Doutrina consoladora
Publicado no Jornal do Commercio
Caminhos da Fé 10.03.2019
Após o início do Iluminismo no Século XVII, consolidado no Século XVIII, a humanidade protagonizou um novo ciclo histórico e relevante. Cumpriu-se a promessa do Messias, segundo João 16:13: “Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir”, a Doutrina dos Espíritos oportunizou o desvendamento dos fenômenos outrora considerados sobrenaturais.
No “Século das Luzes”, figuras exponenciais das ciências, artes e letras emolduraram os acontecimentos da época com estudos profundos vinculando os conhecimentos à razão, afastando as superstições e a fé cega dando lugar ao raciocínio lógico. Dentre elas, podemos citar: John Locke (considerado o pai do Iluminismo), Denis Diderot, Voltaire, Jean-Jacques Rousseau e Charles-Louis de Secondat (Montesquieu).
Com a evolução dos conhecimentos científicos - um dos seus pilares de sustentação -, a Doutrina dos Espíritos ficou a cargo do Missionário Allan Kardec, enviado do Alto para sua devida codificação. Trabalho árduo, disciplinado, perseverante e revestido de uma responsabilidade homérica, Allan Kardec empreendeu o estudo da fenomenologia espírita enfrentando grandes obstáculos daqueles que rejeitavam tais evidências, arraigados que estavam ao preconceito e ignorância.
As revelações até hoje irrefutáveis à luz da ciência e da razão trouxeram para a humanidade um novo horizonte de esperança, embasado nas Bem-Aventuranças anunciadas por Jesus, dando-nos a certeza da imortalidade da alma e da reencarnação, através dos inúmeros estudos realizados pelos psiquiatras Brian Weiss, Ian Stevenson, entre outros.
Os fenômenos de Hydesville a partir de 1848, além dos estudos da pneumatografia, materialização e psicometria, este último tão bem narrados por Ernesto Bozzano no livro Enigmas da Psicometria, deixam evidente a veracidade das pesquisas empreendidas. Nesse contexto vale ressaltar uma das célebres frases de Allan Kardec, que corrobora a necessidade de termos sempre presente o bom senso: “Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.”
Temos ainda inúmeros respeitáveis nomes da literatura espírita, como: Léon Denis, Gabriel Delane, Camille Flamarion, Chico Xavier, Divaldo Pereira Franco, luminares que integram a constelação de divulgadores da Doutrina dos Espíritos que nos revela, consola e redime.
Consolidada, também pelo Evangelho de Jesus, remete-nos ao campo da religião tendo, ainda como sustentação os preceitos filosóficos dos Seus ensinamentos no âmbito da moral em condições irrevogáveis de se fazer presente em qualquer crença do bem. (A certeza da vida além-túmulo é o alento para a vida presente).
Luiz Guimarães Gomes de Sá
Trabalha no Centro Espírita Caminhando Para Jesus
www.cepj.org.br