As nossas contendas
Publicado no Jornal do Commercio
Caminhos da Fé 30.06.2019
Ilusoriamente pensamos que nossas contendas estão restritas aos acontecimentos do dia a dia. Esquecemo-nos de que mergulhar em nosso interior é o caminho para encontrarmos o reduto dos conflitos e angústias que nos fustigam. Perscrutar esse espaço desconhecido é tarefa compensadora, já que encontraremos as nossas imperfeições oportunizando-nos mudanças nos pensamentos e atitudes.
Habitualmente agimos automaticamente segundo os nossos arquétipos, assim definidos por Carl Jung: “São conjuntos de imagens primordiais originadas de uma repetição progressiva de uma mesma experiência durante muitas gerações, armazenadas no inconsciente coletivo”.
Faz-se mister observarmos os fatos buscando ângulos e formas diferentes, lembrando de que uma moeda tem “dois lados” e, se analisarmos nessa ótica poderemos obter uma nova visão que nos permitirá um entendimento que venha nos favorecer no âmbito dos sentimentos, emoções e aprimoramento das nossas percepções e condutas.
Vale ressaltar que tudo nasce no “pensamento”. É nele que formatamos as ideias e como somos “energia” para a qual não há fronteiras, o Cosmo está constantemente recebendo e emitindo fluxos energéticos idênticos àqueles que produzimos em nosso campo mental. No Livro Mecanismos da Mediunidade pg.41, psicografia de Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira, temos: “(...) Compreendemos, assim perfeitamente, que a matéria mental é o instrumento sutil da vontade, atuando nas formações da matéria física, gerando as motivações de prazer ou desgosto, alegria ou dor, otimismo ou desespero, que não se reduzem efetivamente a abstrações, por representarem turbilhões de forças em que a alma cria os seus próprios estados de mentação indutiva (...)”.
Nas reencarnações que vivenciamos vamos acumulando experiências salutares ou não. O Espírito nunca para o seu processo evolutivo, conforme temos na pergunta 166 do Livro dos Espíritos: ”A alma que não atingiu a perfeição durante a vida corpórea como acaba de depurar-se”? R- Submetendo-se à prova de uma nova existência.
Os tropeços e recaídas fazem parte da caminhada sendo importante a continuidade da luta, onde o soerguimento é sinal de que não esmorecemos diante dos percalços que nos assolam. Perseverança e Fé são os pilares que devem nortear a busca da nossa melhora. A vitória sem luta não tem mérito, pois o seu valor é proporcional ao esforço empreendido.
Lembremo-nos de que apesar de se tratar de tarefa pessoal, “estamos sempre assistidos” pelos nossos Anjos Guardiães. O nível elevado dos nossos propósitos servirá para atrair os irmãos com sentimentos nobres que nos trarão intuições para as reflexões necessárias nesse labor diuturno.
Busquemos, pois cultivar pensamentos que sejam bons e que sirvam não somente para nós. Se assim procedermos já estaremos minimizando o “egoísmo”, maior chaga que se encontra atrelada a todos nós. (A perseverança é o caminho do êxito).
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
Rua Dr. Machado, 168 Campo Grande – Recife(PE)
www.cecpj.org.br
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