A cada nascer do sol o amor nos convida para a vida.
Estando Ele em Jerusalém, durante a festa da Páscoa, muitos, vendo os sinais que Ele fazia, creram em seu Nome; mas Jesus não se confiava a eles, porque os conhecia a todos. E não necessitava que alguém lhe desse testemunho acerca do homem, pois Ele bem conhecia o que havia na natureza humana. (João 2:23-25). Nestes versículos vemos duas coisas primeiro que Jesus conhece o nosso coração, e também vemos que Jesus valoriza um ato que vai além da emoção primaria.
Jesus conhecia a natureza humana. Conhecia a fragilidade, a instabilidade do coração do ser humano. Sabia que uma pessoa podia deixar-se levar por um momento de emoção e depois retroceder ao descobrir o que significava em realidade a sua decisão. Ele sabia que a natureza humana está faminta de sensações. E estas sensações não nos deixa ver as coisas como elas são.
Muitos queriam seguir Jesus somente pelo poder e as maravilhas que Ele fazia, mas não sabia que seguir a Jesus era ir contra todos os costumes ortodoxos da época, e o triste que ainda hoje é assim. Ir a igreja chorar e gritar glorias se faz fácil, mas o Cristão tem que ir além disso. Pois o servir a Cristo está em levar a misericórdia aos que necessitam. E as vezes isto custa cansaço e nem sempre traz fama, mas alegra o coração de Deus.
E mais, quando estudamos com mais afinco o Novo Testamento veremos que nele se emprega três palavras diferentes para referir-se às obras maravilhosas de Deus e de Jesus, e cada uma delas nos diz algo a respeito do que é um milagre em realidade.
1 – Uma delas é (τερας teras), significa simplesmente uma coisa maravilhosa, surpreendente, esmagadora, milagre: realizado por alguém. Segundo os linguistas é uma palavra que carece de todo significado moral. Mas é algo que se faz para o bem de outro.
2 – A outra é (δυναμις dunamis), O significado literal e comum de dunamis é poder. É a palavra raiz para dinamite. Ela designa o poder, habilidade natural, geral e inerente a um ser ou coisa. Pode ser usada para falar do poder do crescimento, dos poderes da natureza e etecetera. Poder que está à disposição e aos olhos dos seres humanos.
3 – E por fim vemos a palavra que João usa aqui (σημειον semeion), sinal, marca, símbolo. Para João os feitos de Jesus iam além de um milagre não era só um evento surpreendente, não era um mero ato de poder, mas sim era um sinal, do amor de Deus presente na terra.
Pois só podemos conhecer uma pessoa pelos seus feitos, é comum quando alguém chega a algum lugar alguém fala sobre ele, e geralmente esta informação vem carregada das emoções que esta pessoa nutre por este. Mas só o conheceremos quando o vermos em ação. E as ações de Jesus expressava a sua graça e o seu amor por nós.
E então aqui entendemos que jesus em cada milagre e em sua boa nova expressou três coisas. A maravilha que nos deixa maravilhados, deslumbrados e comovidos. O poder efetivo, que pode conseguir consertar um corpo destroçado, uma mente desorganizada, um coração ferido, um poder que pode mudar a essência das coisas. E por fim o maravilhoso sinal que nos fala do amor do coração de Deus que faz tais coisas graciosamente para nós.
E todos os dias Ele nos convida para vivermos e presenciarmos tudo isto, basta abrirmos a porta de nossos corações e Ele fará maravilhas, nos dará poder para reconstruirmos o que as tribulações, as amarguras e as ingratidões destruíram em nós. Então venha para esse amor, mas venha por decisão e com firmeza e a vida será vida e não sobrevivência. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).