Vivendo por ação e não por reação.
Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira; porque está escrito: A mim me pertence a vingança; eu é que retribuirei, diz o Senhor. Pelo contrário, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas vivas sobre a sua cabeça. Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.(Rom 12:18-21). Nestes versículos vemos o apóstolo Paulo discorrer sobre várias ações que devemos ter diante dos dissabores causados por outras pessoas. Mas ele destaca a desejo desmedido da vingança que sempre mata dois, o vingador e alvo da vendeta.
Ou seja, o Cristão deve manter-se separado de todo pensamento de desforra. Paulo dá três razões para isso:
1 – Primeira, A vingança enquanto reparação não nos pertence, pertence a Deus. Em última análise ninguém tem direito a julgar a outro; só Deus pode fazê-lo. E para as pendências e crimes existem os meios legais os quais com seus códigos punem cobram e reparam de acordo com a lei humana. E mesmo durante uma disputa judicial podemos e devemos manter o nosso coração livre e limpo. Pois o coração poluído mata a alma e apaga o espírito e mais adoece o corpo, ou seja, mata o ser por inteiro.
2 – Segundo tratar a uma pessoa com bondade antes que vingativamente é a forma de tocar seu coração. A vingança pode quebrantar a sua alma; mas a bondade conquistará seu coração. É isso que Paulo nos ensina quando diz: “poremos brasas sobre suas cabeças.”. Isto significa, não que acumularemos maior castigo para eles, mas sim os envolveremos com as chamas do amor que o constrangerá e o fará pensar.
3 – E por fim ceder diante da vingança é ser conquistados pelo mal. O mal nunca pode ser vencido pelo mal. Se ao ódio se opõe mais ódio, ele aumenta; mas se ao ódio se opõe amor, anula-se a sua força, eis o mais eficaz antídoto para o veneno do ódio e para o câncer do mal. Ou seja, não permitamos que ninguém nem nada nos faça cair em degradação odiando-o ou desejando vingança. Pois a única maneira de destruir verdadeiramente um inimigo, é fazê-lo nosso amigo. Eis o real poder do perdão.
E aqui se faz bem lembrar de um dos mandamento que Jesus Cristo nos deu no sermão do monte: Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem; para que vos torneis filhos do vosso Pai celeste, porque ele faz nascer o seu sol sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos. (Mateus 5:43-45).
Cabe a cada um de nós entender e praticar porque é na tempestade que o alicerce de nossa fé mostra onde ele está fundamentado. Então que neste dia amemos mais e nos vinguemos menos. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).