Lições que Jesus nos dá no dia do apresamento. (Parte 2)
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Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno. Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também com eles. Quando, pois, Jesus lhes disse: Sou eu, recuaram e caíram por terra. Jesus, de novo, lhes perguntou: A quem buscais? Responderam: A Jesus, o Nazareno. Então, lhes disse Jesus: Já vos declarei que sou eu; se é a mim, pois, que buscais, deixai ir estes;(Joã 18:5-8). Estes versículos fazem parte do apresado acontecimento no jardim. E como a mais vívida cena aqui se faz aparente cinco das mais cara qualidades de Jesus. Nesta feita trataremos de outra qualidade a autoridade.
Após ouvir Jesus chamar Judas de amigo e levá-lo a refletir sobre o ato de traição, ele se volta aos próprios soldados e, antes que eles o tocassem, perguntou “A quem buscais?”. Responderam: “a Jesus, o Nazareno”. Diante desta resposta, ele se identificou: “Sou eu”. Os soldados ficaram atemorizados com sua resposta, alguns caíram no chão. possivelmente em seus interiores ecoava um questionamento: Como é possível que o homem que curou cegos, ressuscitou mortos e debateu com os especialistas e religiosos nas sinagogas esteja se entregando voluntariamente? Como pode alguém sob a ameaça da morte se entregar dessa maneira? Eis aqui uma demonstração de autoridade ministerial, pois quem conhece a quem serve sabe o valor de cumprir o seu ministério.
Este ato incomum abalou os soldados, pois Jesus ao se entregar de pronto para ser preso, tomou uma atitude inacreditável. Eles esperavam alguém que se escondesse atrás dos discípulos ou em meio aos seus seguidores, usando-os como um escudo causando assim um tumulto que poderia gerar um embate, onde vidas seriam perdidas, mas Jesus sendo o mestre da vida não o fez. Ali estava; uma única figura, solitária, desarmada o Senhor da vida e do amor. Do outro lado a materialidade egoica, na forma de centenas de homens, armados e equipados. Ali estava amor de Deus, mais uma vez aparentemente só, em meio a força egoica do ser humano. Mas o amor jamais anda só ou é fraco, porque tudo no mundo e no universo foi criado por Ele.
E diante desta atitude que exalava uma autoridade amorosa desprovida de resistência, os algozes retrocederam e caíram ao solo. Nesse momento, o amor a vida vencia a egocentricidade mortal. No ar fluía um sentimento de amor e autoridade que, apesar da traição, tornava Jesus mais forte que o poder de seus algozes. Que quedaram paralisados. Não conseguiram pôr as mãos nele. Diante da inércia deles, Jesus insistiu: “a quem procurais?”. Responderam novamente: “A Jesus, o Nazareno”. Com ousadia de quem não teme a morte, respondeu: “Já vos declarei que sou eu”. Fica aqui representada a autoridade do amor que não se deteu diante do sofrimento e nem tão pouco da morte, pois tinha como meta a salvação da alma humana. E somente o amor pode resgatar a alma humana da lama das baixas emoções.
É para esta salvação que somos chamados a todo momento, um amor que salva a alma cura o corpo e reanima o espírito, ou seja, cura o ser humano por inteiro. Então que neste dia nos banhemos nesse amor! E a vida fluíra na plena autoridade do amor em nossas vidas. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).