Mais amor e respeito e menos pré-julgamento. (Parte 2)

Não julgueis, para que não sejais julgados. (Mat 7:1). Uma frase suscinta, mas que durante a história gerou e gera uma real controvérsia, pois muitos a usam e quando o faz já está julgando. Jesus aqui no sermão do monte fala de uma maneira, que era clara ao povo da época e aos ortodoxos da época. Aqui trataremos das razões que nos impedem de um justo julgamento.

Existem quatro razões que nos fazem incapazes de julgar a outros. Se faz bem lembrar que aqui tratamos do julgamento moral.

1 – Nós dificilmente conhecemos todos os fatos nem a totalidade da pessoa que julgamos. O rabino Hillel dizia: "Não julguem a ninguém até não ter conhecido a sua situação e circunstâncias." Ou seja, devemos buscar conhecer a força das tentações que outros tiveram que suportar.

Pois uma pessoa de temperamento plácido desconhece a força da tentação daqueles que o sangue ferve e se inflamam de paixão ante o menor motivo. A pessoa que foi educada, em um lar decente, desconhece as tentações de quem se criou em um tugúrio, onde as desavenças e o desamor imperavam. E assim por diante. Ou seja, é preciso conhecer a situação e a pessoa como um todo para tecer um julgamento, e isso se faz deveras difícil.

2 – A falta de imparcialidade, se faz difícil para o ser humano julgar de maneira absolutamente imparcial. Na maioria das vezes somos arrastados e desviados por nossas reações instintivas, não raciocinadas, até mesmo porque o nosso raciocínio é uma rabiola das profundas emoções que estão guardadas em nosso subconsciente.

E frente a outro, os nossos julgamentos não obedecem ao julgamento imparcial, mas a uma reação totalmente irrazoável e ilógica. No tempo antigo os gregos, quando julgavam a alguém por alguma causa muito delicada, o faziam nas escuras, para que os juízes não pudessem ver o culpado e assim não ser influenciados por outra coisa que não os fatos do caso. Ou seja, ao julgar alguém devemos deixar de lado os nossos eitos, preceitos e preconceitos, para que possamos ver o ser e não os nossos quereres.

O Cristão deve sempre se auto avaliar ante aos acontecimentos e pessoas para não exprimir um pré-julgamento desprovido da verdade e do amor, que Cristo nos ensinou a praticar. É por isso que devemos limpar os nossos olhos ao observar a vida de outrem, pois o ser Cristão se faz de mudar a si mesmo aos moldes do amor de Cristo, e não e julgar a vida alheia. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Continua.)

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 21/10/2019
Código do texto: T6775217
Classificação de conteúdo: seguro