A fé no amor de Deus não deixa o amor esfriar em nós.
Nesse tempo, muitos hão de se escandalizar, trair e odiar uns aos outros; levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos. (Mat 24:10-12). Estes versículos fazem parte da quinta e última secção do Evangelho segundo Mateus (Mat. 24:1 a 26:2). Num estudo anterior vimos que o Evangelho segundo Mateus foi erigido em volta de cinco grandes secções de ensinos. E aqui estamos na última.
Hoje trataremos da ameaça a fé, mas a fé descrita no Evangelho jamais foi ou será uma fé em um conjunto de ritos, rituais ou em superstições, a fé descrita é a firme confiança (Pistis), no amor de Deus. Eis ai a fortaleza desta fé, pois nos leva a crer naquilo que não vemos e as vezes não entendemos, mas por amar obedecemos e cremos.
Jesus anteviu que nos tempos futuros dois perigos ameaçariam à Igreja.
O primeiro adviria dos falsos líderes. Um falso líder é uma pessoa que se empenha em propagar sua própria versão do Evangelho antes que a verdade tal como está em Jesus Cristo. Está pessoa procura sempre estar em evidência, pois deseja disseminar suas próprias ideias antes que a verdade de Deus.
E, acima de tudo, é alguém que trata de reunir forma discípulos de si mesmo, invés de discípulos Jesus Cristo. O seu ensino é antropocêntrico e não Cristocêntrico. E o resultado inevitável é que um líder falso é alguém que propaga a divisão em lugar de construir a unidade. O verdadeiro líder Cristão sempre tem em mente que ele é um serviçal na obra do amor.
A segunda ameaça é a do desalento. No mundo de hoje há um grande distanciamento humano, pois a tecnologia que deveria trazer vida trouxe com ela a frieza. São pais que já não conversam e filhos que não ouvem, ou seja, muitos estão só em meio a muitos.
Outro fator é que o amor se esfriará devido à carência cada vez maior do respeito o direito do próximo. Hoje muitos pensam que tem o direito de invadir o direito alheio esquecendo que o seu direito finda quando começa o do outro.
E mais o desejos desenfreado de ter anula a qualidade do ser. E então vem as decepções, as tristezas e a depressão. Mas o Cristão autêntico é aquele que se aferra em sua fé no amor, mesmo diante das maiores dificuldades é aquele que, nas circunstâncias mais adversas, nega-se a acreditar que o braço de Deus se encurtou ou que seu Amor decresceu. Ele entende que o Pai tudo faz para que ele prospere espiritualmente e tenha vida e vida em abundância (Zoe).
E tendo isto em mente o Cristão se enche de bom ânimo e esquecendo de sua dor leva alívio a dor alheia, pois é assim que o amor se porta. E agindo assim, mesmo que o mundo a sua volta esteja mergulhado no desamor, ele será a luz que ilumina o caminhar de outros em direção do poder do amor. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars)