PEQUENO SERMÃO DE CADA DIA (Mt 26,14-25)(17.04.19)
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Caríssimos, a traição é o não amor, é o abandono da verdade, e isso chamamos desobediência; com ela cria-se o lado oposto da comunhão, isto é, toda desgraça que agora passa a existir para aqueles que assim procedem. No Evangelho de hoje vimos Jesus ser traído e vendido por trinta moedas de prata, ou seja, o Senhor da vida sofre a mais terrível ação constrangedora, ter a vida tolhida numa triste negociação sem o mínimo respeito da parte de seu traidor e de seus algozes, como se fosse um objeto de desprezo a ser eliminado.
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Ora, aqui nos devemos perguntar, o que se pode esperar de tamanha vilania? De fato, cada um só dá o que tem e se tem é porque recebe de alguma fonte, logo, toda ação maléfica tem no inimigo de nossas almas o começo e o fim; desse modo, nada se pode esperar do mal. No entanto, Deus é amor e sempre nos amará ainda que o maligno tenta dizer que não.
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O que significa, então, o sacrifício de Cristo? Significa puro amor no mais profundo sentido dessa palavra; desse modo, compreendemos que Deus, por Seu infinito amor, transforma a nossa dor em gozo eterno, por isso, não exitamos em afirmar que o sofrimento dos inocentes são os mesmos de Jesus e que esse caminho de cruz que ora trilhamos com Ele faz parte do grande mistério de nossa felicidade eterna.
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Conclusão: Caríssimos, como vimos, em toda a sua trajetória, Jesus jamais deixou de amar o Pai por sua obediência incondicional (cf. Jo 5,30; Fl 2,5-11); e para isso, enfrentou todos os obstáculos que os seus inimigos lhe impuseram, dentre eles a terrível traição, tentando tira-lo da comunhão com a vontade do Pai, isto é, oferecer sua vida em prol da nossa salvação.
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Paz e Bem!
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Frei Fernando Maria OFMConv.