Deus nos deu o livre-arbítrio para amar.
Porque veio João Batista, que não comia pão nem bebia vinho, e dizeis: Tem demônio. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: Eis aí um homem comilão e bebedor de vinho, amigo dos publicanos e dos pecadores. Mas sabedoria é justificada por todos os seus filhos. (Luc 7:33-35). Está passagem nos mostra algo sobre a incapacidade de enxergarmos as maravilhas de Deus, e de jamais entendermos o agir amoroso do Pai.
Fala-nos a respeito do uso errado do livre-arbítrio. Os escribas e os fariseus com a sua maneira de agir pautada nos que se mostrava exteriormente, esquecendo-se de que Deus sempre prima pelo que temos em nosso interior. Enquanto se vestiam e se portavam como pessoas impolutas o seu interior estava cheio de ódio, ambição e desejo de poder. O amor ao próximo para eles findava quando esbarrava em seus interesses religiosos ou em seus interesses mesquinhos.
E está maneira de agir havia frustrado os propósitos de Deus para com eles. A tremenda verdade do ser Cristão é que Deus constrange pelo amor não pela força. Aqui é precisamente onde podemos ver a dor de Deus. A dor maior do amor é olhar para um ser querido e ver que tomou o caminho errado, desviando-se do que deveria ter sido, ou que poderia ter sido. E ainda hoje muitos de nós age assim entre o ser na maioria das vezes vencer o ter.
Aqui também vemos a perversidade humana disfarçada de ortodoxia. Tinha vindo João, vivendo com a austeridade de um ermitão, e os escribas e fariseus disseram que era um louco excêntrico, que algum demônio tirara sua razão. Veio Jesus, vivendo com outras pessoas e tomando parte em todas as suas atividades, e o vituperavam dizendo que amava muito os prazeres da Terra. Jesus diz: São semelhantes aos meninos que, assentados nas praças, clamam uns aos outros e dizem: Nós vos tocamos flauta, e não dançastes; cantamos lamentações, e não chorastes.(Luc 7:32). Ou seja, O coração humano pode perder-se em uma perversidade na qual qualquer chamado que Deus nos faça seja enfrentado com um obstinado e volúvel descontentamento infantil.
E por fim, mas há uns poucos que respondem e a sabedoria de Deus é finalmente justificada por aqueles que são seus filhos. O ser humano pode abusar de seu livre-arbítrio para frustrar os propósitos de Deus: em sua perversidade pode estar cego e surdo aos chamados de Deus. Se Deus tivesse usado a força da coerção contra humanidade, e prendido com laços de ferro a sua vontade, então mundo seria o lugar de autômatos e títeres inúteis, ao agir do amor. Mas Deus escolheu o caminho gracioso do amor, para que o amor viesse da liberdade de escolha e por isso o amor sempre vencerá. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).