DEUS É DINHEIRO, MUITO DINHEIRO

O Vaticano é podre de rico. Como a Igreja Católica Apostólica Romana é a mais antiga seita cristã e, portanto, a mais experiente em negócios, sua estrutura impede que clero - padres, bispos, cardeais, papa etc. - use sua riqueza de uma forma que fira seus interesses, embora isso, às vezes, aconteça.

Assim como ICAR, todas as demais seitas têm fontes de arrecadação que mantêm sua estrutura e, principalmente, seu staff. Nenhum "bispo" ou pastor dessas seitas é pobre. Todos ganham bem. E vivem bem.

A nova onda, em matéria de seita religiosa, é a proliferação de seitas pentecostais ou evangélicas. Surgem "igrejas" em cada cidade, em cada bairro de cada cidade, em cada esquina, e até nas aldeias indígenas. Com aproveitadores travestidos de "pastores", impõem a "palavra de deus" e a "fé" à custa de dízimos, de extorsão dos fiéis, vendendo "bênçãos", "águas milagrosas", "exorcismos" e "milagres" no varejo e no atacado.

Todos esses pastores vivem muito bem: têm casas luxuosas, carros do ano, roupas de grife; nas "férias" viajam para destinos elegantes e caros, tudo à custa da "féria" da igreja, claro, pregando "a palavra" entre os mais ricos e poderosos.

Porque a conta é simples: quem tem dinheiro tem poder. E os "pastores" querem poder. Poder político: são bajulados por todos os partidos. Poder econômico: compram emissoras de televisão e tornam-se ainda mais poderosos Poder "espiritual": mantêm o "rabanho" com rédea curta, através de prescrições absurdas ou atribuídas à bíblia, como impedir que as mulheres cortem os cabelos ou obrigá-las a usar sempre saias longas e negras; manter os homens afastados das mulheres, em cultos e em público, para que não caiam em "tentação"; ordenar casamentos entre os membros da "igreja"... E uma série interminável de proibições. Isso dá prestígio ao "pastor" e à igreja, além de manter os fiéis ocupados como contribuintes assíduos para os cofres.

Desde que o cristianismo, uma obscura seita conduzida por algum louco no interior da Palestina, começou a ser codificado, a partir do século II, assim são encaminhados os "negócios de deus": desde a venda de esperança de uma falsa vida eterna até "indulgências" que permitem a salvação, tudo se vende, tudo se negocia.

Sim, deus é dinheiro, muito dinheiro. Para os espertos, para a elite de todas as seitas cristãs, que vive de forma nababesca a partir da exploração dos crentes, idiotizados pela "palavra de deus" e pelas promessas de vida eterna. Sempre foi assim. A novidade, hoje, é a sanha arrecadadora das seitas evangélicas, que prometem uma vida melhor aqui mesmo, neste mundo, se você doar tudo o que você tem para a igreja, para deus.

E muitos o fazem.

Ultrapassando a noção capitalista de que o dinheiro é deus, os novos crentes acreditam, sim, que deus é que é dinheiro. O melhor investimento do mercado. Basta ser um bom pregador da palavra divina.

TRAPICHE DO ATEU II

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