Eliminando a avareza e partilhando por gratidão.

Contudo, Deus lhe afirmou: ‘Tolo! Esta mesma noite arrebatarei a tua alma. E todos os bens que tens entesourado para quem ficarão?’. (Luc 12:20). Este é o penúltimo versículo da parábola do rico insensato. Mas a insensatez aqui citada não é aquela na qual alguém aplica errado os seus bens, mas sim é aquela onde os pronomes meu e minha abundam com notas de uma avareza estéril.

O rico insensato estava agressivamente concentrado em si mesmo. Pois Quando esta pessoa teve uma superabundância de bens, a única coisa que lhe passou pela mente foi como faria para guardar. Jamais ele disse ou pensou em quem ele poderia ajudar. Toda sua atitude é o próprio reverso do ensinamento Cristão. Em vez de negar-se a si mesmo, afirmava-se agressivamente; em lugar de achar a felicidade em dar, se alegrava e guardar tudo para si mesmo.

Como muitos de nós esta pessoa não olhava além deste mundo. Todos os seus planos estavam baseados na vida materialista e terrena. Como disse o autor de Eclesiastes: Quem ama o dinheiro jamais dele se farta; e quem ama a abundância nunca se farta da renda; também isto é vaidade. (Ecl. 5:10). A maior tristeza é que ao chegar no dia final da vida ele nada terá pela frente, somente terá a escuridão de uma fria lembrança de uma vida inútil.

E aqui cabe a cada um de nós indagar a si mesmo, será que eu quero uma vida que termina na lousa fria? Ou quero uma vida que vai além da lousa, para um reino onde o amor impera? Ou seja, habitar com Cristo e em Cristo, ou perecer na fria morte. Pois a mais rica promessa de Jesus é a de nos levar para o seu reino. A escolha sempre é nossa. Porque a pessoa que nunca lembra que há outro mundo está destinada a receber no dia final a mais triste de todas as surpresas.

Que o partilhar sempre faça parte de nossas vidas, pois foi isso que o nosso Senhor e mestre nos ensinou de forma vívida e vivida. A avareza destrói a alma apaga o espirito e enfeia o corpo, mas quem partilha vive a gratidão de pôr o amor (αγαπη ágape) em ação, avivando o espirito iluminando a alma e embelezando o corpo com a vivacidade do amor que tudo enriquece. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).