"e o pó volte a terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu" (Ec 12:7).
Os ante-diluvianos não voltaram para o pó da terra, mas foram sugados pelas águas ao mais profundo do abismo, a mais de 600 quilometro de profundidade, em relação a superfície, e ali, em meio a águas petrificadas, muitos deles permanecem aprisionados, e outros, a terça parte, foram libertos por Jesus, 2487 anos depois do Dilúvio.
Cumpriu-se o que é dito: Que Jesus é Senhor tanto de vivos, como de mortos (Rm 14:9).
"os quais hão de prestar contas àquele (Jesus) que é competente para julgar vivos e mortos; pois, para este fim, foi o evangelho pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os homens, vivam no espírito segundo Deus" (1Pe 4:5,6).
"Quando ele (Jesus) subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens.
Ora, que quer dizer subiu, senão que também havia descido até as regiões inferiores da terra?" (Ef 4:8,9).
diz Paulo:
"Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, na terra e DEBAIXO da terra. Para que toda língua confesse que Jesus é o Senhor, para a glória de Deus Pai" (Filipenses 2:10,11), (Êx 20:4).
"As almas dos mortos tremem debaixo das águas com seus habitantes " (Jó 26:5,6).
Quem debaixo da terra esteve vivo para dobrar os joelhos e falar que Jesus é o Senhor, senão aqueles que estavam no mais profundo da terra, e que ali foram jogados pelas águas do Dilúvio rapidamente e instantaneamente foram petrificados. E após a pregação de Jesus, a terça parte o aceitou como seu único Senhor.
À esta petrificação Isaías a chama de cativos do mundo das trevas:
"Eis que o Espírito do Senhor está sobre mim, porque o SENHOR me ungiu para anunciar a Boa Nova aos pobres. Enviou-me para cuidar dos que estão com o coração quebrantado, proclamar liberdade aos cativos e libertação do mundo das trevas aos prisioneiros da escuridão" (Is 61:1,2 - Bíblia King James).
* Por regiões inferiores da terra entenda-se abismo, inferno (Hades da mitologia grega). Região que está situada a mais de 600 km abaixo do solo e vai até o núcleo terrestre.
* Só o Senhor Jesus tem as chaves da morte e do inferno (Ap 1:18).
*Logo após o arrebatamento da Igreja, para o encontro com Jesus nos ares, Satanás será acorrentado e preso neste abismo (inferno) e lá ficará por mil anos. E depois será solto por pouco tempo (Ap 20:1-3 , Mt 24:31 , 1Tss 4:17).
"A morte e o inferno entregaram os mortos que neles havia; e eles foram julgados" (Ap 20:13,14).
E a morte (sepulturas) e o inferno (abismo no mais profundo interior da terra), foram lançados no lago de fogo (região fora da terra, por exemplo: buracos negros no cosmo).
O espírito dos ante-diluvianos não voltou a Deus, mas ficou aprisionado no mais profundo interior da terra. Creio que Paulo não estava se referindo a eles quando diz:
"E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo, assim também Cristo, tendo-se oferecido uma vez para sempre para tirar o pecado de muitos, aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o aguardam para a salvação (Hb 9:27).
Todos os que ressuscitaram da morte depois de Jesus ter subido aos céus, para junto do Pai, vieram a morrer novamente?
Não! - Ao morrerem primeira vez, recuperaram a vida novamente, num pequeno espaço de tempo (quatro dias, no caso de Lázaro), antes de seu fôlego de vida subir a Deus; e desta forma , retomando a vida, anularam tal morte, e, desta forma, podemos dizer que eles tiveram uma só vida, até que morreram definitivamente.
Pedro se refere aos mortos no Dilúvio, como "espíritos em prisão" e afirma que Jesus, no transcorrer de sua morte, desceu em Espírito às profundezas da terra, e pregou à estes espíritos aprisionados, que foram desobedientes NOUTRO tempo, quando a longanimidade de Deus lhes deu 120 anos para arrepender-se (1Pe 3:18-20 , Gn 6:3-7).
Noutro tempo implica que, em Jesus, se estabeleceu um novo tempo para eles.
E aqueles que aceitaram Jesus como seu Senhor, ressuscitaram. E certamente a terça parte destes cativos aceitou a Jesus, porque a terça parte é do Senhor, nosso Deus (Zc 13:8,9).
