Uma luta interior na viva transformação do amor.

Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. Pois a criação está sujeita à vaidade, não voluntariamente, mas por causa daquele que a sujeitou, (Rom 8:18-20). Estes versículos fazem parte de uma exortação que Paulo faz aos da época e ela se estende até nós.

Aqui Paulo usa uma expressiva palavra para desejo ardente. A palavra é: (αποκαραδοκια apokaradokia). Apokaradokia, descreve a atitude do homem que esquadrinha o horizonte com a cabeça erguida para frente, buscando ansiosamente à distância o primeiro sinal da irrupção da glória. Como um caminhante que olha a sua frente querendo ver a reconfortante beleza de seu lar.

Paulo via o erro do homem; via o estado do mundo e o estado da situação humana. Mas o poder misericordioso e redentor de Deus, dava a ele a viva esperança. E por isso, para Paulo a vida não era uma desesperadora expectativa de um final inevitável em um mundo marcado pelo erro, pela morte e pela corrupção. Para ele a vida era uma ofegante expectativa da libertação, a renovação e a recriação operadas pela glória, pelo amor e pelo poder de Deus.

Paulo via vida não como uma espera pesada e frustrante, onde a tristeza abate a alma. Para ele a vida era uma palpitante e vívida expectativa. Aqui ele nos leva a entender que o Cristão está envolto na situação e nas condições humana. Onde tudo promove para que ele desanime e venha a desistir do caminhar em amor e verdade. O mundo e as pessoas gritam que não vale a pena servir. Mas a esperança da gloria do amor o faz seguir.

E o Cristão segue na luta interior com sua própria natureza humana, propensa ao erro e ao egoísmo. Mesmo que exteriormente ele viva em um mundo onde impera a morte e a corrupção. O Cristão persiste, pois não está só neste mundo, pois ele vive em Cristo e é amparado pela graça e pelo amor do Pai. Ele não somente vê o mundo; olha mais além do mundo, em direção do amor de Deus.

O Cristão não se esmorece ao ver a consequência do erro humano que permeia o planeta afetando todas as vidas. O amor o leva ver o poder da misericórdia e do amor de Deus. E, portanto, a tônica da vida cristã é sempre a esperança e nunca o desespero. O Cristão aguarda, não a morte, e nem se entristece diante dela, ele vê a vívida vida que o espera no reino do amor.

É para este tipo de vida que Jesus nos chama, para uma vitória que deve acontecer primeiramente em nós, na renovação radical do nosso sentir e pensar. Pois quando mudamos o nosso interior o mundo a nossa volta começa a mudar também. Quando entendemos que o amor de Deus nos banha a todo instante somos levados a amar por gratidão.

E não importa o quanto isto nos pareça difícil, teremos forças para vencer, pois temos o Espirito Santo como ajudador. E um Pai que nos conhece profundamente. E no tempo certo veremos a gloria do amor de Jesus brilhar no horizonte de nossas vidas. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 15/10/2019
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