Vidas transformadas na ação do perdão e do amor.
(Ano novo vida nova).
E LEVANTOU Jacó os seus olhos, e olhou, e eis que vinha Esaú, e quatrocentos homens com ele. Então repartiu os filhos entre Lia, e Raquel, e as duas servas. E pôs as servas e seus filhos na frente, e a Lia e seus filhos atrás; porém a Raquel e José os derradeiros. E ele mesmo passou adiante deles e inclinou-se à terra sete vezes, até que chegou a seu irmão. Então Esaú correu-lhe ao encontro, e abraçou-o, e lançou-se sobre o seu pescoço, e beijou-o; e choraram. (Gen 33:1-4). Aqui vemos e entendemos o porquê e o motivos da luta na noite passada. Jacó agora mudado é Israel, homem de coração limpo capaz de ver além.
Um encontro que poderia ter sido banhado pela morte e o horror, devido as amarguras, o ódio e do rancor, se fez sereno regado pela graça do perdão e do amor transformador. Ou seja, vida se fez presente onde o cheiro da morte rondava. Que linda lição temos aqui, devemos valorizar a vida enquanto ela vibra em nós.
Nos versículos que seguem até o versículo onze, vemos Esaú, revelar um espírito generoso e magnânimo, quase bom demais para ser verdadeiro. No coração que alimentara hostilidade contra Jacó, a ponto de trazer quatrocentos homens fortes com ele, caso houvesse uma batalha. Mas diante da atitude humilde de Jacó, perdeu-se a utilidade da força, ou seja, a humildade e o amor venceram. Deus transformara seu ódio em magnanimidade. Encontrou-se com Jacó cheio de compreensão e perdão. Nos vinte anos que haviam se passado, a mão de Deus que tudo controla operara mudanças nos dois homens. Agora, aquele que tão recentemente fora humilhado diante de Deus encontrou o seu caminho aplainado. Eis o que acontece na vida daquele que entrega o seu caminho nas mãos de Deus.
E nos versículos seguintes até o dezessete, vemos que os presentes de Jacó e as boas-vindas sinceras e afetuosas de Esaú foram a prova de que os dias futuros trariam novas vitórias para o reino de Deus. Vitórias baseadas no amor, no perdão e no respeito e aqueles homens não lutariam, nem se matariam. Embora Jacó não aceitasse a generosa oferta de proteção de Esaú, e não foi ao Monte Seir. Mas alegrou-se em seu coração ao ver o espírito magnânimo do seu irmão.
Esaú mostrara que era capaz de perdoar e esquecer. Os irmãos separaram-se em paz. Em Sucote (cabana), Jacó, com o seu grupo, encontrou um lar: Jacó, porém, partiu para Sucote e edificou para si uma casa; e fez cabanas para o seu gado; por isso chamou aquele lugar Sucote. (Gen 33:17). Segundo os historiadores Sucote era uma magnífica região montanhosa no lado oriental do Jordão ao norte de Jaboque.
Aqui fica implícita a beleza do perdão, o perdão limpa a alma e embeleza a face daquele que o pratica, o perdão nos leva a verdadeira prosperidade. Eis a beleza e a singularidade da humildade e a força transformadora do amor. E assim será a vida daquele que deposita a sua fé no amor de Deus, uma vida de transformação regada da graça de se viver e de viver uma vida plena. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).