João teve a visão destes espíritos libertos por Jesus, e que com ele subiram aos céus, para o reino de Deus Pai:
"ao redor do trono há um arco-íris (aliança de Deus com o homem no Dilúvio), tal arco-íris é semelhante a esmeralda (*) ...
há diante do trono um como que MAR DE VIDRO semelhante ao cristal (petrificação das águas do Dilúvio no mais profundo interior da terra" (Ap 4:3,6).
(*) A esmeralda VERDE simboliza a vida, tanto de plantas, quanto a de animais e do homem:
" a pomba solta por Noé da arca, retorna com uma folha nova de oliveira no bico, sinalizando que o Dilúvio terminara" (Gn 8:6-12 e Gn 1:11,12).
"Sua carne reverdecerá mais do que na sua infância, e tornará aos dias de sua juventude" (Jó 33:19-28 - SBB edição 1955).
Milhões de milhões são os anciãos que estão diante do trono de Deus Pai, adorando-o (Ap 5:11,14).
A maior parte deles pereceram no Dilúvio e o Senhor Jesus os resgatou e os levou consigo para o reino do Pai.
LEVOU CATIVO o CATIVEIRO
Paulo, nos céus, teve a visão desta ascensão de Jesus e dos que subiram com ele.
Esta ascensão de Jesus também foi confirmada na terra, após Paulo ouvir mais de 500 cristãos que estavam em Jerusalém, e que, estando juntos, presenciaram a ascensão de Jesus aos céus. Como Paulo relatou isto quatorze anos depois, alguns deles que deram testemunho a Paulo, já haviam morrido (1Co 15:6).
Isaías sabia que havia estes espíritos aprisionados no mais profundo abismo da terra, e profetizou a libertação deles pelo Senhor Jesus:
"O Espírito do Eterno está sobre mim, porque o Eterno me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a por em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Eterno e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar os que choram ... " (Is 61:1,2, Lc 4:16-21).
Jesus não libertou nenhum encarcerado pela justiça humana, ainda que injusta, como foi o caso de seu primo amado, João Batista, e de outros, nos dias em que esteve entre nós.
Quando João Batista, consulta através de seus discípulos a Jesus, se era ele o Messias enviado para salvar e libertar o povo de Deus; Jesus mostra à eles que estava curando, ressuscitando mortos e pregando o evangelho.
Não menciona que estava libertando aos espíritos aprisionados no Dilúvio, porque ainda não havia sido crucificado e morto (Mt 11:2-5, Lc 7:18-22).
TODO O OLHO VERÁ A SEGUNDA VINDA DE JESUS ?
"Eis que (o Senhor Jesus) vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram" (Ap 1:7).
Desde os homens que crucificaram a Jesus até a sua segunda vinda, agora, TODOS os que nasceram e viveram nestes já quase dois mil anos verão a vinda esplendorosa de Cristo sobre as nuvens.
Os que viveram antes desta geração que crucificou a Cristo, ou já ressuscitaram e subiram com Jesus aos céus, na sua assunção, ou permaneceram no abismo profundo, e estes, que não subiram com Jesus na assunção, ressuscitarão na "segunda ressurreição", para o juízo e a morte eterna, daqui a mil anos, e não verão a vinda de Jesus, juntamente com os que ressuscitaram na "primeira ressurreição" e não foram salvos, bem como os vivos que aqui permanecerem, sem salvação (Ap 20:4,7,11- Bíblia King James).
ESPÍRITOS APRISIONADOS EM OUTRO APRISCO
"Ainda tenho outras ovelhas, não deste aprisco; a mim me convém conduzi-las; elas ouvirão a minha voz; então haverá um rebanho e um pastor" (João 10:16).
Jesus, na sua morte, desceu em Espírito, as mais sombrias regiões do interior da Terra e pregou aos espíritos em prisão (1Pe 3:18-20).
Este aprisionados no Dilúvio faziam parte do outro aprisco de que falara Jesus. Só então houve um só rebanho.
Jesus pregou a estes antediluvianos, aprisionados, envoltos por águas petrificadas, no mais profundo da Terra.
Pregou o que? - O arrependimento de pecados e a salvação através dele, Jesus.
Seria mesquinho de nossa parte, pensar que Jesus tenha ido lá só para se exibir, só para atormentá-los ainda mais, e reafirmar a condenação destes atormentados e aprisionados.
Se ele não fez isto conosco, que estávamos na mesma situação, ainda que vivos, por que seria diferente para com eles?
