O gracioso dever de consolar e ensinar o próximo até a parusia. (Parte 1; παρακαλεω parakaleo, ensinando e consolando).

Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras. (1Ts 4:18). Este versículo finaliza a passagem que inicia no versículo nove e se estende até o acima citado. Aqui o apóstolo Paulo orienta os Tessalonicenses sobre a volta de Cristo Jesus (Parusia), e como se deve agir no viver diário.

Esta passagem começa com elogios de estímulos, mas termina com sérias admoestações. E as admoestações nos mostra o pano de fundo da situação que se apresentava imediatamente por de atrás da Carta. Paulo insiste aos tessalonicenses a manter-se limpos, calmos, e a cumprirem as suas próprias tarefas mantendo-se firmes em seus trabalhos diários.

A pregação da Segunda Vinda (Parusia), segundo os historiadores tinha produzido em Tessalônica uma situação irregular e delicada. Como resultado, muitos dos tessalonicenses tinham abandonado seu trabalho diário para rondar em grupos excitados transtornados com a mente cheia de superstições. Enquanto esperavam a chegada da Segunda Vinda. A vida comum tinha sido interrompida.

E, é aqui que vemos o mal que o terrorismo espiritual pode trazer a uma sociedade. E entendendo isto, cabe a cada um que ensina ou prega levar a verdade pôr inteira, pois meia verdade sempre se mostra como uma mentira completa. Todo aquele que se propõe a ensinar deve ter em mente que para ensinar uma linha deve-se estudar pelo menos vinte páginas.

Aqui a história nos ensina que a parusia invés de ser uma viva dadiva tinha se tornado um mal. Os que não entenderam a mensagem haviam esquecido que o dever de um Cristão é o de apresentar o amor de Deus aos que não o conhecem. E esperavam excitados a vinda de Cristo. O conselho de Paulo aqui foi eminentemente prático.

E neste estudo discorreremos sobre alguns itens deste caro conselho. Primeiro, ensina-nos, que em realidade, a melhor maneira em que Jesus Cristo poderia vir a eles e a nós era, e é que nos encontrasse cumprindo com tranquilidade, eficiência e diligência as nossas tarefas diárias. Ou seja, mante-se firmes na fé (Pistis), de que o amor virá nos resgatar. Deixando de lado o desespero e ansiedade. Mas vivendo firme no praticar do amor.

Pois a cada amanhecer a vida nos grita dizendo: Hoje faça o que deve fazer, se for dar uma conferência, seja feita com primor; se amanhã for a uma reunião, que seja com espirito de entender e de fornecer subsidio para melhorar a empresa ou a igreja na qual faz parte; se no sábado ou domingo for pregar, prepare-se para ouvir o Espirito para levar a mensagem real do amor de Deus. Sempre entendendo que algum dia morreremos.

Sendo assim, façamos o melhor em tudo o que fizermos. Pois o pensamento de que Cristo voltará algum dia. Deve fazer com que nós aprimoremos a cada instante de nossas vidas em direção ao amor. A volta de Jesus jamais deve promover uma expectativa neurótica e inútil, mas sim o trabalho completo e verdadeiro no servir em amor e verdade, que se faz proveitoso para promover o bem-estar da vida alheia.

Pois é este agir que nos torna parecidos com Cristo Jesus, e com certeza ouviremos dEle a doce frase: Vinde, benditos de meu Pai, possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo (Mat 25:34). Eis o real passaporte para o Reino do amor de Cristo. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 19/09/2019
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