Sete bem-aventuranças, sete degraus da perfeição do amor.
bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus; (Mat 5:10). Chegamos a oitava bem-aventurança, a maioria dos estudiosos e teólogos tratam está como a última bem-aventurança, pois a bem-aventurança citada no versículo onze é uma forma de continuação desta.
E aqui também vemos o fechar de um ciclo, Pois a oitava bem-aventurança volta à primeira como à sua fonte. Assim, como na primeira, na oitava encontra-se expressamente nomeado o Reino dos Céus: Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o “Reino dos Céus”. (Mat 5:3), Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o “Reino dos Céus”. (Mat 5:10).
Jesus mostra aqui também que ser Cristão jamais foi ou será uma vida de comodidades de um viver de facilidades, mas sim uma vida de luta contra o que o mundo pensa e contra o nosso próprio ego.
Pois o tema central deste texto é a verdadeira justiça. Os líderes religiosos da época possuíam uma justiça artificial e exterior com base apenas na lei. Os ortodoxos preocupavam-se com os mínimos detalhes de uma conduta, estereotipada baseada duma exterioridade, mas deixavam de cuidar do mais importante, o caráter. A justa conduta é decorrente do reto caráter. A justiça que Jesus descreve, porém, é verdadeira e essencial, começa no interior, no coração. Que advém de uma radical transformação interna.
Quem age assim dificilmente se enquadrará com mundo e será perseguido, porque num mundo onde o desamor habita a justiça do amor causará desconforto, e o desconforto desencadeará a perseguição, e as mentiras se apresentarão disfarçada de uma preocupação com a imagem ou a falsa moral. Ou seja, no meio dos sepulcros caiados o colorido do amor mancha a falsa brancura.
Aquele que entende os ensinos das bem-aventuranças começa a compreender e a apreender o amor de Deus. E poderá afirmar com toda firmeza: Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez, perigo, espada?”. (ler: Rom 8:31-39). São, pois, sete as bem-aventuranças, sete caros degraus que conduzem à perfeição do amor. A oitava tudo termina e reafirma, o que cada degrau significa na escada da perfeição do amor, e da sabedoria divina.
Pois o amor quando entendido e apreendido e logo praticado, faz com que o reino dos céus se manifeste em parte aqui na terra, e no dia certo na plenitude do sempiterno amor nos céus. Sendo assim feliz é aquele que entende e pratica o amor, pois é, e será parte do amor de Deus. E aqui cabe dizer que por compreendida gratidão, empenhemo-nos a amar mais a tudo e a todos porque Jesus nos amou e nos ama. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).