Depois da pregação de Jesus à estes aprisionados, que pereceram no Dilúvio, a terça parte deles, aproveitou o NOVO TEMPO que lhes foi dado para arrependimento, se converteram a Cristo, e foram libertos; e ressuscitaram, já santificados; dando testemunho de Jesus, por quarenta dias, em todas as regiões da terra, em que estes, em OUTRO TEMPO sucumbiram nas águas, e foram sugados para o mais profundo interior da terra (1Pe 3:20).
A terça parte dos que pereceram no Dilúvio, bem como a terça parte de todos os tempos, só poderiam ser salvas depois da morte e ressurreição do Pastor, Jesus (Zc 13:7-9).
Mateus descreve o cenário de Jerusalém, desde a morte até a ressurreição de Jesus: o véu do Templo se rasgou em duas partes, de alto a baixo, tremeu a terra, fenderam-se as rochas, abriram-se os sepulcros, e tão logo Jesus ressuscitou, muitos santos que dormiam no pó da terra, ressuscitaram também (Mt 27:50-54).
Mateus poderia ter acrescentado que os céus, tão logo Jesus ressuscitou, comemoraram com uma grande festa nunca vista; porém ele não estava nos céus... estava em Jerusalém.
E assim como não poderia descrever o que aconteceu nos céus (no Santuário de Deus), também não poderia descrever o que houve em todas as regiões da terra.
É possível que em diversas regiões do planeta a terra tremeu, do núcleo até a superfície; pois a morte foi vencida, e milhares de pessoas que foram santificadas em Jesus, venceram a morte e ressuscitaram, em outros lugares da terra, que não tão somente em Jerusalém.
LEIA: "Jesus desceu às profundezas da Terra" já postado neste
site.https://www.recantodasletras.com.br/artigos-de-religiao-e-teologia/7253300
Deus, por 120 anos, antes do Dilúvio, retirou a ação do seu Espírito agir beneficamente no homem, porque o homem chegou a um estado de total corrupção, a ponto de levar Deus a arrepender-se de ter criado o homem... mas isto lhe pesou no coração (Gn 6:3,6).
Portanto, os que nasceram 120 anos antes do Dilúvio, não tiveram a ação do Espírito Santo para lhes dar entendimento espiritual, e assim, poderem buscar a Deus.
Deus Pai, justo juiz, no tempo oportuno, enviou também a estes antediluvianos, o seu filho amado. E Jesus, em Espírito, lhes pregou. E quem se arrependeu de seus pecados e creu em Jesus, foi salvo.
Ninguém pode buscar a Deus se a sua alma não for incitada à buscar, pelo Espírito Santo (1Co 12:3).
TERCEIRO CÉU
O terceiro céu situa-se no ponto central da nossa galáxia. Ali é o santuário de Deus.
E nossa galáxia é o centro de todas as galáxias que existem, de modo que Deus é o ponto central de todo o Universo.
Este Santuário, paraíso, não situa-se numa estrela, mas, num ponto brilhante e esplendoroso no centro de nossa galáxia. Este centro é iluminado pela luz de Deus (1Tm 6:16)..
Ao redor deste centro iluminado pela luz divina, vem densas trevas, trevas espessas. E depois destas trevas começam as estrelas e suas luzes a alumiarem a nossa galáxia.
É neste centro iluminado pela luz divina que iremos morar na estrelinha chamada Nova Jerusalém (Ap 21:23).
"O SENHOR declarou que habitaria em trevas espessas" (1Rs 8:12).
"Nuvens e escuridão o rodeiam, justiça e juízo são a base do seu trono" (Sl 97:2).
Quando vemos a luz do sol, a estrela que está mais próxima da Terra, esta luz já ocorreu entre seis a sete dias.
Se o sol escurecesse repentinamente, veríamos ainda a sua última emissão de luz, seis ou sete dias depois.
A este tempo, que percorre a luz do sol à Terra, chamamos "velocidade da luz" que é de 299 792 458 metros por segundo.
Uma estrela situada ao redor do centro da nossa galáxia, que se apagasse repentinamente, veríamos a sua última emissão de luz SETE ANOS depois dela se apagar.
Há mais de dois trilhões de galáxias, ao redor da nossa. E a mais distante estrela da galáxia mais distante, situa-se a seis mil anos do centro da nossa galáxia, pois, em SEIS DIAS DE DEUS, ou seis mil anos do homem, Deus criou tudo o que existe.
Depois da extrema estrela, que circula na galáxia mais distante ou, na extremidade da Criação, há só trevas, ali começa a casa das trevas eternas:
"Onde está o caminho para a morada da luz? E, quanto às trevas, onde é o seu lugar, para que as conduzas aos seus limites e discirnas as veredas para a sua casa? (Jó 38:19,20).
