O amor é luz viva para a vida o ódio é a escuridão e morte. (Parte 1 – Onde deve iniciar o nosso amor).
Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém, que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos (1Jo 2:9-11). Aqui mais uma vez João retorna à dualidade, entre a escuridão do ódio e a luz do amor ao próximo.
Dividiremos este estudo em três partes, aqui trataremos de onde devemos começar a viva lida do amor. João trata aqui da inextricabilidade do amor a Deus e ao ser humano, é comum vermos crentes que dizem que ama a Deus e que somente servem a ele. Mas o Evangelho jamais separou o amor a Deus do amor ao próximo, pois estes são inextricáveis.
E ainda mais, jamais o Evangelho ensina uma neutralidade do amor. Westcott um teólogo e escritor inglês disse: "A indiferença é impossível; não há meias tintas no mundo espiritual". Ou seja, ou se está caminhando na luz do amor ou nas trevas da maldade. Cabe a cada um escolher onde quer caminhar sem se auto enganar.
A palavra do grego para irmão usada aqui é (αδελφος adelphos), que entre seus significados tem o de: qualquer companheiro ou pessoa com a qual nos relacionamos ou colega de trabalho. João está falando é da atitude que temos para com um irmão, vizinho, com quem nos relacionamos seja na vida social ou dentro de casa, com quem necessariamente entramos em contato todos os dias.
Há um tipo de atitude cristã que prega entusiasticamente o amor aos pagãos, em terras de além-mar, e aos necessitados de outros continentes, enquanto seu vizinho, seu colega de trabalho e pior seu irmão na igreja está precisando de uma palavra amiga e de um ato de amor.
E mais, jamais buscou olhar com respeito e amor para o seu vizinho ao lado. Pois se faz fácil pregar o amor por outras nações, mas o amor nos exige a busca viva da paz dentro do círculo familiar e daqueles que estão próximos. João insiste no amor para com nossos irmãos, para com as pessoas com quem estamos em contato todo o tempo. Porque é ali que existem os atritos e são estes atritos que nos ensinam a perdoar e a amar.
Que o Espirito Santo nos ajude a compreender o próximo, pois somente assim teremos a rica oportunidade de perdoar e amar como Jesus nos ordenou: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. (João 13:34-35). Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).