A bondade indo além do simples sentir.

Não vos falo na forma de mandamento, mas para provar, pela diligência de outros, a sinceridade do vosso amor; pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos. (2Co 8:9,8). Estes versículos fazem parte de uma exortação de Paulo aos Coríntios. Nesta passagem Paulo lembra os coríntios o dever de serem generosos. E então ele destaca as qualidades da generosidade e cita alguns exemplos. Aqui trataremos do exemplo máximo o de Cristo Jesus.

Ele cita o exemplo de Jesus Cristo. Pois para Paulo o sacrifício de Jesus não começou na cruz. Nem sequer começou com seu nascimento. Ele o fez no céu, quando deixou de lado sua glória e consentiu em vir à Terra. Era como se Paulo dissesse aos cristãos o seguinte: “Vocês enquanto discípulos tendo a sua frente tão belo exemplo de seu Mestre, que se doou em graça e generosidade, como podem ficar atrás?”

Ele também sublinha a necessidade de pôr em ação os sentimentos puros. Os coríntios tinham sido os primeiros em sentir o chamado deste da boa nova. Mas um sentimento que fica em sentimento, a piedade que só existe como tal no coração, um desejo excelente que nunca se converte numa bonita realidade, fatalmente se quedará na mais mortal das frustrações. O que se fazia triste e ainda hoje se faz, é que muito frequentemente ficamos só nos bons impulsos, e não deixamos que estes se convertam em ação. E Jesus nos ensinou isso na obra da cruz.

Sendo assim entendemos que a mais bela oferta é aquela que vem com um pouco de si mesmo. Até porque a vida pulsa na beleza do doar de si mesmo. Pois ela está na criatividade de poder brincar com as crianças, no visitar e na despedida dos amigos, no abraço apertado dos pais, no respeito carinhoso dos filhos, no visitar a um doente, no consolar dos que perdem seus amados, assim era o agir do Mestre dos Mestres, Autor da obra-prima da existência, Jesus Cristo. Por isso planejou derramar a sua alma na morte para que a vida humana continuasse a pulsar. Essa é a razão pela qual a oferenda pessoal é sempre a mais elevada de todas, e Jesus Cristo é o supremo exemplo desse tipo de entrega. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.

(Molivars).