Um reino de um amor de outro mundo. (Parte 5)
Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou disseram outros a meu respeito? (João 18:33,34). Estes versículos fazem parte do julgamento de Jesus ante as autoridades da época. Por ser algo extenso de se desvelar gastaremos alguns estudos para isto.
E continuando o estudo da condenação de Jesus, continuaremos a nos ocupar com Pilatos. Vimos a história de Pilatos, vejamos agora sua conduta durante o ajuizamento de Jesus. Pilatos não queria condená-lo porque sabia que ele era inocente. Mas o seu passado o pressionou a fazê-lo. E como foi o seu agir então?
Primeiro ele procurou repassar a responsabilidade que era dele. Disse aos ortodoxos: Replicou-lhes, pois, Pilatos: Tomai-o vós outros e julgai-o segundo a vossa lei. (João18:31a). Tentou fugir da sua responsabilidade diante a situação, mesmo sabendo que os ortodoxos não podiam praticar a pena capital. Na vida haverá momentos que desejaremos fugir de tudo, mas um Cristão olha de frente o problema buscando resolvê-lo.
Depois ele buscou um subterfugio, ou seja, uma via de escape para situação na qual se encontrava. Ele apelou a regra pela qual se liberava um prisioneiro na páscoa visando deixar Jesus livre. Tentou evitar o confronto direto com Jesus. Mas há uma verdade, ninguém pode fugir as situações, e aos seus deveres. Na vida quanto maior for o nosso cargo, mais responsabilidade e deveres virão agregados. Por isso devemos sempre nos preparar para assumir qualquer liderança que se nos apresente.
E ainda ele apelou pela misericórdia, quando manda açoitar a Jesus e o mostra destroçado, pensando que a visão horrenda de alguém ferido podia acalmar a aqueles que agora era uma tuba de ódio. Mas quando o ódio toma os corações nada pode aplacar a não ser a morte. Mas a obra da cruz foi além, ela aplacou o ódio e venceu a morte. Porque o amor estava ali no amago de um Deus onde a vingança não tem morada.
Aqui entendemos que jamais podemos nos evadir de nossas responsabilidades, e que nem todo o ardis humano pode vencer ou fugir do olhar de Cristo, somente o amor e a verdade de Cristo pode fazê-lo. E que perante a Jesus cada um tem que levar aquilo que ele é, pois jamais podemos delegar ou fugir do vigoroso olhar do amor.
Que neste dia sejamos capazes de praticar o amor, mesmo sabendo que para fazê-lo as vezes teremos que negar o nosso si mesmo, e a todo tempo relegar os nossos eitos, preceitos e preconceitos. Pois o praticar do amor exigi que deixemos o conforto merecido, para servir o imerecido, em favor do amor que gera vida e vida além da vida.
E a maior recompensa não virá em forma de bens materiais, mas sim na doce frase: Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. (Mat 25:34). Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
“Continua”
(Molivars).