O amor (Ágape) sendo tentado. (Parte 1).
E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e, terminados eles, teve fome. (Luc 4:1,2). Estes versículos dão início a narrativa das tentações que Jesus passou ante de dar início no seu ministério.
Antes de adentrarmos a narrativa devemos considerar algo assaz interessante. Aqui vemos mais sagrada de todas as narrativas; porque ela chega até nós pelos lábios de Jesus, Ele estava só quando viveu estes momentos. Se faz lindo pensar que em algum momento em uma doce conversa Ele relatou a seus discípulos a experiência mais íntima de sua alma.
Agora falaremos das tentações: A primeira tentação consistiu em converter as pedras em pão. Segundo os historiadores aquele deserto não era arenoso. Estava coberto de pedra calcária exatamente como pães. O pão na Palestina não tinha o formato comprido dos nossos filões, mas era um bolo redondo e chato. As pedras do chão tinham o aspecto de pães. Aqui vemos as tentações da saciação das necessidades humanas. Quantos de nós tropeçamos nesta parte da vida. E as vezes fazemos pior pois trocamos o corpo pela roupa. Jesus buscou a resposta para o tentador, mas extraiu nas Escrituras. Não só de pão viverá o homem. (Dt. 8:3). Reposta justa a uma tentação, pois o mais caro alimento jamais pode preencher o vazio de uma alma.
Aqui dava-se início a viva missão da igreja que é a de produzir novas condições, levar a cada um não somente o alimento comum, mas também ensinar a caminhar em direção da vida. A igreja deve pôr os seus esforços em melhorar a vida das pessoas em todos os sentidos, seja no social, no comportamental, no intelectual e mais no espiritual. Ou seja, tendo como exemplo Jesus cuidar do ser humano por inteiro. A viva tarefa da igreja é a de produzir novas criaturas, em novas condições.
Uma coisa é certa o ser humano necessita de pão, mas o pão não serve para todas as necessidades. Ou seja, a gratificação material dos apetites não pode jamais satisfazer os mais profundos anseios da alma e do espírito humano. Somente o amor de Deus o faz, e quando alguém decide trilhar o caminho do amor ele faz a mais rica escolha da sua vida e a fome material jamais vence a fome de amar e cuidar do próximo.
E mais, Jesus aqui nos ensina que o amor jamais usa o seu dom para saciar as suas próprias necessidades. Quando lemos as mitologias vemos deuses fazendo uso dos seus poderes para o beneficio próprio, mas em Cristo não vemos isso, o seu poder e o seu amor sempre foi e é ofertado graciosamente a todo aquele que o pede. Que possamos agir assim também em nosso diário viver, tendo sempre o amor de Cristo Jesus como árbitro de nossos corações.
(Molivars).