A semente do amor foi semeada na alma humana.
Então, Jesus clamou em alta voz: Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito! E, dito isto, expirou. (Luc 23:46). Jesus morreu com uma oração em seus lábios: Nas tuas mãos, entrego o meu espírito; tu me remiste, SENHOR, Deus da verdade. (salmo 31:5). Esse versículo era a primeira oração que toda mãe judia ensinava a seu filho para que fosse a última coisa que dissesse de noite. A mãe judia ensinava a seu filho a dizer, antes de que chegasse a escuridão ameaçadora: “Em tuas mãos encomendo o meu espírito.” E Jesus a tornou ainda mais bela está oração porque começou com a palavra Pai. Até na cruz Jesus morreu como um menino que dorme nos braços de seu pai.
O véu do templo se rasgou em dois. Abriu-se o livre acesso ao santíssimo onde morava a própria presença de Deus, lugar que ninguém podia entrar salvo o sumo sacerdote, e só uma vez ao ano no Dia da Expiação. E dividiu-se a história em A.C. e D.C. Jesus findou a conquista pela guerra e abriu o caminho para o amor. Foi como se o caminho à presença secreta de Deus, até o momento fechado a todas as pessoas, tornara-se aberto. Foi como se o coração de Deus, escondido até esse momento, despia-se perante a humanidade.
O amor a tranquilidade e paz de Jesus irrigou o solo seco das almas e vivificou os seus espíritos tornando a vida plena em sua beleza. O mundo jamais fora o mesmo depois que Deus por amor se limitou e se fez humano. O mestre e Senhor do amor semeou a rica semente do amor nas almas humanas. Para que num tempo certo elas germinem tornando equilibrada as emoções, tornando rica a arte de pensar, e fazendo da vida um jardim formoso em poesia para o cultivo do raro amor, onde o servir é a mais cara e rara moeda.
A vida ficou e fica mais alegre e mais suave quando deixamos que o amor de Cristo Jesus adentre os nossos corações. E Ele nos ensinou e nos ensina a viver em paz mesmo que a vida se mostre dura e difícil. Ele foi perseguido e morto como o mais vil de todos, mas souber ser alegre e soube sofrer. Ele nos ensinou a respeitar e a amar todo tipo de vida e fez da vida a sua maior inspiração. Escreveu vividamente recitais com sua alegria e graciosamente como (ποιητης), poietes, revitalizou com sua dor o (ποιημα) poiema, para que na ressurreição Ele trouxesse vida na plenitude da mais bela poesia, que o gracioso amor escreveu. Que o amor de Cristo Jesus seja sempre o árbitro de nossos corações.
(Molivars).