Um reino de um amor de outro mundo. (Parte final)

Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou disseram outros a meu respeito? (João 18:33,34). Estes versículos fazem parte do julgamento de Jesus ante as autoridades da época. Por ser algo extenso de se desvelar gastaremos alguns estudos para isto.

E continuando o estudo da condenação de Jesus, chegamos a Barrabás, temos poucas informações sobre ele. Mas ele nos mostra um lado do qual ainda temos vivo e nossas atitudes.

João relata o incidente de Barrabás com poucas palavras. Ele só cita o costume de libertar um prisioneiro na páscoa e as outras versões do evangelho não acrescentam muito. As outras versões só completam, até certo ponto, a breve imagem que João traça de Barrabás. Barrabás não era um prisioneiro comum, pois ele tinha uma certa fama. Ele era um criminoso, que participou de uma insurreição na cidade, (Mat. 27:15-26: Mar. 15:6-15; Luc. 23:17-25; Atos 3:14).

O nome dele carregava algo de interessante, pois o nome Barrabás, pode ter duas raízes de origem. Pode ser composto por Bar Aba que significaria "filho do pai" ou por Bar Rabban, que significaria "filho do rabino". Segundo alguns historiadores as duas hipóteses são possíveis. Pois apesar de seu caráter criminal, ele era popular entre o povo, porque lutava por uma liberdade com o uso da força.

A escolha da turba desvairada parecia uma boa opção. Pois Barrabás era o homem forte, um homem belicoso, alguém que escolhia chegar a seu objetivo pelo caminho da guerra ou da violência. Jesus era o homem do amor, do perdão e ensinava a servir. O fato trágico da história é que ao longo dos milhares de anos os seres humanos escolheram o caminho de Barrabás e rechaçaram, e ainda rechaçam o de Jesus.

Pois o caminho do amor exige desprendimento, a capacidade de doar-se, de negar a si mesmo e com frequência apagar o ego egoísta. É triste ver que a história nos mostra que o caminho da força, da guerra e do ego egoísta só trouxe destruição e morte, mas ainda assim muitos crentes o seguem.

Jesus nos ensinou de forma vívida e vivida que o seu reino é o do amor e que não é deste mundo onde a ambição desmedida nos leva a frieza de coração e, como consequência seguimos destruindo tudo e a todos. O tempo urge para que mudemos de direção e busquemos ser discípulos de Cristo em amor e verdade, pois assim seguiremos fazendo a mudança que tanto queremos.

E então por fim entenderemos a primorosa regra áurea que Jesus nos ensinou no sermão do monte: Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas. (Mat 7:12). Então se queremos um mundo onde o amor, a paz e a justiça imperam, comecemos a amar, a compreender e a produzir uma paz justa, pois cabe a cada um o dever de ser melhor, para que o mundo a sua volta evolua para melhor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 07/08/2019
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