Fé que vai além das superstições, adentrando na confiança do amor. (Parte final).

Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé. (Rom 1:16,17). Aqui Paulo faz uma sintetização da fé, e isto gerou algumas controvérsias, neste estudo não há a pretensão de se exaurir o conhecimento sobre a fé, mas sim de dar uma luz como placa amarela que adverte o caminhante.

Aqui findaremos o estudo sobre a fé e nos próximos dissertaremos sobre a justificação do ser humano. Nós durante o estudo entendemos que a fé começa com a receptividade da mensagem sobre o amor de deus. Começa quando o ser humano se despe de seus eitos, preceitos e preconceitos, para ouvir sobre a Boa Nova.

Ou seja, primeiro o ser humano ouve e raciocina e logo discerne com entendimento e entende que este é verdadeiro. E não para por aí, pois o assentimento intelectual não expressa necessariamente o amor, mas a ação sim. Muitas pessoas sabem perfeitamente que algo é verdadeiro, mas não mudam suas ações para conformá-las com seu entendimento. O Cristão deve fazê-lo, pois o evangelho é para ser vivido, e não simplesmente para morrer guardado num interior cheio de religiosidade.

E na etapa final vemos que a fé sai da simples crença subjetiva para uma prática objetiva. Ou seja, o assentimento intelectual se torna em uma entrega total. Em uma fé totalmente amadurecida o ser humano ouve a mensagem cristã, concorda que ela é verdadeira e logo se entrega a uma vida de total submissão àquela mensagem.

E ao submeter-se a este amor ele o pratica em sua vida diária promovendo o bem-estar em tudo e de todos que vierem a cruzar o seu caminho. Jesus nos deixou o novo mandamento e todo aquele que se diz Cristão deve observá-lo: Novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros. (João 13:35).

E é a fé (πιστις pistis), confiança neste gracioso amor, que nos levará de fé em fé até a plena realização da vontade do Pai. Pois o Pai nos criou para cuidar e zelar pelo próximo e do nosso planeta, que Ele nos deu graciosamente. Então que neste dia jamais nos desviemos deste divino (αμαρτια hamartia), e em fidelidade a este amor sigamos amando por gratidão, e sem jamais temer a ingratidão, amemo-nos na fidelidade de um coração que ama pelo amor.

Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).