O amor (Ágape) sendo tentado. (Parte 3).
E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome. (Luc 4:1,2). Estes versículos dão início a narrativa das tentações que Jesus passou ante de dar início no seu ministério.
Na terceira tentação Jesus está sobre o pináculo do templo, e o tentador diz a Ele: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, porque está escrito: Mandará aos seus anjos, acerca de ti, que te guardem e que te sustenham nas mãos, para que nunca tropeces com o teu pé em alguma pedra. (Luc 4:9-11). Aqui na terceira tentação vemos satanás usar uma artimanha que muitas pessoas usam, ele usa, (Sl. 91:11, 12), mas omite parte do versículo. E texto fora do contexto sempre nos levará ao engano.
Aqui cabe lembra usar as escrituras para reforçar um pensamento próprio é fazer um desserviço ao amor de Deus. Sempre devemos primar por uma exegese e jamais por eisegese. E aqui temos um exemplo vivido disso, pois satanás e propósito omite a parte onde diz: “para que te guardem em todos os teus caminhos”. Ou seja, Deus não prometeu guardar o servo numa atitude que o levasse a uma tola presunção, mas somente quando estivesse andando pelos caminhos de Deus (Sl. 91:11, 12).
E Jesus sabendo disso responde usando de maneira correta a escritura: E Jesus, respondendo, disse-lhe: Dito está: Não tentarás ao Senhor, teu Deus. (Luc 4:12). Jesus cita, (Dt 6:16). Aqui satanás busca ver se Jesus vivia de toda palavra que saía da boca de Deus. E Jesus ao dizer também está escrito apontava para a totalidade das Escrituras como guia de conduta e alicerce de sua vida e missão. Assim deve acontecer conosco, pois aquele que busca conhecer a Deus será conhecido por Deus, mas aquele que deturpa as coisas de Deus terá como prêmio e amiga a morte. Então que cada faça a sua escolha.
Jesus aqui percebeu claramente que as ações espetaculares seria notícia por uns poucos dias, pois o sensacionalismo nunca perdura. Mas o vigoroso trabalho em amor e por amor se faz real o caminho da vida. Ou seja, jamais devemos usar o dom para suprir as nossas próprias necessidades; jamais devemos trocar o amor de Deus pelo desejo do poder pelo poder; e quando formos usar as escrituras a façamos numa verdadeira exegese. Pois o Cristão não vive da fama, mas sim do amor de Deus que banha a sua vida. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).