Traímos a Cristo ao amarmos mais a materialidade que ao próximo. (Parte final).
E, enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós me trairá. (Mat 26:21). Essa declaração faz parte da passagem onde Jesus revela que seria traído por um discípulo e amigo. E quando estudamos com atenção esta passagem vemos algumas atitudes que Jesus tem para conosco.
Para tirar-nos do erro, Jesus sempre nos mostra o caminho que leva a vida. Primeiro Ele confronta-nos nos mostrando o efeito danoso do nosso erro. É como se lhe dissesse: "Olhe o que está para fazer. O seu momentâneo prazer lhe trará dor e tristezas. Quer realmente levar a cabo isto?"
O caminhar no erro fatalmente nos surpreenderá com dor e o escândalo. Mas o reto agir do amor por mais que pareça difícil e sem lucro, nos surpreenderá com a vida em plenitude. E Jesus nos orienta a parar, refletir e analisar, afim de que, as nossas reações se realizem na beleza da prudência da amorosa ação da providencia.
Ele também nos confronta e faz com que olhemos para nós mesmo, como se dissesse: "Pode você me olhar, pode olhar nos meus olhos, e ir fazer o que você pensa fazer?" O apelo de Jesus consiste em fazer com que olhemos e percebamos o caráter horrível do que estamos a fazer, e o amor grita para que jamais façamos como os primeiros que trocaram o amor e a presença de Deus pela danosa ambição do orgulhoso poder.
Judas estava agindo como aqueles que estavam no Éden, trocando o amor eternal pela efemeridade do poder do bem material. Naquela mesa o amor e o próximo, estava representado por Jesus. Nosso coração se indigna ante a traições e as ingratidões que vemos no mundo. Mas o trágico é que também é algo que nós mesmos fazemos com frequência. Quando mantemos as nossas mãos na algibeira, invés de estendê-la ao próximo.
É neste momento que trocamos o amor de Deus pelo amor a materialidade. Que cada um examine a si mesmo, e ore pedindo ao Espirito Santo que nos dê forças para amar mais que ser amado. E que jamais troquemos o gracioso amor de Deus pelas moedas do orgulhoso poder. Que o amor de Jesus Cristo seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).