PERGAMINHO
A Criação de Deus, na visão do homem, deu-se lentamente, por seis mil anos (seis dias de Deus), na forma de um pergaminho (pele de cabra, ovelha, etc.).
Em 2023, se completará doze mil anos (12 dias de Deus) desde o início da Criação em 9977 a.C.
Iniciar-se-á, em 2024 até 3023, o processo de destruição dos céus e de todos os elementos que há nele, aligerados, no Dia de Deus, ou mil anos do homem (2Pe 3.8,12 , Zc 14:4-13).
Este processo de destruição por mil anos, será semelhante ao enrolar-se de um pergaminho ou canudo:
"e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola. Então, todos os montes e ilhas foram movidos dos seus lugares ... no Grande Dia da ira de Deus" (Ap 6:14-17).
Dois mil anos antes da Ciência, o escritor bíblico já sabia o que hoje é a famosa "teoria quântica" (variação das partículas subatômicas em saltos, e não de forma continua como ocorre com as partículas atômicas), "teoria" exemplificada com a figura de um canudo enrolado, sendo atravessado por uma agulha, ligando todas as partes enroladas, a um caminho bem mais curto de viaje no tempo.
VIAJANDO NO TEMPO
Segundo teorias científicas modernas é possível viajar-se no tempo.
Uma pessoa estando no ano 2020 poderia retornar ao ano 1900 e vivenciar aquele tempo, bem como, poderia ir ao ano 2100 e vivenciá-lo também.
É dentro desta perspectiva que a Ciência trabalha hoje, com a esperança de algum dia poder fazer viagens interplanetárias, e até mesmo viagens interestelares, que durariam centenas de anos, dentro das atuais limitações, e que, por essa teoria moderna, levariam pouco menos do que alguns dias.
TEMPO DO FIM
Parece extenso este artigo? - Sim! - mas é nada, se comparado ao tempo que perdemos correndo atrás do vento; se comparado ao tempo que nos envolvemos com negócios desta vida, deixando de satisfazer Aquele que nos arregimentou (2Tm 2:4).
Este tempo, é tempo do fim. É o tempo determinado. Mas o povo que conhece ao seu Deus se tornará forte e ativo (Dn 11:32,35).
São os últimos dias, dias estes em que está sendo derramado o Espírito de Deus sobre toda a carne: vossos filhos e vossas filhas profetizarão (ensinarão), vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos. E até sobre servos e servas de Deus (ministros - Rm 13) será derramado o Espírito de Deus... E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (At 2:17-21).
"Como, porém, invocarão aquele em que não creram? E como crerão naquele de quem nada ouviram? E como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados" (Rm 10:12-15).
A pregação da Palavra, através do rádio, da televisão e da Internet tem o seu devido valor, desde que nós, os crentes, tenhamos sucesso em levar um descrente a ouvir a Palavra, nesses meios de comunicação, e dentro do possível, acompanhá-los em sua evolução na fé, pelo menos até ao seu batismo. Fora disto, dentro do possível, é nossa obrigação gastar a nossa voz, o nosso tempo, os nossos recursos financeiros para levar-lhes a Palavra de Deus.
Nestes dias finais, quando as duas testemunhas (Antigo e Novo Testamento) subirem aos céus, após três anos e meio em que foram mortas, entenda-se caladas (Ap 11:11-13), além daqueles que já tem a fé, pouquíssimos mais, ou ninguém, terão fé para serem salvos na vinda de Jesus (Lc 18:8).
E os infelizes, que não obtiverem a fé em Cristo Jesus, através do Espírito Santo, correrão desesperados, por todas as partes da terra, a procura da Palavra do Senhor e não a acharão (Amós 8:11,12). E não a acharão, porque o Espírito de Deus já não mais estará na terra para dar-lhes entendimento da Palavra.
ÁGUAS PROFUNDAS do ABISMO
Noticia da “Nature” em 12.11.2014 informa que cientistas da Universidade de Alberta no Canadá, analisando uma molécula da água, no interior de um diamante, achado no Mato Grosso (Brasil), chegaram à conclusão que abaixo de 400 km do solo há água suficiente para cobrir toda a face da terra.
Segundo o que deduzimos, nos sete dias que antecederam o início do Dilúvio (Gn 7:4) o arcanjo Miguel, através de seu planeta Vênus, colidiu com a Terra em algum ponto distante do Oriente Médio e rachou a Terra, produzindo nela, as placas tectônicas.
