Construindo pontes para que o amor e a paz trafeguem nos corações
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Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus; (Mat 5:9). Este versículo faz parte do sermão do monte onde Jesus ensina-nos a ética do ser Cristão. Pois ser Cristão é ir além dos ismos das crenças dos rituais, ser Cristão é ser discípulo de Cristo. E ser discípulo e buscar incessantemente ser igual ao mestre.
Aqui Ele nos ensina que feliz é aquele que busca a paz. A palavra (μακαριος makarios) do grego significa feliz. Em primeiro lugar em hebraico a paz nunca é um estado improgressivo; jamais significa somente a ausência de conflitos, mas conflito que na maioria das vezes são com os nossos eitos, preceitos e preconceito e não contra outrem. É o empenho de ensinar o melhor, significa o esforço de levar o melhor, significa deixar o conforto dum sofá para promover o bem-estar alheio. Em hebraico shalom “paz” significa tudo aquilo que contribui ao bem-estar supremo da humanidade. E para que o próximo chegue a estar bem na maioria das vezes entramos em conflito com o nosso ego.
Sendo assim paz (ειρηνη eirene) é algo que se produz, os rabinos judeus davam ênfase e ensinavam que a tarefa mais elevada que qualquer pessoa podia realizar era o estabelecimento de relações justas entre seus semelhantes. Isto é o que Jesus diz aqui. Há pessoas que sempre são o centro de conflitos, tormentas e lutas. Que tropeçando num desejo pseudojustificador causa mais desavença que justiça. Há pessoas, deste tipo quase em toda sociedade e em toda igreja, e pode afirmar-se sem vacilar que servem ao diabo. Pois o único que propagou desconfiança trasvestida de uma falsa pretensa justiça foi ele.
Por outro lado, graças a Deus, há pessoas que em sua presença a inimizade não pode prosperar, que lutam para levar luz aos abismos da incompreensão, fecham as brechas da separação e adoçam as amarguras alheias, pessoas que usam o bem para vencer o mal, ou seja, os pacificadores. Estes fazem a vontade de Deus, pois o plano divino consiste em estabelecer a paz entre o ser humano e Deus e entre as pessoas, mesmo que isso nos custe um conjunto de crenças. Pois aquele que pensando em fazer justiça dividi pessoas é um agente do diabo; mas aquele que busca uni-las em um amoroso entendimento está fazendo a obra de Deus.
Aqui se faz bem lembrar o que disse Abraão Lincoln numa certa feita: “Quando eu morrer gostaria que as pessoas dissessem de mim que ali onde vi uma erva má, arranquei-a, e plantei em seu lugar uma flor, sabendo que uma flor poderia crescer naquele lugar.” Eis, o efeito, desta bem-aventurança de que todos contribuam com algo, por pequeno que seja, a favor da união e do bem-estar humano. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro nossos corações,
(Molivars).