Plantemos amor e respeito para que outros colham no futuro.
Aquele, pois, que violar um destes mandamentos, posto que dos menores, e assim ensinar aos homens, será considerado mínimo no reino dos céus; aquele, porém, que os observar e ensinar, esse será considerado grande no reino dos céus. (Mat 5:19). Aqui Jesus deixa um vivo alerta para aquele que violar os mandamentos. Nos estudos anteriores já estudamos sobre quais mandamento se trata aqui.
Mas aqui trataremos sobre o Evangelho e a sua ação sobre os mandamentos da lei. A Lei tinha que existir antes que pudesse vir o Evangelho. A humanidade precisava aprender a diferença entre o bem e o mal; tinha que entender o que era satisfazer as exigências da Lei, e responder aos mandamentos de Deus. A função da lei era a de mostrar a diferença entre um mundo governado por um saber desprovido de amor e da misericórdia, e um mundo onde o governo do amor é a base de tudo.
Se faz fácil culparmos o passado pelas coisas que nos acontecem, e de uma maneira tola tentar enterrar o passado no presente. Mas ao fazermos isto criamos um futuro distorcido e desprovido de essência. Para Jesus, a nossa responsabilidade não é esquecer nem destruir o passado, antes edificar sobre os fundamentos do que já se deixou para atrás. Ou seja, o presente se faz rico com o aprendizado do passado.
Quando Jesus diz: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir. (Mat 5:17). Ele afirmou que há uma continuidade definida entre o passado e o presente. O presente nasce do passado. Nunca devemos interpretar a vida como uma espécie de luta entre o passado e o presente. Pois quando iniciamos uma luta entre o passado e o presente, perdemos o presente do futuro.
Quando entendemos que a vida se faz de colher os benefícios do que outros fizeram antes de nós, entendemos que devemos trabalhar, de tal maneira que outros, amanhã, possam receber os benefícios de nosso trabalho de hoje. Eis a vida em progressão no amor. Os legalistas cuidavam de cumprir um conjunto de regras cerimoniais fundadas em atos mecânicos e exteriores, pensando que assim satisfaziam a vontade do Pai, mas na verdade caminhavam cada vez mais para distante do Pai.
Há muito tempo, Agostinho disse que a vida cristã podia resumir-se em uma frase: "Ama a Deus e esqueça o, eu quero." Quando entendermos o quanto Deus nos amou e ama, o único desejo de nossa vida seria o de responder a esse amor, e essa é a maior tarefa do mundo, uma tarefa com a que o legalista nem sonha sequer e cumprir, é uma obrigação muito maior que a que qualquer lei possa impor.
Então que neste dia aprendamos que amar é ir além das leis cerimoniais e das paixões egoístas, seja na religiosidade ou no viver comum. Mas aquele que esquece que o amor e o respeito a Deus e ao próximo é a base de tudo, ou ensina que não é, até poderá progredir aqui neste mundo no que diz respeito a materialidade, mas no reino de Deus será diminuto. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).