Vaidades de vaidades

Gosto de ler o Eclesiastes (Pregador), Antigo Testamento. É uma leitura muito agradável, dinâmica. Goste dele, desse livro.

Bem alguns o têm como incentivador das coisas mundanas. Sua autoria é dada a Salomão, Rei de Israel.

Li que este livro, Eclesiastes, quase não entra na Bíblia. Justamente por isso, ser meio mundano. Eu, na minha humilde opinião, não o acho assim.

É que as autoridades hebraicas daquele tempo entenderam que o texto, como dito antes, era mundano.

Mas voltaram atrás. Deus é citado, em alguns momentos.

Trata (é minha opinião, minha interpretação) da pequenez dos homens diante de Deus. E que a fonte da alegria, prazeres está em Deus.

“Eis que tudo é vaidade e correr atrás do vento”, narra.

Somos moldados – e corrompidos – pelas vaidades. Mas podemos superar isso, com o Todo Poderoso.

É nossa natureza pecadora. Mesmo assim somos amados, estimados.

Não reconhecemos, muitas vezes, sermos criaturas - e não criador.

Queremos sempre o primeiro lugar. Ser elogiados, exaltados, os mais importantes.

“Os olhos não se cansam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir”.

A busca ilusória por alguma coisa, algo que nos satisfaça os desejos.

Somos insaciáveis. Tentamos fazer do impermanente algo eterno, que nunca acabe. Isso não existe. Somos mortais.

O Pregador, então, nos ensina: "Vá, bebe gostosamente o vinho, goza a vida com a mulher que amas”.

Tal é nossa porção dada por Deus. Portanto - esse é o conselho do autor - temos de aproveitar os momentos de prazer.

O que tiver ao alcance para fazer, o façamos, porque para onde vamos “não há obras, nem projetos, nem sabedoria alguma”.

Acho interessante a passagem: “Nada há de novo debaixo do sol”.

“O que é, já foi, e o que há de ser também já foi. Deus fará renovar-se o que se foi (o que passou)”.

Então faça o que tiver de fazer. Claro, com sabedoria, com destreza, com prudência. Sempre, sempre, invocando Deus, sua sabedoria. Quem fizer assim vai longe. Terá alegrias, mesmo que passageiras.

O autor diz ter sido Rei de Israel. Teve riquezas, bens, honras e muitas mulheres. E, mesmo com tudo isso, diz, meio pessimista: “Tudo é vaidade e correr atrás do vento”.

Diz não ter tido com isso “nenhum proveito debaixo do sol”.

Afirma que “tudo depende do tempo e do acaso”. E que não é dos ligeiros o prêmio, nem dos sábios o pão, nem dos valentes a vitória. Tudo dependerá do tempo e do acaso.

Propõe, porém, a busca constante e perseverante pela sabedoria. E que isso também não passa de vaidade humana.

Os cristãos entendem que a sabedoria a que o Eclesiastes se refere é ninguém outro senão o próprio Jesus Cristo.

Portanto a sabedoria seria a humildade, o servir e não ser servido, amar o próximo como a si mesmo e carregar a cruz com paciência, resignação.

Porque este mundo é pura vaidade humana. Somos movidos por ela, a vaidade. Porém ser humilde nos faz mais bem, nos engrandece.

Salomão teve 700 mulheres – e 300 concubinas. Velho, se deixou corromper por elas, mulheres. Não poderia dar outra...

Salatiel Hood
Enviado por Salatiel Hood em 16/06/2019
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