Precisamos falar sobre as séries
“... Mas o seu coração está longe de mim...” (Isaías 29.13)
Pra começo de conversa...
Quando Jesus estava citando esse texto no livro de Mateus 15.7-8, Ele se referia ao seu próprio povo que o adorava somente “da boca para fora”, entretanto seus corações estavam longe. Não tenho a pretensão, como já escrevi em outros momentos, de ser o “dono da verdade”, porém um assunto tem me preocupado bastante que é essa repentina volúpia pelas séries. Programas que viraram febre em todas as classes sociais e faixas etárias. Veja:
- Segundo o Colunista Ricardo Feltrin do UOL, a Netflix termina 2018 com 8 milhões de assinantes (isso sem contar os que compartilham as senhas de acesso). Um faturamento de R$ 1,4 bilhões de reais, 50% a mais que o SBT, por exemplo. https://tvefamosos.uol.com.br/noticias/ooops/2018/12/26/no-brasil-netflix-fatura-r-14-bi-tem-50-funcionarios-e-nenhum-chefe.htm
- Segundo o site tecnoblog.net, com dados de 2018, essa plataforma oferece em torno de três mil filmes, 950 séries, resultando aí em mais de vinte e oito mil episódios. https://tecnoblog.net/260370/quantos-filmes-tem-na-netflix/
Indo direto ao assunto...
Esses dados não me espantam, a medida que um serviço cresce, aumenta os adeptos, enfim, os clientes se multiplicam. O grande problema é como lidamos com isso. Te explico:
a)Foi criada a “maratona”, onde alguém ou um grupo de pessoas se reúnem para ver todas as temporadas das séries. Imaginando que a série tem quinze episódios de 45 minutos cada (em tese), quanto tempo alguém fica a frente de uma televisão? Isso dá mais de onze horas. Se a temporada for maior e os episódios forem maiores, naturalmente esses números crescerão.
b) Esse movimento todo tem invadido o dia a dia das pessoas. Os que veem se encontram nas redes sociais com outros fãs do programa, os personagens são amados, como se fossem reais. Produtos são vendidos durante todo o ano, protestos quando os rumos não agradam, enfim...
Sem nenhuma hipocrisia, somente uma reflexão, a pergunta que fica é: Qual o benefício que temos ao mergulharmos nessas séries, ao conhecer todos os atores e seus respectivos personagens? Pensando nessa produção absurda de produtos, de assuntos, de “memes” que muitas vezes não dizem nada, o quanto crescemos com isso?
Para finalizar...
Repito: não sou fiscal da vida de ninguém, mas me incomoda como isso tem norteado a vida de muitos. Algumas famílias pouco se importam com os seus porque hoje é dia de estreia da série Tal, ou então, deixam de estar na igreja, na comunhão porque não podem perder o capítulo de hoje.
Pastor, você está dizendo que ver série é pecado? Não. Pecado é colocar a série no lugar de Jesus. É deixar a comunhão dos irmãos para ficar em casa vendo os episódios que você pode ver em outro horário. Pecado é você não dedicar tempo à Bíblia como deveria e em contrapartida, ter todo o tempo do mundo para acessar sua plataforma de filmes e séries, seja lá qual for. Pense nisso. Graça e Paz!