PENSAR EXIGE SACRIFÍCIO
Não estou preocupado com o inferno ou com céu que está preparado para mim após esta vida. Eu estou triste e preocupado com as pessoas que estão morrendo de câncer nesse exato momento; com as crianças indefesas que estão morrendo de fome e sendo estupradas; com os velhinhos e deficientes físicos que estão sendo maltratados e humilhados. Deseje-me o inferno, ao ter que passar por tudo isso.
As crendices passaram a perder credibilidade para a ciência desde que as igrejas passaram a usar para-raios!!! No dia que eu vi um religioso fervoroso pedir para ser curado numa igreja imediatamente após ser acidentado, abrindo mão dos médicos, medicamentos e de todos os procedimentos que a ciência produziu, eu começo a tentar mudar de pensamento, pensamento este que começou a ser construído aos meus 5 anos de idade quando a minha mãe veio me falar do tal pecado original!!!!
Não há dúvidas de que acreditar é mais cômodo e fácil do que pensar, eis uma das razões para que tenhamos mais pessoas nos bancos dos templos religiosos do que dos prédios acadêmicos.
Respeito pessoas, independentemente das suas crenças. Existem pessoas boas e más em todos os lugares, dentro e fora das religiões. Tenho amigos e familiares religiosos que são pessoas magníficas, e também conheço muitos que são verdadeiros canalhas.
Amo a liberdade e não aceito na minha vida absolutamente nada que me impeça de viver como vivo, de comer e beber o que gosto, de vestir-me, pensar e falar como quero. A essência da natureza humana, tal como a dos demais seres vivos, é ser livre. Infelizmente, cooptamos a liberdade do outro através das ideologias em nosso proveito próprio, e assim, ao longo do tempo nos tornamos todos prisioneiros. São as tais convenções sociais, das quais não conseguimos nos desvencilhar, tanto que as confundimos com as leis naturais e duvidamos do caráter daqueles que fazem um esforço para provocar reflexões que as ponham em dúvida!
Nada, absolutamente supera o amor e a liberdade. Se verdadeiros, eles são intrínsecos, inseparáveis e indissociáveis.
(Ivan Lopes)