Um reino de um amor de outro mundo. (Parte 2)
Tornou Pilatos a entrar no pretório, chamou Jesus e perguntou-lhe: És tu o rei dos judeus? Respondeu Jesus: Vem de ti mesmo esta pergunta ou disseram outros a meu respeito? (João 18:33,34). Estes versículos fazem parte do julgamento de Jesus ante as autoridades da época. Por ser algo extenso de se desvelar gastaremos alguns estudos para isto.
E continuando o estudo ainda nos ocuparemos dos ortodoxos. Para levar Jesus a um segundo julgamento, eram preciso novas acusações. Acusações políticas de: sedição, declarar-se rei e incitar o povo a não pagar impostos à César, acusações falsas, sem provas. Ou seja, ambos os julgamentos foram permeados de ilegalidades processuais.
Na noite de seu julgamento, todo conhecimento que os juízes do direito possuíam sobre legalidades fora desprezado em face da vingança. Como podemos ver, um grupo de ortodoxos deram início ao ódio contra o que Jesus representava, e por fim contaminara uma multidão histérica. E vociferando, gritando como lobos com as caras decompostas pelo ódio: "Crucifica-o! Crucifica-o!" Assim é o ódio ele contamina os corações como um vírus do mal.
E este ódio os tornou impermeáveis à razão e a misericórdia, e até a mais simples piedade se foi. Não há nada neste mundo que torça tanto o juízo de um ser humano como o ódio. Uma vez que alguém se entrega ao ódio já não pode pensar, ver ou escutar sem distorções. É algo tão tremendo porque anula os sentidos humano. E a razão dá lugar aos instintos mais primitivos que a parte animal guarda em nós.
O ódio os fez perder todo sentido da proporção. Eram tão cuidadosos do ritual e da pureza cerimoniosa que em outros tempos jamais entrariam nos quartéis de Pilatos, pois era um lugar tido como impuro, mas agora estavam muito ocupados em fazer todo o possível para matar Jesus. Que esquecera de suas próprias regras adentrando um local onde tinha levedura. E ao adentrar na casa de Pilatos onde tinha levedura ficaram impuros para as festividades da pascoa.
Como é triste perceber que o ódio os converteu em uma multidão de fanáticos enlouquecidos e vociferantes. Esqueceram toda misericórdia, todo sentido da proporção, toda justiça, todos os seus princípios e até de Deus. Nunca se viu com tanta clareza a loucura do ódio.
A história nos mostra isso para que entendamos os malefícios de uma religiosidade guiada pelos eitos, preceitos e preconceito egoístas. E somente o guiar do Espirito Santo pode nos livrar de agirmos assim. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
“continua”
(Molivars).