O amor é luz viva para a vida o ódio é a escuridão e morte. (Parte 2 – como vemos e sentimos o próximo).

Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos (1Jo 2:9-11). Aqui mais uma vez João retorna à dualidade, entre a escuridão do ódio e a luz do amor ao próximo.

Chegamos a segunda parte de nosso estudo, aqui trataremos da maneira como vemos as outras pessoas ou os nossos irmãos. João traça acertadamente à similaridade na distinção entre luz e trevas, amor e ódio, sem matizes nem meias tintas. Cada vida, cada ser humano ou irmão significa algo para nós; mas o que?

Podemos ver as vidas que nos rodeiam e nosso irmão como dispensável. Podemos fazer nossos planos sem tê-los presente em nossos cálculos. Podemos viver a partir dum princípio pressuposto de que suas necessidades e suas pena e sua felicidade e sua salvação nada têm a ver conosco. Alguém pode considerar a si mesmo, mesmo que inconscientemente ser o mais importante e que em seu mundo nenhum outro ser tem importância exceto ele próprio.

E a frieza do menosprezo nos levará fria comparação com nossas qualidades intelectuais, como alguém cujas opiniões estão para ser postas de lado, como quem não tem direito a falar. Podemos vê-lo como totalmente desprovido de importância em comparação com nossa dignidade e prestígio, ou seja, pensaremos que somos o melhor num mundo onde todos tem o mesmo fim.

Também podemos ver as vidas que nos rodeiam e o nosso próximo como um inimigo. Se cremos que a competição é a lei e o princípio de vida, todos as outras vidas e pessoas seja no viver comum, na mesma profissão ou emprego são competidores em potencial e, portanto, inimigos em potencial; a outra pessoa é alguém que pode interpor-se em meu caminho e que deve ser tirada do meio. E neste agir o amor ao próximo morre e morreremos juntos.

E desgraçadamente podemos ver nosso irmão necessitado como um tédio, um resmungão. E que tudo que está passando é fruto dum castigo divino. E mesmo que inconscientemente, no mais profundo de nosso íntimo vemos os pobres, doentes, menos favorecidos e desprovidos de privilégios, como simples estorvos. Porque somos incapazes de sentir a doce empatia da viva misericórdia, que Jesus nos ensinou a ensinar.

E por fim podemos ver as vidas e o próximo como Jesus nos vê, com o olhar da misericórdia e do amor. Podemos ver nosso próximo como nosso irmão. Podemos vê-lo com amor; fazer nossas as suas necessidades; seus interesses os nossos interesses; e que estamos no mundo para servi-lo, e ter comunhão com ele, e este modo de agir é o propulsor de nossa verdadeira alegria de viver.

Cabe a cada um de nós se autoanalisar para ver em qual sentir nos encaixamos. E isto nos revelará se realmente amamos ou aborrecemos ao nosso próximo. E após a descoberta, ainda caberá a nós escolher se devemos mudar ou não. A saber, a ultima categoria nos levará a viver no amor de Deus, as outras a destruição, que cada um faça a sua escolha. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 29/10/2019
Reeditado em 29/10/2019
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