Fortaleza Desposada do Sol
Padre Geovane Saraiva*
Fortaleza, batizada de Loira Desposada do Sol, metrópole e capital do Estado do Ceará, também conhecida como Terra do Sol e cidade natal do renomado brasileiro Dom Helder Câmara, completa, neste dia 13 de abril de 2019, 293 anos. Eis o nosso desafio maior: encontrar resposta para os anseios de todos os que nela residem, recordando, mais uma vez, o que disse Dom Aloísio Lorscheider: “A cidade deve ser um espaço de convivência solidária para todos os que nela moram, convivência essa que seja resultante da convergência de esforços para tornar a cidade sempre mais humana e também mais cristã”.
Que possamos guardar o pensamento de sonhar e, obstinados, lutar pela edificação de um povo forte, grande e civilizado, mas que o Deus verdadeiro esteja no centro, como nos garante o Livro Sagrado, no Salmo 127: “Se Deus não constrói a casa, em vão trabalham os seus construtores; se Deus não cuida da cidade, em vão vigiam as sentinelas”. Vemos, com clareza, a exigência do próprio Deus, que pede gestos de todos os seus moradores, afastando-os de toda e qualquer maldade, na busca de ações concretas. Decididos, que eles respondam aos anseios dos que sofrem, sobretudo diante da sensação que temos: de que áreas de riscos não são levadas em conta, explícitas na principal via do aeroporto internacional de Fortaleza.
A criatura humana deve estar no centro de todo e qualquer planejamento de melhoria social, econômica, política e cultural de um povo, de uma cidade. De acordo com o projeto de Deus-Pai, percebemos, nesse sentido, uma urgente atenção, no momento em que vivemos, evidentemente, voltados para o futuro de nossa cidade, como um sinal de esperança, quando somos estimulados a interpretar os sinais de Deus, à luz de sua própria palavra, a nos indicar uma nova história, um novo futuro para a humanidade.
O mundo da cidade de Fortaleza, que caminha para três milhões de habitantes, é complexo e diverso. Para que Fortaleza possa se transformar perante as grandes mudanças, urge superar preconceitos e intolerâncias, dentro do contexto da esperança cristã, na certeza de que chegará o tempo em que Deus acabará com o domínio dos que pensam numa civilização longe de Deus, com explorados e exploradores, com um povo que se retrai em ser livre e independente.
Que a beleza de nossa cidade nos fascine mais e mais na luta por liberdade, preservando e salvando seus moradores, sem encarquilhá-los de maldade! Parabéns, Fortaleza!
*Pároco de Santo Afonso, Blogueiro, Escritor e integra a Academia Metropolitana de Letras de Fortaleza