PEQUENO SERMÃO DE CADA (Mt 5,27-32)(14.06.19)
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Caríssimos, um dos pecados que acompanha a nossa humanidade ao longo dos tempos é o apego desordenado que sempre tenta ocupar sutilmente o espaço do nosso coração que só a Deus pertence. São Paulo na primeira leitura nos ensina que existe um tesouro em nossas almas, e que "trazemos esse tesouro em vasos de barro, para que todos reconheçam que este poder extraordinário vem de Deus e não de nós."
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Em outras palavras, estamos aqui para servir humildemente ao Senhor que nos ama e é infinitamente Poderoso; mas, mesmo conhecendo o Seu poder, ainda nos sentimos frágeis e muitas vezes como que desamparados como vimos nesse texto de São Paulo e nas palavras de Jesus no seu padecimento na cruz: "Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?"
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De fato, grande é o mistério que nos envolve e que nos faz vencer mesmo quando aparentemente somos derrotados, por exemplo, pelas intempéries, padecimentos e pela morte natural. Ora, para além do entendimento racional, o entendimento da fé nos indica que Cristo continua sofrendo conosco para que se revele em nós o seu infinito poder, como ele mesmo disse a São Paulo: "Basta-te minha graça, pois é na fraqueza que se revela totalmente a minha força."
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No Evangelho de hoje Jesus trata do Sacramento do Matrimônio e dos pecados contra o mesmo; o primeiro entendimento que Ele nos dá é que o matrimônio é uma aliança de amor entre um filho e uma filha que se unem com a bênção de Deus para fazerem parte de Sua família divina; segundo, o divórcio é o pecado que os afasta da comunhão com Deus, cuja causa é a traição ao próprio Deus.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.