NO SILÊNCIO DA CRUZ, O GRITO DO AMOR MAIOR!

Na Sexta-feira Santa, diante da Cruz, eu não fui capaz de mensurar a dor, o sofrimento do Cristo que, fazendo a vontade do Pai, por amor à humanidade, por amor a cada ser humano enviado à terra por Ele, por amor a mim e a você, suportou, deixou acontecer, sofreu!...

Na Sexta-feira Santa, diante da Cruz, eu também não fui capaz de mensurar a intensidade do Amor do Cristo por nós, sem o merecermos! O "lixo" do mundo que é o pecado, e que não foi Deus quem gerou, Cristo o pegou e o transformou em matéria de Salvação! Quando Ele abraça o sofrimento e a morte para nos salvar, Ele prova-nos, através do sacrifício atroz, que não quer perder nenhum daqueles que o Pai lhe deu!

Na Sexta-feira Santa, diante da Cruz, eu ouvi o mais forte grito que já pude ouvir, brotado no silêncio do Cristo, no alto da Cruz: "EU TE AMO!!!" No silêncio da Cruz, o grito do Amor Maior ecoa pela Terra!

Na Sexta-feira Santa, diante da Cruz, eu pude ler a maior História de Amor pela humanidade já escrita! E escrita com o Sangue do Autor! Mistério de Amor Infinito!

Na Sexta-feira Santa, diante da Cruz, coloquei-me impotentemente na presença do Cristo que, pelo Amor Maior tudo sofreu e morreu para me salvar, rogando do mais profundo da minha alma, que a FORÇA desse Amor revelada na Cruz contaminasse-me por inteira, para que eu possa enfrentar o meu pecado. Que atingida por essa Força, eu possa lutar a cada dia para superar minhas fraquezas, minha pequenez, minhas misérias, minhas limitações, minhas escolhas erradas, minha tendência ao pecado...

Na Sexta-feira Santa, diante da Cruz, consciente do imensurável Sacrifício por mim, por todos nós, eu, entretanto, desejei não ficar presa na dor, no sofrimento, na morte do Cristo Obediente, mas desejei e desejo merecer a graça de ir além e me sentir inteiramente envolvida pela Ressurreição, pela Vitória da Vida que venceu e vence a morte!

Quando estamos quase a sucumbir sob o peso de nossa cruz e oferecemos a Deus nosso sofrimento, mesmo em gemidos, estamos reconhecendo que não nos vem DELE o sofrimento, e pedindo a Ele a graça de suportar e vencer todas as nossas provações. Por isso, na Sexta-feira Santa, que se estende por cada dia da minha existência, diante da Cruz, eu quis e quero tanto, meu Jesus, poder dar-LHE a minha vitória sobre meu pecado. Apesar de toda minha pequenez, e dentro de todos os sofrimentos, a qualquer momento que vierem, ajude-me, meu Jesus, a conseguir viver a conversão de cada dia. Vivendo assim a ressurreição diária, quando chegar a minha hora, que eu possa, nos Seus braços, Jesus, mergulhar no mar da Vida Eterna! Amém!