A autoavaliação nos desperta para as maravilhas do amor de Cristo.

E Pedro e os que estavam com ele estavam carregados de sono; e, quando despertaram, viram a sua glória e aqueles dois varões que estavam com ele. (Luc 9:32). Este versículo faz parte da passagem chamada transfiguração, um momento no qual Jesus leva Pedro, João e Tiago para orarem com Ele.

Este versículo podemos entendê-lo de duas formas literalmente como em algumas traduções ou entendê-lo em sua forma de uma mensagem interior. Na qual Jesus nos ensina a nos mantermos em alerta espiritual. Quando nos deixamos levar livremente pelas emoções teremos como consequência um adormecimento espiritual.

Porque a alma conturbada pelos nossos eitos, preceitos e preconceitos, nos levará a valorizar as baixas emoções, tais como o medo, a raiva, o rancor e etecetera, e então adormeceremos mesmo que de olhos abertos, pois só veremos aquilo que queremos ou pensamos que queremos ver.

A palavra aqui usada para sono é (υπνος hupnos) numa tradução simples é sono. Mas quando estudamos um pouco mais veremos que se trata de algo além do sono físico, pois nos remete ao um sono espiritual. E a vida conturbada nos leva a este sono, e somente a oração e a ajuda do Espirito Santo é que este estado de dormência será vencido. E então poderemos ver a maravilha que o amor de Cristo nos revelará nos libertando das amarras das baixas emoções.

E entendemos isso quando atentamos a vivida expressão: mas permanecendo acordados, viram a glória do Jesus. Ou seja, na vida perdemos muito devido ao nosso adormecimento. Uma das causas são os preconceitos. A obstinação pôr aquilo que achamos que é a única coisa certa acabam por fechar os nossos olhos as novidades da vida. E se alguma nova ideia bater à nossa porta, como seres adormecidos não veremos o real valor da novidade. Assim agiram os ortodoxos da época ao receberem a Boa Nova que Jesus nos trouxe. Ou seja, os seus preceitos e preconceitos rechaçaram o que o amor lhe ofertava.

E o adormecimento nos leva a letargia mental. Há muitos que rechaçam a enérgica tarefa de pensar. Diante de algo novo se põe contra e o despreza sem investigar. Mas Deus nos deu a capacidade de raciocínio, ou seja, a capacidade que nos leva a investigar tudo que nos rodeia e, jamais desistir mesmo que tudo e todos a nossa volta gritem para que fiquemos inerte. Cabe a cada um orar e buscar o que é realmente certo, mesmo que contrarie o nosso ego.

E aqui cabe uma indagação; quantos de nós pensamos, ou buscamos investigar as situações e as coisas em sua totalidade? Há aqui uma verdade que deve seguir as nossas vidas, melhor que perecermos no deserto de nossos eitos, preceito e preconceitos, é passarmos pela vida lutando contra eles, investigando a sabedoria da graça e do amor. Mas, as vezes estamos tão entorpecidos que nem sequer enfrentamos nossos problemas e nossas dúvidas.

E para finalizar devemos sempre estar atento ao nosso sentir pois será de acordo com o que sentimos que seremos vistos por Jesus. Pois não sabemos o tempo do nosso chamado e se ele vier de repente, que estejamos preparados. Pois aquele que vive a sua vida pautada no amor nunca se encontra sem preparação para chegar mais perto de sua presença, ver e viver as suas maravilhas. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).