A viva reverência ao amor numa vida diferente dê. (Parte 1: Hagios (santo) enquanto diferente dê).

Ora, se invocais como Pai aquele que julga imparcialmente as obras de cada pessoa, procedei com sincero temor reverente durante a vossa jornada terrena. (1Pe 1:17). Este versículo faz parte da passagem que compreende os versículos (1Pe 1:13-25), onde Pedro descreve a vida daqueles que conhecendo o amor de Cristo atende o chamado para ser diferentes, expressando o melhor de si em Cristo.

Aqui Pedro diz algo sobre a viva reverência ao amor de Deus. Pois a vida cheia de Cristo é uma vida de reverência. A reverência é a atitude mental de quem sempre está consciente de achar-se na presença de Deus. É a capacidade de por a vida em ação saindo da escravidão da reação.

É a atitude daquele que em cada palavra e em cada atitude busca expressar o vivo amor de Deus na terra. E fazendo isso cumpre cada ação e vive cada momento consciente de quem é Deus. E como uma pessoa que vive na presença do amor segue sendo diferente dê: (Santificando-se), jamais se deixando levar pelos rótulos que o mundo comum lhe impõe indiretamente.

No grego a palavra santo é hagios (αγιος hagios) e segundo os linguistas o significado da raiz deste vocábulo quer dizer diferente dê. Ou seja, hagios é aquele que age e pensa diferente do mundo comum. Pois o mundo comum não perdoa, quer ser servido, só ama se for amado, só dá se antes receber, é amante do poder pelo poder e na maioria das vezes confunde a paixão possessiva com o amor.

Mas o Cristão sendo hagios, ama porque entendeu que amar é a melhor maneira de mover a vida em respeito e liberdade. Perdoa porque sabe que o perdão liberta a alma do perdoador e do perdoado, levando a elas a leveza do amor. Entende que servir sempre se mostra melhor que ser servido. Dá de si mesmo, mesmo que jamais venha receber a troca, pois entende que a vida que lhe foi dada de forma graciosa se torna brilhosa na utilidade de levar a beleza da vida a outras vidas.

O Cristão entende que o poder traz consigo responsabilidades para com as vidas de outrem e não privilégios abusivos. E sabe diferenciar o amor da paixão, pois o amor se alegra da liberdade, o Cristão entende que amor se mostra na alegria de ver o ser amado feliz seja onde ele estiver e com quem estiver, pois o amor se nutre na liberdade e jamais na possessão.

O Cristão sabe que não é melhor que ninguém, mas sabe também que deve ser diferente, simplesmente diferente, na viva separação do amor. Que de qualquer forma, não é somente externa ela se dá na mudança e na transformação radical do sentir, do pensar e do agir. Eis o nascer de novo em Cristo Jesus. Está é a melhor maneira de levarmos o Evangelho, a vida de outros. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 30/09/2019
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