O bondoso amor que serve em amor.

No capítulo treze da primeira carta aos coríntios o apóstolo Paulo discorre sobre as quinze características do amor. Hoje trataremos sobre a bondade do amor, “O amor é bondoso” (1Co 13:4), a palavra do grego aqui utilizada é a seguinte: “χρηστευοαμι chresteuomai”, que tem o significado de: Ser bom, usar de bondade.

A palavra acima citada tem sua raiz na palavra (χρηστος chrestos), que traz consigo o significado: Daquilo que se faz útil, fácil de se lidar, pronto para o uso. Ou seja, aqui se fala da bondade ativa, que busca o lugar e a oportunidade de servir de ser útil para o bem-estar de todos. Há uma outra palavra que se traduz por bondade (αγαθωσυνη agathosune).

Benignidade e bondade são termos diferentes, mas com uma ligação entre si. Por benignidade é o termo (chrestotes) e para bondade o termo que Paulo usa (αγαθωσυνη agathosune). Qual é a diferença? A bondade (agathosune), poderia e pode reprovar, corrigir e disciplinar; enquanto (Chrestotes), só pode ajudar.

Jesus mostrou agathosune quando purificou o templo e expulsou os que o transformavam num mercado, mas manifestou chrestotes quando agiu com amabilidade com a mulher pecadora que lhe ungia os seus pés. Na vida haverá momentos que deveremos agir de maneira amável no prestar do serviço (chrestotes); e haverá momentos que deveremos agir de maneira bondosa, mas enérgica (αγαθωσυνη agathosune), expressando uma bondade que é amável, mas que corrige, em direção do amor.

E entendendo a diferença sigamos, o amor é bondoso. Orígenes dizia que isto significa que o amor age docilmente com todos. É dever do Cristão agir com docilidade em tudo e com todos, sem diferenciar pessoas, seja por níveis sociais o por pensar diferente de nós. Mas lembremos o amor jamais pode ser fingindo, então oremos ao Espirito Santo e ele fará com que o amor (Ágape), nasça e frutifique em nosso interior.

E mais devemos cuidar com o nosso caminhar em Cristo. Pois há muito cristianismo que se diz bom, mas que não é bondoso. Filipe II da Espanha, era deveras religioso, no entanto, foi o instituidor da Inquisição espanhola, e pensando que estava servindo a Deus, maltratou pessoas inocentes porque pensavam diferente dele. E se buscarmos na história encontraremos muitos outros. Saber disto não nos torna juízes da história, mas sim um observador que cuida para não cair no mesmo erro.

Então que nossos dias seja de um empenhar-se no amor bondoso que serve sem olhar a quem. Porque, o que nos impulsiona a servir é a doce gratidão a Cristo Jesus que tudo sofreu por nós, naquela rude cruz. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 21/08/2019
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