Que a longanimidade do amor seja uma de nossas metas de vida. (Parte 1).

Eu, porém, vos digo que qualquer que se irar contra seu irmão estará sujeito a juízo. Também qualquer que disser a seu irmão: Racá, será levado ao tribunal. E qualquer que o chamar de idiota estará sujeito ao fogo do inferno. (Mat 5:22). Este versículo faz parte do sermão do monte, aqui Jesus trata daquilo que nutrimos a respeito de nossos irmãos.

Hoje trataremos da zanga que as vezes nutrimos para com os nossos irmãos devido a uma altercação que as vezes nascem sem motivo real, na maioria das vezes por um capricho tolo. Aqui Jesus usa a palavra do grego (οργιζω orgizo). Que tem a sua raiz na palavra (οργη orge), que significa a ira que se enraíza na alma causando agitação interna.

Então aqui entendemos tratar-se da ira longamente cultivada, a de quem odeia e seguirá odiando, sem permitir jamais que sua ira diminua. Este é o teor da palavra usada por Jesus, que terá como o triste resultado a vingança. De maneira que Jesus condena toda ira egoísta. O Cristão é um ser diferente não melhor do que ninguém, somente diferente, pois o seu sentir tem como guia os ensinamentos vívidos de Jesus.

O Evangelho diz claramente, que este tipo de ira é um sentimento proibido. Tiago diz: Porque a ira do ser humano não é capaz de produzir a justiça de Deus. (Tiago 1:20). E também vemos Paulo dizer: mas agora, livrai-vos de tudo isto: raiva, ódio, maldade, difamação, palavras indecentes do falar. (Cl 3:8). Quando nós não reeditamos a emoção da raiva ela se torna um sentimento que nos levará a destruir vidas, e no final destruiremos a nossa própria vida.

E até os mais elevados pensadores do paganismo compreenderam a estupidez de cultivar a ira. Só para citar alguns, Cícero disse que quando se experimentava ira "nada podia fazer-se inteligentemente nem de maneira justa". Em uma frase tremendamente vívida, Sêneca descreveu a ira como "uma loucura passageira". E isto nos leva a entender quão perniciosa é a ira rancorosa.

Então que neste dia vigiemos e oremos para que o Espirito Santo transforme a ira que jamais esquece, a ira que se nega a ser reconciliada e busca a vingança; em um dos aspectos do seu fruto que é a longanimidade (μακροθυμια makrothumia). Fazendo isso começamos a fazer a vontade de Deus. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).

Molivars
Enviado por Molivars em 22/06/2019
Código do texto: T6678691
Classificação de conteúdo: seguro