Homilia do 15°Dom do tempo comum (Lc 10,25-37)(14.07.19)
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Caríssimos, o Evangelho é a prática da vida eterna, ele é a fonte inesgotável da salvação; sem Ele não existe liberdade nem bem estar algum, porque ele é o caminho da perfeição e da santidade que o Senhor nos deu para chegarmos ao céu. De fato, o Evangelho é o anúncio do Reino de Deus e do cumprimento de sua justiça; ele perpassa incólume o Antigo e o Novo testamentos, revelando a primeira vinda de nosso Senhor Jesus Cristo e o juízo final que se dará em sua Parusia.
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Ora, somos obras das mãos de Deus e tudo em nós e na criação aponta para um desfeixo final dentro do tempo por Ele determinado. Na primeira leitura de hoje meditamos como se dá o nosso relacionamento com o nosso Pai Criador, conforme relata o hagiógrafo: "Ouve a voz do Senhor, teu Deus, e observa todos os seus mandamentos e preceitos, que estão escritos nesta lei. Converte-te para o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma."
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Ou seja, "esta palavra está bem ao teu alcance, está em tua boca e em teu coração, para que a possas cumprir." Desse modo, não podemos negar que a verdade é o código genético espiritual de nossas almas, pois, somente o fato de existirmos já revela as perfeicões eternas de Deus e de sua intenção ao nos criar. Portanto, somos palavras de Deus que se realizam à medida que para Ele vivemos como Jesus nos ensinou.
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Conclusão: Caríssimos, na parábola do bom samaritano Jesus nos ensina na prática o que significa "amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo", ou seja, praticando as obras de misericórdia, pois, o juízo final consiste exatamente nisto: "Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim." Em outras palavras todos nós que aqui estamos, de certo modo, somos os necessitados da parábola ou então bons samaritanos.
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Paz e amor!
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Frei Fernando Maria OFMConv.