A Rocha do amor é o verdadeiro alicerce da vida.
Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto contra aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha. (Mat 7:24,25). Aqui temos a finalização do sermão do monte o primeiro dos cinco grandes sermões de Jesus que é relatado no Evangelho segundo Mateus. E vemos destacar a diferença do crente pela religiosidade e do que se predispõe a ser discípulo do amor e por amor.
Para entendermos melhor a passagem é preciso entender o contexto geográfico do local. Na Palestina no verão muitos dos rios se secavam e deixavam seu leito arenoso vazio. Mas no inverno, depois das chuvas de setembro, o rio seco se convertia em uma torrente enfurecida. Hoje isso ainda acontece só que com menos frequência.
Vamos agora aos dois tipos de ouvintes ou seguidores de Jesus:
1 – O insensato, muitos ao procurar um lugar para fazer sua casa, encontravam um trecho arenoso que os agradava e ali a construíam. Pois não queria ter o duro trabalho de cavar na rocha, mas com a chegada do inverno descobriam que tinham feito a sua casa no meio de um rio, e está era arrastada pela correnteza.
Assim se dá com muitos de nós que escolhe viver a superficialidade de uma vida escolhendo o que lhe parece mais fácil. Ou seja, a areia é muito mais fácil, mais atrativa e oferece menos problemas. Pois as coisas materiais, o desejo de poder, a fama, guardar o ódio, o rancor e julgar próximo pelo mal que carregamos dentro de nós, pode ser mais fácil do que seguir o que Jesus ensinou, mas no final isto nos levará à ruína. Muitos de nós dizem que perdoar é fácil mas esquecer é impossível, mas o perdão Cristão traz em sua bandeja o adorno do esquecimento.
2 – O construtor sensato não era curto de vista. Não se poupou em pensar com o que se sucederia com o lugar escolhido seis meses depois. Pois em cada decisão que tomamos na vida há uma perspectiva de curto alcance e outra de longo alcance. Feliz é a pessoa que nunca troca o bem futuro pelo prazer presente. Feliz é a pessoa que vê as coisas, não à luz do momento, e sim à luz da eternidade.
O Cristão que entende que o seu interior deve coadunar com o de Cristo Jesus. Busca incessantemente mudar seu interior, perdoando como Ele nos ensinou, servindo como Ele nos ensinou e amando como Ele nos ensinou. Até porque a verdadeira fé não está em um conjunto de crenças em ritos e rituais, mas sim no amor de Deus que banha-nos a cada manhã dando-nos o dever de levar este amor a todo aquele que ainda não o conhece. Eis a beleza da Boa Nova.
E então tormenta da lida na vida pode até sacudir, mas jamais ruirá a nossa fé. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).