Traímos a Cristo ao amarmos mais a materialidade que ao próximo. (Parte 1).

E, enquanto comiam, declarou Jesus: Em verdade vos digo que um dentre vós me trairá. (Mat 26:21). Essa declaração faz parte da passagem onde Jesus revela que seria traído por um discipulo e amigo. E quando estudamos com atenção esta passagem vemos algumas atitudes que Jesus tem para conosco.

Aqui vemos algo interessante, há momentos em que Jesus e Judas parecem estar em um mundo à parte. Pois Judas deve ter desenvolvido suas malfadadas atividades no mais completo segredo. Ele fez tudo às escondidas porque se outros discípulos se inteirassem de seus propósitos, não teria escapado com vida.

Judas tinha ocultado seus planos dos seus companheiros, mas não podia escondê-los de Jesus Cristo. Aqui entendemos que, qualquer um de nós pode esconder os seus erros das pessoas, mas nunca poderá escondê-los de Cristo que conhece e perscruta os segredos de nossos corações. Ali somente Jesus sabia, quais eram os planos de Judas. Cabe a cada um de nós auto avaliarmos quais são as nossas reais intenções em ser cristão.

Aqui também podemos ver os métodos que Jesus emprega com a aquele que está prestes a enveredar pelo erro. Jesus poderia ter usado seu poder para coagir a Judas, paralisá-lo, fazê-lo impotente e até para matá-lo. Mas único poder que Jesus está disposto a usar é o apelo do amor. Um dos grandes mistérios da vida é o respeito que Deus manifesta para com a livre vontade da humanidade. Ele não obriga, não coage, só chama e atrai para a chama graciosa do seu amor.

E então é aqui onde justamente vemos o ludibrio do erro. O verdadeiro horror do pecado reside em seu caráter intencional e deliberado. Apesar do último apelo do amor, Judas prosseguiu. E conosco não é diferente, naquela mesa o amor gritava a Judas para que ele entendesse o real valor da vida.

E a cada momento, acontecimento, circunstancia e pessoas o amor grita e nos chama a entender e atender a este rico chamado, onde vidas e a vida tem mais valor que a materialidade. Onde o perdão e o amor valem muito mais que as danosas moedas do lucro, do orgulho e da vingança. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).