Quando entendemos quem somos deixamos de nos auto enganar.

Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos, e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós. (1Jo 1:8-10). Aqui João trata do autoengano que muitos de nós praticamos e nem percebemos.

Primeiramente devemos saber que no grego existem algumas palavras diferentes para relacionar diferentes pecados, e aqui a palavra usada é (αμαρτια hamartia), que significa: Errar o alvo, desviar do caminho de retidão e honra. Ou seja, deixar de ser o que foi designado a ser.

Seguiremos então tratando do autoengano; em primeiro lugar, vemos aquele que diz que não tem pecado. Porque se baliza dizendo eu nunca fiz mal a ninguém então estou livre de erros e defeitos. Mas quando nos, auto avaliamos veremos que em nosso profundo ser, já sentimos ódio e matamos muitos seres que outrora foram alvo de nossa afeição.

E ainda tem aquele que busca desculpas para justificar os seus erros. É fácil encontrarmos todo tipo de defesas e atrás das quais procurar nos ocultar. Podemos atribuir nossos pecados a nossa herança, ao nosso meio ambiente, a nosso temperamento, a nossa condição física. Podemos argumentar que alguém nos enganou e fomos levados por um caminho extraviado. Mas devemos lembrar que toda a atitude tomada por nós vem do nosso livre arbítrio. Ou seja, somos responsáveis por aquilo que praticamos sim.

E muitos de nós seguem sendo irredentos, causando discórdia por onde passa, e diz ter uma personalidade forte. Outros veem maldades em tudo e as vezes acusam a outrem sem verificar se o que está pensando é verdade ou não. E o pior é que estes se escondem pôr detrás de um dizer “eu sou assim mesmo”.

Em segundo lugar há muitíssimas pessoas que realmente não creem ter pecado, e se sentem ofendidos se os chamamos de pecadores. E até chama a si mesmo de santo e de justos. Isso era comum naquela época, pois os ortodoxos da lei se achavam escolhidos e livres do pecado. Hoje ainda vemos isso acontecer, muitos equivocados sinceros pensam que por escolher uma determinada denominação estão livres do pecado, mas é um ledo engano.

Seu erro é que pensam no pecado como uma classe de coisas que todo mundo vê e que aparecem nos periódicos; e ficam expostos nos outdoors, esquecendo-se que o pecado é hamartia; e hamartia significa literalmente errar o alvo. não ser aquele que deveríamos ser. Ou seja, bons pais, mães, esposas, maridos, filhos, filhas, empregados e assim por diante. E mais deixar de ser proativos no praticar do amor misericordioso, isso é pecado, e nos incluem e compromete a todos.

Então cabe a cada um se autoanalisar para verificar onde está errando, e quais são os defeitos que estamos dando vazão. Tendo como balizamento os mandamentos de Cristo Jesus. Porque o amor de Deus não coaduna com a atitude daquele que foge da sua responsabilidade por seu pecado, ou que sustenta que o pecado não o afeta. E nem tão pouco com aquele que nem mesmo compreende que é pecador.

A essência da vida cristã é que sempre devemos nos autoanalisarmos para entender os nossos defeitos e qualidades e aceitar que pecamos. E ao fazer isso se arrepender pedir perdão e em oração pedir ao Espirito Santo para transformar os nossos defeitos em qualidades, e que também Ele aprimore as nossas qualidades. Pois como João afirma: Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (1Jo 1:9). Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 26/10/2019
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