E do interior da terra jorrou estas “águas excessivas” que cobriram todos os mais altos montes.
E do 150º ao 360º dia do Dilúvio, estas “águas excessivas” foram tragadas de volta para as profundezas da Terra e lá permanecem do fim do Dilúvio até hoje.
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artigo a seguir tem como fonte o portal G1.COM.BR
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Cientistas identificam grão de mineral mais antigo da crosta terrestre
Diamante brasileiro revela que interior da Terra tem reservatório de água.
Diamante que levou a descoberta é procedente do Mato Grosso.
Nele, foram encontradas moléculas de água absorvidas por mineral.
Amostra de diamante JUc29, procedente de Juína, no Mato Grosso, contém o mineral ringwoodite, que absorve água; formato de diamante foi esculpido por fluidos corrosivos do manto terrestre.
Em artigo publicado na conceituada revista "Nature" nesta quarta-feira , cientistas disseram ter encontrado um pequeno diamante que aponta para a existência de um vasto reservatório abaixo do manto da Terra, cerca de 400 a 600 quilômetros abaixo dos nossos pés.
"Essa amostra fornece, de fato, confirmações extremamente fortes de que há pontos locais úmidos profundos na Terra nessa área", declarou o principal autor do estudo, Graham Pearson, da Universidade de Alberta, no Canadá.
"Essa zona particular da Terra, a zona de transição, pode conter tanta água quanto todos os oceanos juntos", explicou Pearson.
"Uma das razões, pelas quais a Terra é um planeta tão dinâmico, é a presença de água em seu interior. A água (achada nesta profundidade) muda tudo sobre a maneira como o planeta funciona", completou.
A prova vem de um mineral raro que absorve água chamado ringwoodite, procedente da zona de transição espremida entre as camadas superior e inferior do manto terrestre, explicam os especialistas.
A análise do material revelou que a rocha contém uma quantidade significativa de moléculas de água, da ordem de 1,5% de seu peso.
O manto se situa sob a crosta terrestre, até o núcleo da Terra, a uma profundidade de 2.900 quilômetros.
Entre as duas grandes partes do manto - o superior e o inferior -, encontra-se uma zona chamada de "transição", entre 410 km e 660 km de profundidade.
O principal mineral do manto superior é a olivina.
Quando a profundidade e, consequentemente, a pressão aumentam, a olivina se transforma, mudando de estado.
Entre 410 km e 520 km, ela vira wadsleyite e, entre 520 km e 660 km, chega a ringwoodite, um mineral que contém água.
Essa variedade de olivina já foi encontrada em meteoritos, mas nunca oriunda da Terra, justamente por se encontrar a uma profundidade inacessível.
"Até hoje, ninguém nunca viu ringwoodite do manto da Terra, ainda que os geólogos estejam convencidos de sua existência", destacou o geólogo Hans Keppler, da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, no editorial publicado na "Nature".
O mineral ringwoodite foi descoberto pela equipe de Graham Pearson quase por acaso, em 2009, quando os pesquisadores examinavam um diamante marrom sem valor comercial, de apenas três milímetros, procedente da cidade brasileira de Juína, no estado do Mato Grosso.
A amostra foi submetida à análise por espectroscopia e difração por raio-X durante vários anos até ser oficialmente confirmada como ringwoodite, tornando-se a primeira prova terrestre dessa rocha super-rara.
O grupo acredita que o diamante tenha chegado à superfície da Terra durante uma erupção vulcânica.
A equipe de Graham Pearson não fala, porém, em água na forma líquida, e sim, contida nesse mineral bem particular.
Ainda falta determinar, como ressaltou Hans Keppler, se a amostra de ringwoodite analisada é representativa do conjunto da zona de transição do manto terrestre.
O nome Ringwoodite vem do geólogo australiano Ted Ringwood, segundo o qual um mineral especial criaria uma zona de transição devido às altas pressões e temperaturas nessa área.
Pearson defendeu que as implicações dessa descoberta são profundas. Se existe água, em grande volume, abaixo da crosta terrestre, isso implica um possível impacto significativo nos mecanismos dos vulcões e no movimento das placas tectônicas.
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o livro FIM DOS TEMPOS: O ENCOBERTO DESCOBERTO
várias páginas deste livro podem lidas no site abaixo:
serhttps://www.recantodasletras.com.br/autores/darciubirajara
contatos por e-mail: darcijara@yahoo.com.br
contatos por celular: 51.984358252 (Tim)
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