Mestres de si mesmos e não do Evangelho do amor.

Se alguém ensina falsas doutrinas e não concorda com a sã doutrina de nosso Senhor Jesus Cristo e com a teologia que é segundo a piedade, (1Tm 6:3). Este versículo faz parte do alerta que Paulo faz a Timóteo a respeito dos falsos, mestres e pregadores. Nesta passagem ele disserta sobre as características do falso mestre.

1 – A primeira característica do falso mestre é a vaidade. Pois a sua meta é a de chamar a atenção para si mesmo. Seu desejo não é apresentar a Cristo, mas sim a si mesmo. Naquela época haviam muitos destes falsos mestres e ainda hoje existem os pregadores e mestres que estão mais preocupados em ganhar seguidores para si mesmos em lugar de fazê-lo para Jesus Cristo. Quando na realidade, o mestre fiel não oferece as pessoas a pobre chama de sua iluminação; mas sim oferece a luz e a verdade sobre a obediência ao amor de Deus.

2 – O falso mestre e o falso pregador, o que mais lhe interessa são as especulações abstrusas e recônditas. Há um tipo de cristianismo que se interessa mais pelos argumentos que pelo vivenciar o ser Cristão. Prefere ser membro de um círculo de discussão, de um pseudo estudo bíblico. Onde se ocupam de historietas falsas para emocionar aqueles que o ouvem. Mas a emoção vem e passa e na maioria das vezes nada deixa, é como fogo de palha.

O tolo intelectualismo os leva a buscarem o brilho das fotos, e a fama tornando o ensino e o púlpito um lugar antropocêntrico invés de Cristocêntrico.

3 – O falso mestre conturba a paz. É competitivo por instinto; carrega consigo a danosa desconfiança, e não respeita os que diferem dele; quando não pode ganhar uma discussão vê-se reduzido a lançar insultos, e a menosprezar a posição teológica de seu oponente, e até o seu caráter. Numa discussão o acento de sua voz é amargo e não amoroso. Ou seja, o mestre falso nunca aprendeu o dever e o segredo de falar a verdade em amor.

Sua tendência é a de considerar as diferenças ou as críticas a suas ideias como insultos pessoais. Quando qualquer mestre dá lugar a uma atitude de amargura, este demonstra sua falsidade, e já não ensina o amor, mas sim o ódio. E este agir não coaduna com os ensinamentos de Cristo Jesus.

4 – E por fim, O falso mestre comercializa a religião. Busca primeiramente o lucro. Considera seu ensino ou a pregação não como um dom e uma missão, mas sim como uma profissão. Está no negócio, não para servir a outros, senão para progredir ele mesmo. Uma coisa é certa: não há lugar para os profissionais nos ministérios da Igreja de Jesus Cristo. É certo que nas cartas Pastorais assinalam clara e francamente que o trabalhador merece seu pagamento; mas o motivo de toda sua tarefa deve ser o servir o próximo em amor e verdade e não o lucro pessoal. Sua paixão não é a de obter, mas sim consumir-se e ser consumido pelo gracioso servir em Cristo e aos seus semelhantes.

Que cada um de nós examine a si mesmo como Paulo orienta: Examine, pois, cada um a si próprio, e dessa maneira coma do pão e beba do cálice. Pois quem come e bebe sem ter consciência do corpo do Senhor, come e bebe para sua própria condenação. (1Co 11:28-29). E que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/12/2019
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