Um convite para viver e se doar em amor. (Parte 3. Embaixadores de um amor vivo).
O meu mandamento é este: Que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. (João 15:12,13). Nestes versículos vemos os mandamentos que se faz deveras difícil de se cumprir. Aqui falaremos da atmosfera do amor.
Como vemos no estudo anterior Jesus nos escolheu para praticar o Evangelho, ou seja, para sermos praticantes do amor. Jesus nos escolheu para ser embaixadores: Não fostes vós que me escolhestes; ao contrário, Eu vos escolhi a vós e vos designei para irdes e dardes fruto, e fruto que permaneça. Sendo assim, seja o que for que pedirdes ao Pai em meu Nome, Ele o concederá a vós. (João 15:16).
Ou seja, Jesus não nos escolheu para que levássemos uma vida separada enclausurada, ou desprezando aqueles que não participam do mesmo pensamento que o nosso. Ele nos escolheu para que vivêssemos em meio ao mundo dando exemplo de perdão, amor, comunhão e misericórdia. E fazendo isso nós O representamos no mundo. Não é um caminho fácil, mas a caminhada nos ensinará o valor de seu final.
Pois a única forma de difundir os ensinamentos de Jesus é sendo cristão. A única maneira de levar outros à fé (πιστις pistis), confiança no amor; é vivendo uma vida onde a confiança e o amor impera. Jesus não nos envia para discutir com outros religiosos a fim de que se unam a nós, Ele nos envia para mostrarmos que somente o caminho do amor pode mudar o mundo e transformar o ser humano.
Jesus não nos manda a assustar as pessoas com um terrorismo espiritual, onde qualquer evento da natureza prediz o fim do mundo, ou com um inferno preconizado. Ele nos envia para que nos tornemos investigadores do amor e da vida. Ele nos envia para amar, curar e restaurar vidas em amor e verdade.
Jesus trouxe ao mundo uma nova visão da vida. Muitos viam e ainda hoje veem a glória como uma conquista, uma aquisição de poder ou um direito de governar sobre os outros. Mas Jesus via a glória como uma cruz, como um serviço onde o negar a si mesmo é a maior proeza. Ensinou-nos que a vida só chega por meio do doar-se.
Pois quando entregamos a vida, e aqui falamos da vida (ψυχη psuche), ou seja, relegar as emoções e desejos egocêntricos em prol do bem-estar alheio, é que nos achegamos para perto do Pai. A beleza disto tudo é que a grandeza do reino do amor só é feita ou só chega a ela pelo serviço.
O convite e a escolha são sempre de Cristo Jesus em seu amor, mas a decisão de aceitar ainda é nossa. Pois o amor respeita a decisão de cada um, e aquele que se banha no amor deve sempre respeitar o próximo. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).