A viva reverência ao amor numa vida diferente dê. (Parte 2: Uma vida sem amor se perde no egocentrismo.).
Ora, se invocais como Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada pessoa, procedei com sincero temor reverente durante a vossa jornada terrena. (1Pe 1:17). Este versículo faz parte da passagem que compreende os versículos (1Pe 1:13-25), onde Pedro descreve a vida daqueles que conhecendo o amor de Cristo atende o chamado para ser diferentes, expressando o melhor de si em Cristo.
Aqui vemos Pedro salientar algumas características de uma vida com, e sem Cristo no coração. Aqui trataremos de uma vida mergulhada no egocentrismo e sem amor ao próximo.
Quando estudamos a história social da humanidade vemos que na época permeava o desrespeito e a lei do mais forte era a regra. A humanidade estava mergulhada num mundo onde saciar os desejos e as paixões vinham em primeiro lugar, e raramente o amor ao próximo era observado. Até havia uma certa preocupação com as viúvas e os órfãos, mas como toda a caridade que se é feita para cumprir uma regra esta carecia do respeito e do amor ao próximo.
Como vemos Pedro afirmar Antes da humanidade conhecer o amor de Deus ela tinha uma vida dominada pelas paixões e desejos: Como filhos da obediência, não permitais que o mundo vos amolde às paixões que tínheis outrora, quando vivíeis na ignorância. (1Pe 1:14). Ou seja, as pessoas buscavam o sentido da vida numa descarada carnalidade.
Era um mundo em que havia uma pobreza desesperadora no extremo inferior da escala social, mas a cúpula, segundo lemos, celebravam-se banquetes que teriam hoje custado muitos milhares de dólares. Ali eram servidos pratos exóticos numa mesa farta, enquanto outros passavam fome e necessidades. Ou seja, eles davam o que sobravam e jamais um pouco de si.
A castidade da alma tinha sido esquecida. Os relacionamentos se baseavam na saciação sexual, e só, e diferente do que dizem, as mulheres também faziam o mesmo. Alguns escritores relatam que haviam mulheres que tinham chegado a ter dez maridos. Ou seja, o vinculo do amor entre pessoas estava quebrado, o ser humano somente via em outro o objeto da saciação de seus libidinosos desejos. E hoje em dia ainda vemos o mesmo acontecer.
Jesus trouxe ao mundo a viva qualidade do amor, Ele desvelou e elevou os dez mandamentos, nos ensinando que toda a base deste era e é o amor. Um amor que respeita o próximo e que se ocupa com o próximo levando a ele não somente o suprimento material ou somente a intenção distante de uma oração, mas no carinho levar a outrem o calor humano em amor e verdade.
É certo que hoje com o passar do tempo o ser humano deturpou o vivo ensinamento de Cristo, e como vemos até os ortodoxos adaptaram-no para suprir suas necessidades. Mas cabe a cada um de nós observar com pureza de coração este ensinamento e praticá-lo. Pois uma coisa é certa nós só podemos mudar a si mesmo, e jamais poderemos mudar a outrem. E cada um no tempo certo dará conta de si, diante do amor.
E neste dia teremos alegria ao ver o amor? ou teremos vergonha diante deste amor que nos constrange e nos revela? Fazendo com que nos enxerguemos como somos vistos por Ele. Como Paulo afirma ao dissertar sobre o dom supremo; “amor”: Porque, agora, vemos por espelho em enigma; mas, então, veremos face a face; agora, conheço em parte, mas, então, conhecerei como também sou conhecido. (1Co 13:12).
Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).