Um convite para viver e se doar em amor. (Parte 7. O dever de amar o próximo).
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (João 15:12,13). Nestes versículos vemos os mandamentos que se faz deveras difícil de se cumprir. Aqui falaremos da ordem direta de praticarmos o amor.
E seguindo na passagem chegamos à frase onde Jesus reafirma o seu mandamento: Isto vos mando: que vos ameis uns aos outros. (João 15:17). E como vemos anteriormente aqui ele usa uma palavra (εντελλομαι entellomai), esta palavra representa uma ordem direta, advinda de uma autoridade superior que deve ser cumprida sem resistência. Mas em Jesus até a sua ordem é para ser cumprida com entendimento.
No discipulado do amor não se deve fazer algo pensando no que colheremos, pois se assim o fizermos receberemos a paga aqui, pois estamos fazendo para suprir a necessidade de nosso ego, e o ego egoísta findará na sua efemeridade. E vemos isto quando Jesus diz: Muitos, naquele dia, hão de dizer-me: Senhor, Senhor! Porventura, não temos nós profetizado em teu nome, e em teu nome não expelimos demônios, e em teu nome não fizemos muitos milagres? (Mat 7:22).
Mas a resposta para tais afirmações se faz reveladora: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniquidade. (Mat 7:23). Entendemos aqui que estes eram crentes, mas jamais foram discípulos. A beleza de Jesus é que jamais Ele nos deixou sem informação.
E mais uma vez cabe a cada um escolher ser crente e seguir uma religiosidade que lhe agrada, ou ser discípulo onde o praticar da ordem suprema lhe custa o negar o si mesmo. Pois podemos dizer eu sou assim mesmo, não preciso mudar. E as vezes nos respaldamos com o seguinte dito: “somente Jesus me conhece e me julga”, e isto até é uma verdade, mas é a metade da verdade, e se faz bem lembrar que meia verdade é uma mentira completa.
E por isto devemos buscar nos autoconhecer, para que possamos aprimorar as nossas qualidades, e orar para que os nossos defeitos sejam transformados em qualidade pelo Espirito Santo. E jamais nos deixarmos levar pela leda ilusão de que as nossas qualidades superam os nossos defeitos. E então buscarmos amar uns aos outros. Entendendo que cada um tem qualidade e defeitos tal qual nós os temos.
Pois amar é isso, é sempre ter o próximo em um lugar de honra, Pedro ensina isso: Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei. (1Pe 2:17). Eis a regra básica de irmãos que caminham na direção do reino do amor. E esta comunhão do amor será luz para o mundo, luz que atrairá o mundo e a todos para o amor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).