Uma obediência advinda da alma em amor e verdade.

Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. (Rom 13:2,1). Estes versículos fazem parte da passagem onde Paulo orienta a igreja a respeitar as autoridades.

E aqui cabe uma indagação, Qual é o pensamento e a crença que há por trás disso? No caso de Paulo, há uma causa imediata que o leva a dar ênfase à obediência à autoridade civil. Os ortodoxos que perseguiam os cristãos eram notoriamente rebeldes. Na Palestina, e especialmente na Galiléia, explodiam constantemente as insurreições. Trazendo sempre morte e sofrimento aos pequenos.

E quando estudamos a Bíblia vemos que este povo sempre teve a rebeldia em seu coração, a começar com o casal no Edem (Gen 3), depois com a construção da torre de babel (Gên 11:1-9), no êxodo com o bezerro de ouro (Êxo 32) e mais tarde com os cultos aos deuses pagãos (Jer 32:35; Amós 5:26). E cada ato de rebeldia e desrespeito sempre trouxe tristeza e morte.

E mais quando Paulo fala sobre o respeito temos duas coisas par observar. Primeiro a palavra que ele usa é alma (ψυχη psuche), e não (ανθρωπινος anthropinos ou ανθρωπος anthropos), ou seja, a obediência tem que vir de dentro, e está mais para um respeito que uma obediência exterior. Se faz fácil observar uma obediência de forma exterior a algo ou a alguém, e por dentro nutrir um desrespeito. Isso é ser hipócrita, ou seja, um ator, que um dia se cansará de atuar e toda a raiva reprimida virá à tona causando morte e destruição.

E a segunda é que todos as almas estão sujeitas a uma autoridade superior, é preciso cuidar, pois aquele que detém um poder seja qual for responde a altura para aquEle que lhe capacitou com o tal poder. E toda a alma pequenina que for desviada ou usada por este estará em sua conta que será paga no lago de fogo (Mat 13:49,50; 18:6). E aqui fica claro o que disse Jesus: E a qualquer que muito for dado, muito se lhe pedirá, e ao que muito se lhe confiou, muito mais se lhe pedirá (Luc 12:48b).

Então entendemos que devemos usar o poder e a autoridade em beneficio dos menores e jamais em proveito próprio, mas se alguém usar para si mesmo oremos por ele. Lembrando sempre da ordem que foi dada a Abrão: De ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. “Sê tu uma bênção!” Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; (Gên 12:2,3). Ou seja, a justiça será feita por Deus.

Pois quando oramos para um bem maior prol da coletividade, mesmo que em detrimento a nossa unidade, começamos a nos assemelhar a Cristo que na rude cruz tudo sofreu por nós. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 09/08/2019
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