Mateus 24:40) - Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro;
O texto precisa ser entendido com o contexto. O problema é que todas as vezes que lemos os textos sobre a consumação dos tempos escatológicos, ou seja, das coisas que estão para acontecer, pensamos no arrebatamento. No caso desse texto não é diferente, pensamos que os dois que estão no campo são pessoas que, no arrebatamento, Cristo levará um que será salvo, e o que é deixado será condenado. Logo, interpretamos erroneamente. O contexto está fazendo referência ao juízo divino sobre a terra. Logo, ao fazer menção sobre o juízo futuro, Jesus compara com os dias de Noé que o comportamento humano era semelhante. A sociedade vivia por conta de cumprir o papel de uma vida efêmera, não se preocupavam com o sagrado, com Deus e com o caráter. Assim, os que estavam vivendo desse modo pereceram sendo levados pelas águas do dilúvio. O versículo anterior diz: “E não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os LEVOU a todos, assim será também a vinda do Filho do homem”. (Mateus 24:39). Observe que o texto diz que “os LEVOU”. Aqui o verbo levar tem o sentido de tirar a vida, levar para a destruição, assim como foram LEVADOS pelas águas do dilúvio, cumprindo-se o juízo divino. Portanto, Jesus está comparando os comportamentos dos seus contemporâneos com os do tempo de Noé, que comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca... Ou seja, para eles subsistirem precisavam plantar e colher, representados pelos dois no campo; as duas moendo no moinho representam as pessoas processando o que haviam colhido para a subsistência. No caso do dilúvio, todos foram levados; no caso do juízo predito por Jesus, uma parte da humanidade será DEIXADA e outra parte será LEVADA. Uns serão levados pelo juízo que será derramado, outros deixados porque não foram condenados. Os dois no campo e as duas no moinho representam os dois grupos da humanidade dos salvos do juízo divino (DEIXADOS), e dos condenados por ele (LEVADOS).